NOVE

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Nas semanas seguintes, Jimin entrou em uma rotina, se é que dormir com um extraterrestre enquanto tentava espioná-lo poderia ser chamado de algo tão mundano.

Ele insistiu em vê-lo todas as noites a partir do horário do jantar. Jimin passou todas as noites no apartamento dele, sem voltar mais para o próprio apartamento para dormir. Durante o dia, ele deixava que o jovem fosse às aulas, voltasse para casa para estudar ou passasse algum tempo conversando
com a família por vídeo chamada. A vida social de Jimin, que nunca fora particularmente ativa, agora girava em
torno do relacionamento com Jungkook, o que deixou Taehyung horrorizado.

— Estou falando, Jimin — tentava ele incessantemente convencê-lo — Eu sei que você disse que era apenas temporário, mas estou realmente preocupado. Só o que você faz é ir até ele, é como se não tivesse mais uma vida. A forma como ele simplesmente tomou todo o seu tempo livre não é
saudável. Eu quase não o vejo mais, e nós dividimos um apartamento. Não pode passar uma noite sequer longe dele, passar algum tempo comigo ou ir a uma festa? Você está na universidade, pelo amor de Deus!

Jimin dava de ombros, sem querer entrar em uma discussão com Tae. Que ele pensasse que Jimin estava simplesmente obcecado pelo primeiro amante. Era melhor do que explicar a realidade da situação precária em que se encontrava.

John entrara em contato com ele na quinta-feira, perguntando se tinha alguma informação útil.

Jimin não tinha. Akane e Ziar foram ao apartamento de Jungkook algumas vezes, mas ficaram fechados naquela sala e Jimin ficara assustado demais para tentar espioná-los novamente. Ao passear no Central Park, uma vez Jungkook e Jimin foram abordados por um grupo de três Is que ele nunca vira antes. A atitude deles em relação a Jungkook fora de certa forma submissa, dando a Jimin uma ideia do poder que
ele supostamente tinha sobre os gliesenianos que estavam no planeta. No entanto, eles conversaram no
idioma nativo deles e Jimin não fazia ideia do que fora dito. Mas ele ficou surpreso ao vê-los, pois não sabia que Manhattan era um lugar tão popular entre os Is.

Nas sextas-feiras e nos sábados, ele o levava para shows na Broadway e estreias de filmes no cinema. Jimin gostou muito disso. Por algum motivo, apesar de morar na cidade de Nova Iorque, raramente tinha a oportunidade de ir aos shows, e era divertido fingir ser turista por uma noite. Ele também o levava a restaurantes caros ou fazia pratos sofisticados em casa nos dias em que não saíam.

Para alguém de fora, a vida de Jimin correspondia à fantasia de toda garota(o) completa com um amante
bonito e rico que o levava para andar de limusine e, de forma geral, tratava-o como um verdadeiro príncipe.

O guarda-roupa dele também tinha passado por uma mudança completa. Os assistentes da Saks tinham ido às compras e substituído cada peça de roupa de Jimin por algo mais bonito, mais encantador e infinitamente mais caro. Novos casacos curtos e longos elegantes o mantinham aquecido e confortável no clima imprevisível da primavera. Todas as roupas íntimas agora eram de seda, com algumas peças de algodão ainda presentes para que usasse ao fazer exercícios. Os velhos suéteres e calças folgadas foram trocados por calças justas e confortáveis e por camisetas macias.

Até mesmo as calças jeans foram consideradas velhas demais e pouco elegantes, e as prateleiras estavam orgulhosamente cheias de calças de marca. E, claro, os belos conjunto de paletós, feitos sob medida de cores variadas, agora pendurados no armário dele eram uma categoria à parte. Os sapatos também não tinham escapado, e as velhas botas e tênis gastos da época da escola foram substituídos por botas, tênis, sapatos das melhores marcas e sofisticados.

As objeções veementes de Jimin aos gastos extravagantes de Jungkook com ele foram completamente ignoradas.

— Você acha que isso é algo mais do que apenas trocados para mim? — perguntou ele arrogantemente, arqueando uma sobrancelha escura ao ouvir os protestos dele. — Eu gosto de vê-lo bem vestido e quero que use todas essas coisas.

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