Estavam almoçando na sala, sentados no sofá, quando Emily perguntou:
— Me trouxe aqui pra transar?
Ele parou o garfo que levava à boca. A boca permaneceu aberta alguns segundos.
— Não — respondeu somente.
— Então por quê?
— Eu apenas quis te convidar, Emily. Você pareceu... insatisfeita com o meu sumiço. Convidá-la pareceu uma boa.
Filha da mãe presunçoso.
— Isso não faz nenhum sentido. — Ela voltou a comer, então algo clicou em sua mente — Você me trouxe para ficar de olho em mim — Exclamou.
— Não foi isso.
— Foi sim. Eu tinha acabado de falar que tinha contado para as meninas e para meus irmãos sobre Tommy, e que eles ficavam comigo algumas vezes por semana. Então você me convidou para a sua cabana afastada de tudo e de todos. Que comovente — zombou.
— Você estava brincando com a própria segurança.
— Então está admitindo.
— Você está segura aqui.
— Eu não preciso da sua ajuda. Eu não quero sua ajuda.
— Eu só queria que não ficasse sozinha. Quem mal tem isso?
— O problema é que eu não preciso de você!
— Eu já entendi isso. Eu sei que não precisa de mim e te trazer aqui não significa isso. Tome isso como todas as outras vezes que saímos.
— Não houve sexo nas outras vezes que nos encontramos.
Ele deu um sorriso maroto.
— Foi um acréscimo legal, não foi?
A almofada que ela jogou quase derrubou o almoço dele. Aaron riu, feliz por sair da conversa defensiva.
— Pervertido.
— Devo lembrá-la que foi você que começou com isso? — disse, a voz baixando para um ronronado sensual — Lembra que agora a pouco você disse que adora como eu...
— Calado.
— Não conheci você tão tímida — continuou provocando.
— Cale sua maldita boca.
— A mesma boca que fez você gemer tão loucamente e que a deixou querendo mais.
— Como se você também não quisesse — retrucou ela.
— Sim, mas eu não estou negando.
Ela revirou os olhos, então se levantou, indo em direção à cozinha. Ele se pôs a rir, não importa quantos anos se passem, provocar Emily sempre ia ser satisfatório.
...
— Por que não está falando comigo? — apareceu Emily, na porta do quarto dele, enquanto ele mexia no armário. A voz parecida com de uma criança mimada que não conseguiu o que queria.
Ele virou para ela um pouco atordoado.
— Pensei que ainda estava furiosa pelo meu ato heroico.
Ele sabia que não devia provocá-la com esse assunto, é sempre um mar revolto quando ele mexe nisso. É um milagre que ele saia ileso. Pelo menos fisicamente.
— Pegue seu ato heroico e enfie no seu...
— Ei.
Ela senta na cama dele com um bufo raivoso, ignorando o olhar de reprimenda de Aaron por sentar na cama ridiculamente arrumada, sem nenhuma dobra.
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A linha tênue entre o amor e o ódio
FanfictionUniverso alternativo A família Prentiss e Hotchner são inimigos, ninguém sabe ao certo quando isso começou, eles só sabem de uma coisa, eles se odeiam. Mas há uma linha tênue entre o amor e o ódio, e em algum momento ela acaba rompendo. E ela vai r...