Capitulo 32

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POV Aspen

Alguém bateu na porta do quarto que eu e Lucy estávamos. Ela estava distraída costurando, enquanto eu escrevia para Maxon. Levantei e abri a porta.

— Meu pai quer te ver - Celeste disse, sedutoramente.

Como alguém consegue colocar tanta malícia em uma frase tão comum?

— Já vou descer - eu disse, tentando soar indiferente.

Celeste sorriu e foi embora. Quando olhei para trás, Lucy me olhava torto.

— Eu não fiz nada! - exclamei, levantando as duas mãos.

Ela suspirou e voltou a costurar. Porque as coisas são tão difíceis para nós? Por quê sempre que estamos começando a nos entender, surgem empecilhos? Peguei o casaco no armário e sai do quarto, o vestindo. Andei pela casa até encontrar Michel. Ele estava nos fundos da casa, sozinho, olhando para o nada.

— Queria me ver? - perguntei.

— Vocês já estão há quase dois meses conosco - Michel disse, me conduzindo pelo jardim.

— Sim. Passou rápido - eu disse, colocando as mãos nos bolsos laterais do casaco - se está preocupado com nossa presença, fique tranquilo, ainda estou procurando onde morar e..

— Não meu jovem. De forma alguma. Eu ia dizer que você já é praticamente um de nós.

— Ah. Que bom que pensam assim.

— Os outros homens e eu queremos te convidar para jogar pôquer conosco hoje à noite. Só os homens.

— Não terão mulheres estranhas lá né?

— De forma alguma.

— Porque se tiver, minha esposa me mata.

— A minha também - Michel disse rindo.

Ri junto e combinamos o horário. Voltei para o quarto e dei de cara com Celeste.

— Ah não - reclamei.

— Feliz em me ver? - ela perguntou, se aproximando.

— Sinta o tom.

— O que você viu na Anne? Eu sou bem melhor.

— Não Celeste. Não faz isso.

— Você não negou.

— Me dê licença, por favor?

— Estou na minha casa.

— Então saio eu - eu disse, indo até o armário - se seu pai perguntar porque fui embora, por favor, conte a ele a verdade.

— Pare de drama Aspen.

Aspen? Ela me chamou de Aspen? Fiquei imóvel alguns segundos. Virei para ela com o cenho franzido e vi que ela sorria maliciosamente de novo.

— Meu nome é Tyler - eu disse.

— Não, seu nome é Aspen. E você é o braço direito do rei. Me pergunto o que um guarda real faz em um vilarejo.

— Não sei do que está falando.

— Sabe qual o meu hobby? - ela perguntou, olhando as unhas.

— Não estou interessado.

— Eu compro todas as revistas de fofoca que lançam. Eu junto tudo. Faço uns recortes e tudo mais. Venha comigo.

Celeste agarrou meu braço e me puxou para fora do quarto. Suas unhas longas cravando na minha pele. Me deixei ser levado, sem conseguir controlar minhas próprias pernas. Celeste me conduziu pela casa e entramos em um quarto. Só podia ser o dela. Era todo branco e vermelho, muito sofisticado. Ela foi ate um enorme quadro e começou a removê-lo.

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