Capitulo 40

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Isso não está acontecendo. Respira America. Respira. Aqui estou eu, vomitando pela terceira vez essa semana, e hoje e quarta feira ainda. Isso não está acontecendo. Porque logo agora?

Aspen me prometeu que não iria contar ao Maxon sobre a possível gravidez. Não posso fazer isso com ele. Maxon já tem problemas demais. São três da manhã e eu estou sentada no chão do banheiro enquanto meu marido esta dormindo. Levantei do chão e volte para a cama.

— Onde você estava? — Maxon perguntou, quando deitei.

— Fui ao banheiro — respondi, casualmente — volte a dormir.

Ele me puxou e me abraçou com força. Depois do susto que eu tomei, Maxon mal me deixava respirar. Quando acordei, no dia seguinte do ataque, ele estava sentado na cama, trabalhando. Passou o dia inteiro ao meu lado. Perguntou como eu me sentia e sequer ousou em me beijar mais intensamente.

E agora? Cinco dias depois, ele continua assim. Continua trabalhando no quarto, pergunta quando eu saio e tenta me acompanhar sempre. Não vou reclamar, eu gosto de tê-lo perto. Mas seria muito mais fácil esconder esse segredo se ele tivesse distante.

Quando acordei, Maxon estava ali. Minhas damas traziam o nosso café da manhã e Aspen estava sentado na poltrona, lendo alguns papéis. O quarto de Maxon era seu novo escritório.

— Carter mandou essa carta — Lucy disse, entregando um envelope ao Maxon.

— Quando chegou? — ele perguntou.

— O funcionário deixou aqui essa manhã — ela respondeu.

Maxon leu em silêncio e entregou a Aspen, que leu em seguida.

— O que aconteceu? — perguntei.

— Ele já enviou alguns homens para Illéa — Maxon respondeu.

Peguei um pãozinho e o levei a boca. Aquele cheiro doce revirou meu estomago e a vontade de vomitar chegou quase me rasgando ao meio. Segurei com todas as minhas forças e olhei para Aspen. Ele sacudiu a cabeça e levantou apressado.

— Maxon, vamos ate o escritório para pegar algumas pastas? — Aspen perguntou.

— Tudo bem — Maxon respondeu, levantando e colocando o roupão.

Assim que saíram, corri para o banheiro e fiquei ali. A vontade voltou e dessa vez eu não segurei. Senti alguém puxar meu cabelo com delicadeza e eu sabia que era Lucy. Quando acabei, sentei no chão, chorando, enquanto Mary acionava a descarga e fechava o tampo. Anne me trouxe um suco.

Ninguém falou nada, elas me conheciam. Lucy afagou meus cabelos até eu me acalmar. Todas estavam sentadas no chão comigo. Devolvi o copo vazio e respirei fundo.

— Vocês não podem contar para ninguém — pedi.

— O que esta acontecendo? — Mary perguntou — você esta..

— Não tenho certeza — respondi, alisando o pijama — mas tem grandes chances.

Elas sorriram para mim, mas ao ver minha expressão, fecharam a cara.

— Achei que vocês queriam — Anne disse.

— No meio de tantos problemas e ataques? — perguntei — eu preferiria que viesse com mais calma, para podermos curtir.

— Ah, mas ai não teria o sangue Singer nas veias — Lucy disse, sorrindo para mim.

Ri com elas. E estendi as mãos pedindo ajuda para levantar. As três levantaram e me puxaram para cima. Maxon abriu a porta e nos viu de pé no meio do banheiro, rindo.

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