DEZESSETE

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Capítulo não revisado!
Boa leitura.

Assim que Jungkook saiu, Jimin entrou em ação, com o coração batendo forte pela magnitude do que estava prestes a fazer.

Antes de entrar no banho, ele mandou um rápido e-mail para Tae, dizendo "Olá" e avisando que iria ao apartamento mais tarde para saber como fora a prova final de anatomia do
amigo, apesar de ele já saber. Com sorte, John veria o e-mail e entraria em contato com Jimin rapidamente. Já passava do meio-dia. Devido à exaustão completa, Jimin dormira até muito mais tarde do que planejara e havia muito a fazer antes que escurecesse.

Jungkook, sempre atencioso, deixara um sanduíche para que ele almoçasse e Jimin o devorou com gratidão antes de se encaminhar para a porta. Quando Jungkook fazia coisas como aquela,
pequenos gestos de consideração, Jimin quase acreditava que ele realmente se importava com ele e sentia uma onda indesejada de culpa por trair a confiança dele. Mesmo hoje, depois de tudo o que acontecera na noite anterior, a ideia de que ele pudesse ser ferido o deixava enjoado. Era ridículo,
claro. Ele provavelmente ficaria bem e, mesmo se não ficasse, era culpa dele por ter invadido a Terra e tentado escravizar a espécie dele. Ainda assim, ele preferia muito mais vê-lo deportado em segurança de volta para Gliese. Assim, poderia retomar a vida normal sabendo que ele estava a milhares de anos-luz de distância e nunca o incomodaria novamente.

Pelo menos, foi o que disse a si mesmo.

Bem no fundo, uma parte tolamente romântica dele queria chorar ao pensar em nunca mais ver Jungkook, nunca mais sentir o toque dele nem ouvi-lo rindo, nunca mais ver aquela cicatriz que deixava a bochecha esquerda tão linda. Ele era inimigo dele, mas também era seu amante, e, apesar
de tudo, ele se apegara a Jungkook. O prazer que ele lhe dava ia além do sexo. Só de estar com ele, Jimin se sentia excitado, vivo e, quando conseguia esquecer a natureza exata do relacionamento que mantinham, estranhamente se sentia feliz.

Ele não conseguia imaginar fazer sexo com outra pessoa depois de fazer amor com Jungkook.

Seria como comer serragem pelo resto da vida depois de experimentar ambrosia pela primeira vez.

Fazia perfeito sentido que ele fosse um excelente amante, é claro. Além da química especial que ele dissera que tinham juntos, Jungkook também tinha milhares de anos idade e tivera tempo suficiente para aprender exatamente como dar prazer a uma outra pessoa. Como um humano poderia se comparar a isso? E ele nem mesmo queria pensar sobre como ele o fazia sentir quando bebia o sangue dele. Ele não tinha
certeza se isso era saudável, sentir um prazer tão intenso, mas a ideia de que isso nunca mais iria acontecer era quase mais do que poderia aguentar.

Pela primeira vez, ele ponderou sobre os xenófilos sobre os quais ouvira falar. Os motivos daquelas pessoas, que supostamente faziam anúncios on-line com o objetivo de ter relações sexuais
com os Invasores, sempre fora um mistério para ele. Mas agora ponderava se talvez eram realmente viciados... se sentiram o gosto do paraíso e sabiam que tudo o mais seria pálido em comparação.

Jungkook advertira que o vício era uma possibilidade para os dois se ele bebesse o sangue dele com muita frequência. Jimin estremeceu com a ideia. Era a última coisa de que precisava, desenvolver de verdade uma necessidade física dele. Era suficiente que provavelmente sentisse a falta dele com cada fibra do corpo quando ele finalmente desaparecesse da vida dele. A última coisa de que precisava era sentir falta de um estado alucinógeno que só conseguia com ele.

Não havia outra alternativa para ele, precisava concluir a missão. O relacionamento deles estava fadado a terminar, era só uma questão de tempo. Mesmo se estivesse disposto a aguentar a natureza autocrática dele, ou mesmo se fosse tão longe a ponto de aceitar ser caerle dele, Jungkook se cansaria dele em poucos anos. Depois disso, ficaria sozinho, com o coração partido e destruído pela deserção dele.

MEU!  #Jikook #Where stories live. Discover now