Isso não está acontecendo. Respira America. Respira. Aqui estou eu, vomitando pela terceira vez essa semana, e hoje e quarta feira ainda. Isso não está acontecendo. Porque logo agora?
Aspen me prometeu que não iria contar ao Maxon sobre a possível gravidez. Não posso fazer isso com ele. Maxon já tem problemas demais. São três da manhã e eu estou sentada no chão do banheiro enquanto meu marido esta dormindo. Levantei do chão e volte para a cama.
— Onde você estava? — Maxon perguntou, quando deitei.
— Fui ao banheiro — respondi, casualmente — volte a dormir.
Ele me puxou e me abraçou com força. Depois do susto que eu tomei, Maxon mal me deixava respirar. Quando acordei, no dia seguinte do ataque, ele estava sentado na cama, trabalhando. Passou o dia inteiro ao meu lado. Perguntou como eu me sentia e sequer ousou em me beijar mais intensamente.
E agora? Cinco dias depois, ele continua assim. Continua trabalhando no quarto, pergunta quando eu saio e tenta me acompanhar sempre. Não vou reclamar, eu gosto de tê-lo perto. Mas seria muito mais fácil esconder esse segredo se ele tivesse distante.
Quando acordei, Maxon estava ali. Minhas damas traziam o nosso café da manhã e Aspen estava sentado na poltrona, lendo alguns papéis. O quarto de Maxon era seu novo escritório.
— Carter mandou essa carta — Lucy disse, entregando um envelope ao Maxon.
— Quando chegou? — ele perguntou.
— O funcionário deixou aqui essa manhã — ela respondeu.
Maxon leu em silêncio e entregou a Aspen, que leu em seguida.
— O que aconteceu? — perguntei.
— Ele já enviou alguns homens para Illéa — Maxon respondeu.
Peguei um pãozinho e o levei a boca. Aquele cheiro doce revirou meu estomago e a vontade de vomitar chegou quase me rasgando ao meio. Segurei com todas as minhas forças e olhei para Aspen. Ele sacudiu a cabeça e levantou apressado.
— Maxon, vamos ate o escritório para pegar algumas pastas? — Aspen perguntou.
— Tudo bem — Maxon respondeu, levantando e colocando o roupão.
Assim que saíram, corri para o banheiro e fiquei ali. A vontade voltou e dessa vez eu não segurei. Senti alguém puxar meu cabelo com delicadeza e eu sabia que era Lucy. Quando acabei, sentei no chão, chorando, enquanto Mary acionava a descarga e fechava o tampo. Anne me trouxe um suco.
Ninguém falou nada, elas me conheciam. Lucy afagou meus cabelos até eu me acalmar. Todas estavam sentadas no chão comigo. Devolvi o copo vazio e respirei fundo.
— Vocês não podem contar para ninguém — pedi.
— O que esta acontecendo? — Mary perguntou — você esta..
— Não tenho certeza — respondi, alisando o pijama — mas tem grandes chances.
Elas sorriram para mim, mas ao ver minha expressão, fecharam a cara.
— Achei que vocês queriam — Anne disse.
— No meio de tantos problemas e ataques? — perguntei — eu preferiria que viesse com mais calma, para podermos curtir.
— Ah, mas ai não teria o sangue Singer nas veias — Lucy disse, sorrindo para mim.
Ri com elas. E estendi as mãos pedindo ajuda para levantar. As três levantaram e me puxaram para cima. Maxon abriu a porta e nos viu de pé no meio do banheiro, rindo.
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Side by Side
Fanfiction~ Uma história alternativa de "A Seleção" ~ Meu nome é America Singer. Filha de Shalom Singer, rei de Carolina. Nossa nação é extremamente poderosa e rica. Tenho muitos irmãos, mesmo que isso não seja comum em famílias da realeza. Ser princesa pode...