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•Victoria•

-Ai, merda!- Xingo baixo colocando as mãos na minha cabeça sentindo ela latejar.

Não lembro de nada do que aconteceu... Quer dizer, não lembro nada do que aconteceu depois que eu vi o Paulo me traindo.

•Momentos antes•

Eu estava na boate com a minha amiga que nessa altura do campeonato já deve estar na cama de algum macho.

Eu estava tranquila, curtindo, pagando de burguesa, sendo que na realidade estou desempregada, vivendo de economias...

O ingresso para entrar na boate, a Bruna minha amiga conseguiu com um dos ficantes dela, nunca que eu pagaria tão caro pra entrar em uma boate, aqui é o olho da cara e só consigo ver pessoas cheias da grana aqui.

Se nada der certo na minha vida já sei o lugar... Esquece.

As bebidas estavam todas na conta do ficante da Bru, então eu decidi ir pegar uma água, eu não queria ficar pegando bebida num lugar tão caro como esse, ainda mais outra pessoa pagando pra mim, não gosto.

-Moço, quero uma água!- Digo para o barman e ele concorda com a cabeça indo buscar.

Viro de costas para o balcão e apóio meus cotovelos nele olhando o movimento ao meu redor.

Até que uma pessoa bastante conhecida chama a minha atenção, o tempo parece parar enquanto eu via aquela cena em minha frente... O Paulo meu namorado estava beijando uma mulher...

Não, não... De novo não...

Eu paralisei no lugar, meu coração apertou de uma forma drástica e as batidas ficaram frenéticas, minhas mãos começaram a tremer, a angústia de estar vivendo aquilo pela milésima vez me acertou em cheio.

Eu já vivi tanto esse momento, sentir o peso de ser traída já havia caído sobre mim milhares de vezes. Engulo seco e não deixo aquilo me desestabilizar. caminho em direção a eles tentando parecer forte, mesmo que aquilo tenha me ferido profundamente.

-Com licença, acho que isso é seu!- Digo afastando os dois e entregando a aliança para o Paulo, a aliança que estava a sete meses no meu dedo, como compromisso com o nosso relacionamento que estava chegando ao fim naquele momento.

-Amor?- Ao olhar pra mim no mesmo instante ele fica pálido.

-Amor? Você namora, seu cafajeste?- A mulher loira de mais ou menos um metro e setenta disse com irritação.

-Namorava, não namora mais!-Digo e me afasto bruscamente deles voltando para o bar.- Moço, eu não quero mais água, eu quero a bebida mais forte que tem aqui!

-Tem certeza?

-Moço eu acabei de descobrir que eu sou corna, desse um copão de álcool pra tentar juntar os caquinhos do meu coração!- Digo e então ele prepara a bebida pra mim e eu saio, indo para o meio das pessoas.

Eu poderia muito bem fazer um escândalo, mas eu não sou assim e nunca fui, a primeira vez que eu descobri uma traição eu devia ter meus quinze anos e aquilo doeu como um inferno, com um tempo eu passei a me acostumar em ser traída tanto por namorados, quanto por amizades...

o AMOR de um CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora