Blair e JJ Maybank vivem um pelo outro e sobrevivem com seu pai no cut, lado pobre de Outer Banks.
JJ é o filho que se importa, já Blair é a filha que, se não fosse pelo seu irmão, na primeira oportunidade abandonaria tudo lá e mudaria de vida.
Com...
- Pode me dizer se você está bem? — pergunto enquanto dirijo perigosamente rápido pelas ruas de Outer Banks, mas a única coisa que ouço são os soluços e gemidos doloridos de Blair.
Estaciono o carro na frente do hospital e olho para Blair, que tem os olhos vermelhos de tanto chorar. Seu olhar desesperado, como se ela estivesse pedindo socorro por alguma coisa que não conseguiria externalizar.
- Amor — seguro sua mão trêmula e Blair faz uma cara de dor.
- Rafe — ela fala devagar — eu não consigo.
- Não vou sair do seu lado nem por um segundo, tudo bem? Seu irmão está vindo para cá, vai ficar tudo bem. Nosso bebê vai nascer e ela vai ser linda e saudável. — falo tentando encorajá-la — Eu sei que você consegue, você é forte, é a mulher mais forte que eu conheço.
Falo sorrindo para Blair, que ainda me olha assustada, mas o leve aperto que ela dá na minha mão serve como uma resposta para o que eu acabei de falar.
Corro com Blair no meu colo até a recepção do hospital, a colocando sentada em uma cadeira de rodas que estava por lá.
- Eu preciso de um médico agora, minha esposa está em trabalho de parto.
- Preciso do seu nome, senhor — a mulher da recepção fala sem ao menos me olhar, fazendo com que eu me irrite e comece a engrossar minha voz, mudando minha postura.
- Meu nome é Rafe Cameron — falo sério e vejo a recepcionista me olhar assustada — e se ninguém mandar um médico para monitorar a minha mulher agora mesmo, eu vou fechar esse hospital!
- Preciso de um obstetra e um quarto agora! — ela fala no telefone da recepção — Há uma mulher aqui em trabalho de parto.
E em menos de dez minutos duas mulheres e um homem aparecem ajudando cautelosamente Blair.
Em menos de meia hora já estamos no quarto, onde Blair está sendo monitorada em silêncio.
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Seu silêncio é sufocante e ensurdecedor, tudo o que sei é que já estamos aqui há 35 minutos.
Eu sentado ao lado de Blair, segurando sua mão e ela está recostada na cama, enxugando suas lágrimas e apertado minha mão.
- Boa noite — uma médica fala entrando no quarto — a doutora Alba não está no momento, mas me chamo Beth.
Abro um sorriso e Blair ao menos levanta o olhar para a mulher.
- Sei que esse momento pode ser doloroso e cansativo, mas estamos fazendo de tudo para que o seu bebê nasça bem e saudável, senhora Cameron.
Apesar de saber que Blair prefere ser chamada pelo sobrenome Maybank, não me dei ao trabalho de consertar a mulher, que estava falando sobre os exames de Blair.
