𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 1

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𝔓𝔞𝔰𝔰𝔞𝔡𝔬 𝔗𝔢𝔫𝔢𝔟𝔯𝔬𝔰𝔬

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𝔓𝔞𝔰𝔰𝔞𝔡𝔬 𝔗𝔢𝔫𝔢𝔟𝔯𝔬𝔰𝔬

Parte I

" 𝙿𝙰𝚁𝙰 𝙲𝙰𝙳𝙰 𝚂𝙾𝙱𝚁𝙴𝚅𝙸𝚅𝙴𝙽𝚃𝙴 𝙼𝚄𝙽𝙳𝙾 𝙰 𝙵𝙾𝚁𝙰, 𝙻𝙴𝚅𝙰𝙽𝚃𝙴-𝚂𝙴 𝙴 𝙲𝙾𝙽𝚃𝙸𝙽𝚄𝙴 𝙰𝙽𝙳𝙰𝙽𝙳𝙾, À 𝚂𝙴𝙼𝙿𝚁𝙴 𝚄𝙼 𝙰𝚁𝙲𝙾-Í𝚁𝙸𝚂 𝙽𝙾 𝙵𝙸𝙽𝙰𝙻 𝙳𝙴 𝙲𝙰𝙳𝙰 𝚃𝙴𝙼𝙿𝙴𝚂𝚃𝙰𝙳𝙴."

𝚀uadros belíssimos podem se desfazer e pessoas podem ser esquecidas com o tempo, esse é um ciclo contínuo de lembranças e feitos, no entanto, a um lugar ainda mais especial e duradouro que conserva bons momentos e que podemos levar por toda a vida. Nossas memórias. Foi isso oque a pequena Ayla aprendeu e que guardava em seu enorme coração, os bons momentos que conseguia ter e era somente elas que lhe dava esperança.

Ela acordou com um enorme sorriso no rosto, trocou de roupa e passou de fininho pela porta com uma maçã na boca –revirando os olhos ao virar o rosto para ouvir a tempo o pai soltar um ronco coberto por um lençol de latinhas de cerveja em cima do sofá.

O sol brilhava quando a poeira subiu pelas rodinhas traseiras da bicicleta cor de rosa na estrada de terra. Ayla morava em uma pequena fazenda longe da cidade, era verão e a brisa refrescante beijou seu rosto despertando o instinto aventureiro da menina. Havia poucas casas próxima a floresta de pinheiros e ao longe, grandes montanhas verdes se erguiam majestosas sob o céu azul.

A última casa a ser vista antes da floresta era a da gentil Agnes Smith, –uma velha enrugada de cabelos curtos e brancos como algodão, ela sempre usava xale escuro que cobria seus ombros e um bichano felpudo de cauda quebrada a acompanhava a qualquer lugar.

A velhinha costuma entupir Ayla de bolos, doces e beijos e sempre a convidava para passar a tarde com ela, não era a toa que Ayla gostava de todo o amor que sentia vindo de Agnes, pois nunca foi cercada por esse tipo de sentimento – de início Ayla achou estranho, mas logo sentiu seu coração se aquecer– ela sempre esperou por esse tipo de afeto vindo do pai, mas isso nunca aconteceu. Decepção estampava seu rosto toda vez que lembrava dele, e uma tristeza profunda quebrava seu coração quando repensava no real motivo da rejeição, mas ela nunca deixou que aquilo verdadeiramente a abatesse como uma adaga mortal –pois ela sabia da verdade. Sua mãe a amou até seu último suspiro e aquilo era o que a motivava a seguir em frente. 

De longe uma velha cadeira de balanço rangia quando o vento batia na varanda da casa –isso significava que Agnes estava fora ou na maioria das vezes, dormindo –e por isso Ayla passou direto, animada e curiosa, tendo como destino mata a dentro. Algumas semanas antes das férias de verão começar ela se abrigou da chuva em uma pequena casa abandonada no meio da floresta e por um lado, ela estava curiosa para explorar um lugar novo e nomear a velha casa como seu novo "Lugar secreto'' –pois gostava de um lugar só para si, onde os problemas de casa não podiam segui-la e atormentá-la.

Laços de Aço --Serie: PRIMORDIAIS--Onde histórias criam vida. Descubra agora