OITO

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Jimin caminhou de volta até o apartamento dele, precisando desesperadamente de algum tempo
sozinho antes de enfrentar Taehyung e suas perguntas.

Ele se sentia ferido e emocional, repleto de nojo de si mesmo. Racionalmente, sabia que responder a ele daquele jeito tornava a tarefa mais fácil e mais tolerável. Teria sido infinitamente pior se ele o achasse repulsivo ou se tivesse que fingir uma paixão que não existisse. No entanto, o

Jovem romântico enterrado dentro dele chorava com a perversão daquela história de amor. Não havia herói no romance e o vilão o fazia sentir coisas que nunca imaginara existir.

Depois que terminou de fodê-lo sobre a mesa da cozinha, ele o carregou para o banheiro e limpou-o gentilmente. Depois, deixou que ele se vestisse e fosse para casa, dando-lhe um beijo de
despedida e insistindo que estivesse pronta às 18h30. Jimin concordara fracamente, querendo apenas ir embora, com o corpo ainda latejando depois do episódio.

Ele ponderou quanto deveria contar a Tae. A última coisa que queria era arrastar o amigo para aquela confusão toda. Por outro lado, Taehyung já estava envolvido por meio de Jay e podia-se
argumentar que ele deixara as coisas piores para Jimin ao levá-lo, de forma não intencional, para o movimento anti-I.

Entrando no apartamento, ele ficou feliz e aliviado ao ver que não havia ninguém. Taehyung provavelmente estava fora estudando ou resolvendo alguma coisa.

Suspirando, Jimin decidiu usar o tempo em silêncio para conversar com a família. A última vez que falara com eles fora no sábado anterior e parecia que uma vida se passara desde então. Os pais provavelmente achavam que ele estava ocupado com os estudos e não o incomodaram, além de mandar algumas mensagens de texto. A resposta de Jimin fora uma mensagem genérica do tipo "está tudo bem, amo vocês".

Ele ligou o computador antigo e viu que a mãe já o aguardava no Skype. O pai estava no fundo da sala, lendo alguma coisa. Vendo Jimin se conectar, um sorriso largo se abriu no rosto da mãe.

- Querido! Como você está? Não tivemos notícias suas a semana inteira!

Se havia uma coisa que Jimin agradecia aos Is era o impacto que tiveram nos pais dele e em outros americanos de meia ideia no país inteiro. A nova dieta imposta pelos Is fizera maravilhas para a saúde deles, revertendo o diabete do pai e reduzindo drasticamente os níveis anormalmente altos do colesterol da mãe. Com cinquenta e poucos anos, os pais dele estavam mais magros, mais
cheios de energia e com aparência mais jovem do que nunca.

Jimin sorriu para a câmera com prazer. A pior coisa sobre morar em Nova Iorque era ver os pais com tão pouca frequência. Apesar de voltar para casa sempre que tinha a oportunidade, pois
voar até a Flórida nas férias não era difícil, ele ainda sentia saudades deles. Um dia, ele esperava se mudar para mais perto deles, talvez quando terminasse a universidade.

- Estou bem, mamãe. Como estão as coisas com vocês?

- Ah, você sabe, tudo na mesma. Todas as novidades são de vocês, jovens, hoje em dia. Você já falou com a sua irmã?

- Ainda não - respondeu Jimin. - Por quê?

O sorriso da mãe aumentou ainda mais. - Ah, não sei se eu deveria lhe contar. Telefone para ela, ok?

Jimin assentiu, morrendo de curiosidade.

- Como estão as coisas na faculdade? Terminou aquele trabalho? - perguntou a mãe.

Jimin mal se lembrava do trabalho. - O trabalho? Ah, sim, o trabalho de sociologia. Eu o terminei no domingo.

- Você teve outros trabalhos depois desse? - perguntou a mãe desaprovadoramente. Sem esperar a resposta, ela continuou: - Jimin, querido, você estuda demais. Tem só vinte e um anos, deveria estar saindo e divertindo-se na cidade grande, não sentada o tempo todo naquela biblioteca. Quando foi a última vez que teve um encontro?

MEU!  #Jikook #Where stories live. Discover now