Hear you me: Brittana

Capítulo 11

Um mês mais tarde

Santana Lopez pov's

A peça tinha acontecido no último fim de semana e foi um tremendo sucesso, mas odeio a escola por ter a realizado tão rapidamente, uma vez que estava gostando dos ensaios e graças a eles descobri um novo sentimento pela Brittany, um sentimento puro e verdadeiro, entretanto, não crio muitas expectativas, pois a Britt  não deve estar na mesma sintonia e nem deve me enxergar com esses olhos, apenas me vê como uma boa amiga.

-Tá tudo bem? -Britt me chamou de volta para a realidade.

-Só estava pensando demais... -Dei um meio sorriso para ela. -A lua está muito linda essa noite. -Comentei enquanto me apoiava no para-brisas do meu carro. -Obrigada por ter aceitado vir aqui comigo... -Agradeci um pouco envergonhada.

Estávamos no meu lugar favorito da cidade, um lugar alto com uma brisa agradável e sem as iluminações artificiais da cidade, ali era só a gente, a lua e as estrelas em perfeita sintonia. A Britt estava segurando minha mão e estava apoiada ao meu lado no para-brisas, aquilo das mãos juntas era um costume nosso e fazíamos isso para nos confortar quando as coisas saiam do controle, quando estamos com muita raiva ou apenas para confirmar que uma está ali para outra que é o caso nesse momento.

-Seus pais ainda estão fora da cidade? -Perguntei inclinando minha cabeça em sua direção.

-Sim, eles só voltam na semana que vem, mas de certa forma isso é bom, pois a Quinn e eu temos a casa só para a gente, podemos comer besteiras até altas horas e minha relação com minha irmã melhorou muito nesses últimos três dias. -Ela respondeu sem tirar os olhos da lua.

-Sua mãe desistiu da ideia do colégio interno, não é? -Perguntei um pouco receosa.

-Temporariamente... -Brittany inclinou a cabeça para mim. -Podemos não falar dos meus pais ou dos seus pais só por essa noite? -Perguntou com um sorriso sem mostrar os dentes.

-Claro... -Respondi um pouco envergonhada.

-O que você achou a repercussão da peça? -Britt me perguntou e sorri para ela.

-Eu gostei bastante do resultado e todo mundo estava bem dedicado a essa peça... -Respondi à pergunta. -Acho que a parte do nosso beijo foi a que mais chocou a todos e a que eles mais gostaram ao mesmo tempo! -Admiti e Britt sorriu.

-Eu pensei que o meu bigode falso ia cair... -Ela comentou e caímos na risada. -Eu gostei de ser o seu marido na peça. -Britt admitiu com um pequeno sorriso tímido.

-Eu gostei de ser a sua esposa... -Admiti com um sorriso também.

Depois disso começamos a nos aproximar lentamente, a Britt fechou os seus olhos um tempo depois e acompanhei o seu ato, mas quando nossos lábios iam se tocar o meu celular tocou e nos afastamos assustadas e muito vermelhas.

-É o meu cão de guarda... -Comentei ao perceber que o Fernando havia me mandado umas vinte mensagens. -Tenho que voltar para casa, pois, aparentemente, os meus pais estão super bêbados e querem um jantar em família. -Revirei meus olhos e Britt apenas acenou com a cabeça. -Vou te deixar em casa antes, Pierce.

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Brittany Pierce Fabray pov's

22 horas

Santana me deixou em casa e não conversamos sobre o ocorrido na pedreira, mas fico imaginando o que teria acontecido se aquele maldito celular não tivesse tocado bem naquele momento. Nos últimos dias tenho visto a Santana com outros olhos, mas ao mesmo tempo tenho medo de estar me enganando e de me machucar com isso mais para frente e ando bem confusa em relação aos meus sentimentos por essa latina.

Naquele momento estava precisando conversar com alguém e receber um colo e minha irmã era a pessoa apropriada para isso, mas a Quinn não estava em seu quarto e nem no banheiro ou demais cômodos, ela havia saído e eu estava sozinha com meus pensamentos e minhas emoções confusas. Optei por um banho rápido e desci até a cozinha para fazer um pouco de pipoca para me acompanhar enquanto assistia um filme qualquer na TV.

O filme estava no meio quando o meu celular tocou.

-Alô?

-Alô, eu gostaria de falar com Judy Fabray ou com Russel Fabray, por favor. -Uma voz de um homem soou do outro lado.

-São os meus pais, mas eles estão viajando no momento do que se tratava? -Perguntei curiosa.

-Quem está falando? -Perguntou.

-Brittany P. Fabray, filha mais nova. -Respondi.

-Srta. Fabray a sua irmã, Quinn Fabray, sofreu um grave acidente na estrada principal, pois estava dirigindo embriagada e se encontra nesse momento passando por uma cirurgia de emergência. -O homem do outro lado da linha disse e meu coração acelerou. -Ela teve uma colisão direta com um caminhão e teve um pulmão perfurado devido uma parte do carro que se soltou...

-Ela vai ficar bem? -Perguntei tremendo e me sentando no sofá para que não caísse no chão.

-Ainda não podemos garantir nada, mas precisamos de alguém da família para assinar uns papeis e ver no nome de quem iremos colocar a conta do hospital.

-Eu... eu vou ligar para os meus pais e estarei indo ao hospital de imediato... -Sussurrei e logo em seguida desliguei o telefone para ligar para os meus pais.

-O que foi Britt? -Mamãe perguntou do outro lado da linha.

-A QUINN SOFREU UM ACIDENTE, EU PRECISO QUE VOLTEM IMEDIATAMENTE!

-Não podemos voltar agora e nem queremos! – Ela respondeu. -O que aconteceu com aquela inútil?

-Um acidente de carro... -Respondi sem acreditar no que havia escutado. -Preciso de dinheiro para pagar o hospital!

-Não iremos desembolsar nem um tostão com aquela garota e não volte a nos ligar para falar da Quinn! -Mamãe desligou em seguida e fiquei sem chão com aquilo.

Me levantei, chamei um táxi e fui até o hospital, assinei toda a papelada necessária e pedi um tempo para as despesas, pois iria pensar em alguma coisa enquanto os meus pais estavam fora, eu tive que mentir no hospital, pois não queria que negassem atendimento a minha irmã.

-Alô.

-Sanny, a Trina sofreu um acidente eu preciso de você! -Falei desesperada para minha amiga no telefone.

-Estou indo para aí agora! -Santana respondeu e logo desligou o telefone.