O Resgate Que Nos Uniu {Natasha Romanoff/You}

CAPÍTULO 7- Temp.2

A mulher se aproxima, sem perceber S/N, mas finalmente S/N percebe quem é.
Puta merda.
Natasha.
- Oi. - Natasha toca levemente na cabeça de S/N e se senta em uma cadeira.
- Isso não é possível. - Todo o rosto de S/N treme. - Como?
Natasha não responde nada, apenas continua encarando o vazio, então S/N corre para abraça-lá.
- Não faz mais isso comigo. - S/N pede, abraçando-a mais forte. Mas Natasha continua sem expressão, então S/N pega um lenço umedecido, e passa no rosto de Natasha, que estava coberto de carvão.
- S/N? - Natasha pergunta, ainda olhando para o vazio.
- Eu tô aqui. - Algumas lágrimas começam a surgir no rosto de S/N.
Choque.
Ela liga para Cole, porque não tem a menor ideia do que fazer, mesmo ele não sabendo do que aconteceu em Vormir.
- Algum tipo de trauma. - Ela diz ao telefone.
Assim que Cole chega, ele tenta falar normalmente com Natasha, mas sem sucesso. Então, ele pressiona o rosto de Natasha com os polegares e tenta novamente se comunicar.
- O que aconteceu?
- Eu..devolvi a joia. - Natasha responde lentamente.
- Que joia S/N? Do que ela tá falando?
S/N engole em seco, mas não responde nada.
- Pegue um copo d'água. - Cole ordena.
~quebra de tempo~
Cole e S/N tentaram de tudo, mas Natasha não deu nenhum sinal.
- Não há mais nada que possamos fazer. Apenas espere. - Boa sorte, qualquer coisa me chame. - Cole vai embora e deixa S/N e Natasha sozinhas novamente.
S/N ajuda Natasha a ir para o banheiro, tentar tomar um banho, porque ela pensa que talvez possa ser algum tipo de ressaca.
Algumas horas depois, S/N está lendo quando percebe que já se passaram horas e o vazio do apartamento ecoando com o barulho do chuveiro ainda está presente. Ela corre até o banheiro, e se dá com Natasha caída no azulejo, ainda com o chuveiro ligado.
- Caramba. - Ela fala para si mesma.
S/N tira Nat dali, seca-e a veste, e depois a põe em sua cama enrolando-a num grande cobertor, ela senta ao lado tomando conta.
~quebra de tempo~
- Que frio. - Natasha diz se espreguiçando, depois de uma boa tarde de sono.
S/N olha para ela esperançosa.
- Como você se sente?
- Eu não sei. Não faço a menor ideia do que aconteceu nas últimas 72 horas. - Natasha confessa.
S/N pensa um pouco, mas resolve perguntar.
- Porque você queria se matar?
- Você não entenderia. - Natasha puxa os dedos de S/N e fica brincando com eles.
- Considerando que eu sou órfã desde os seis anos, e tive que recomeçar minha vida com dezoito anos perdidos, realmente, eu não entendo. - Lembra S/N.
- É diferente. Você não explodiu uma criança. - Natasha fica olhando para os dedos de S/N.
- Se você prometer não explodir nossos futuros filhos, estamos quites. - S/N ri.
As duas ficam um pouco em silêncio, sem saber como continuar a conversa.
- Você não deveria julgar seu passado dessa forma. O que importa é que hoje você é uma nova pessoa, ok? - Fala S/N.
Natasha assente.
Depois de algum tempo de um silêncio confortável, Natasha se levanta e vai até sua pequena coleção de DVDs.
- Tá afim de ver filmes de faroeste? - Ela diz, manuseando os discos.
- Você sabe muito bem que eu vou dormir em todos eles. - S/N responde, com um grande sorriso no rosto e os braços cruzados ao redor do peito.
- Eu não ligo se você dormir.
- Tudo bem, então, eu só assisto seus filmes chatos de velho oeste se você assistir pelo menos um dos Jogos Vorazes comigo.
- Combinado. - Natasha finalmente escolha o disco e se deita ao lado de S/N, tentando se aconchegar em seus braços.
~quebra de tempo~
Já se passaram quase três horas, estando provavelmente perto de 1:00 da manhã. S/N está extremamente concentrada no filme, até mesmo com algumas lágrimas em seus olhos. E quando S/N percebe, Natasha está dormindo pesadamente, e isso dá a impressão de que ela apagou nos primeiros dez minutos. S/N ri silenciosamente, desliga a TV e se deita ao lado de Natasha novamente.