Sweet Possession (Sweet Trilogy Book 2)

Capítulo 3

Anastasia

Ele me atormenta.

Christian Grey me atormenta de todas as maneira possíveis, faz coisas absurdas com a minha cabeça e me excita lembrar do que ele pode fazer com o meu corpo.

E agora ele me olha cheio de expectativas esperando por uma resposta que ainda não me decidi.

— Muito difícil de responder? — ele me dá um sorriso triste e abaixa a cabeça, evitando meus olhos. — Dói ver você e saber que te perdi.

— Christian, não é isso. Eu só estou confusa. Não quero te dar uma resposta para me arrepender no minuto seguinte. — ele assente e olha para longe.

— Tudo bem, Anastasia, eu entendo. Não vou te pressionar mais em relação a isso. — Christian se levanta e ajeita o terno. — Boa noite.

Suspiro e vejo ele se afastar de cabeça baixa. Lágrimas vêm aos meus olhos sem que eu perceba e eu as seco rapidamente para que ninguém note.

Kate continua sendo o centro das atenções como ela merece ser e aproveito sua distração para pegar meus sapatos e também voltar para a casa.

Caminho pela grama molhada de orvalho e olho para o céu estrelado rogando por algum sinal divino ou qualquer merda que possa me ajudar a decidir o que eu quero para a minha vida.

Eu acho que também estou apaixonada por Christian, mesmo que eu tente mentir para mim mesma.

É um sentimento aterrorizante e que eu jurei nunca mais deixar florescer no meu peito, mas aconteceu e agora não sei como agir.

Nós somos bons juntos, nos damos bem, o sexo é fantástico e ele é uma pessoa carinhosa, mas tenho fantasmas que me perseguem e apavoram o tempo todo.

Aprendi na pele que o amor é doloroso as vezes e que ele machuca, não só íntima como fisicamente também. E mesmo que a vozinha na minha cabeça sussurre o tempo inteiro que não devo me deixar abater pelo medo, a teoria sempre é mais fácil que a prática.

A casa está silenciosa e na penumbra quando entro. As pequenas luminárias nas paredes clarea precariamente a escada e a sala de estar.

Escuto um barulho na cozinha e largo meus saltos perto do aparador, caminhando até lá por pura curiosidade.

Vejo Christian agarrar uma garrafa de vinho da adega em baixo da pia e o saca rolhas de uma das gavetas da ilha. Dispensando qualquer copo ele se vira e para assim que me vê na porta da cozinha.

— Atrapalho? — murmurro baixinho e ele balança a cabeça.

— Não, claro que não. Me desculpe pelo barulho. — dou de ombros e adentro mais no cômodo, puxando um dos bancos altos da ilha.

— Posso te acompanhar? Adoro um bom Sancerre. — aponto para a garrafa de vinho com um sorriso.

Christian me encara por alguns segundos antes de dar de ombros e assentir, puxando duas taças do armário na parede.

— Pensei que ficaria mais tempo na festa. — ele fala com indiferença e despeja uma boa dose de vinho para mim.

— Estou cansada. Tenho trabalhado muito esses dias com a promoção do livro, sessão de autógrafos, entrevistas.

— Fico feliz de ver que está tendo sucesso no seu projeto. — ele sorri e levanta a taça na minha direção. — Ao seu sucesso.

— Eu tinha esquecido de como escrever é prazeroso. Deixar as ideias fluírem livremente, criar personagens com personalidades tão diferentes, falar de amores perfeitos. — suspiro e sorrio.