Capítulo 56 - A família.

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EPÍLOGO

Carina Deluca Bishop POV

Carreguei a última caixa que restava para dentro do quarto. Finalmente havíamos feito a mudança para uma verdadeira casa. Durante anos Maya havia conseguido me enrolar, evitando a todo custo sair de seu belo apartamento. Mas nos últimos meses dei a última palavra sobre isso. Agora com Marina, nós tínhamos que ter um espaço maior.

- Car, Maya mandou deixar essa caixa aqui. – Andrea disse ao entrar no quarto.

- Deixe em cima da poltrona, por favor, Andrea.

Meu irmão assentiu, e depositou a caixa de papelão no lugar onde eu havia indicado. Andrea Deluca agora já não era uma criança, já estava na adolescência. E eu tentava a todo custo cuidar dele como sempre havia cuidado, desde seus primeiros passos quando criança até hoje em dia. Com a morte de Anna, nossos laços haviam se estreitado mais, ao contrário de muitos irmãos por aí, minha relação com Andrea era maravilhosa. Sempre mantínhamos uma conversa amigável, carregada de respeito e carinho. A ausência dos pais na vida dele não estava sendo tão prejudicial como havia sido para mim. Talvez a nova estrutura familiar que nos encontrávamos era totalmente benéfica a criação de Andrea, já que Maya dava a ele um carinho tão fraterno quanto eu. Era maravilhoso ver como minha esposa amava Andrea, e cuidava dela como se fosse seu irmão.

- Vou ver meu quarto novo! Maya disse que mandou colocar uma hidromassagem no meu banheiro, acredita? – o garoto falou animado.

- Sabe que está velho demais para colocar o Chronos para tomar banho na banheira, não é?

- Maya disse que posso.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, o menor saiu do quarto em uma risada divertida. Eu devia dizer que mesmo depois de anos, aquele cachorro ainda fazia bagunça? Deus! E não só ele. Agora em minha casa eu não tinha apenas uma criança. Eu tinha três!

- Atenção senhores passageiros! Em poucos minutos o mini avião vai pousar. Quem fala é a comandante Maya Bishop ao lado da piloto Marina Deluca Bishop!

Ouvi a voz alta de Maya vinda do corredor, e junto dela a risada de Marina ecoava pelo cômodo. Eu disse, aí vem as duas crianças restantes.

Em poucos segundos eu vi Maya entrar em nosso quarto, com nossa filha nas costas. A menor tinha um sorriso largo no rosto, enquanto seus pequenos bracinhos contornavam o pescoço de minha esposa.

- Cancelar pouso! Cancelar pouso! Mamãe Carina no meio da pista de aterrissagem!

- Vamos pousar na pista dois! – Marina disse em meio a uma risada.

- O que as senhoritas pensam que estão fazendo? – falei ao me levantar do chão do quarto.

- Brincando de avião! – minha filha falou animada.

- A última vez que estavam brincando assim, alguém se machucou. – me aproximei de ambas que me fitavam com expressões de tédio.

- Eu escorreguei, não conta! – Maya se defendeu me fazendo rir. – Marina, diga pra sua mãe não ser chata.

- Mama... – Marina sussurrou, ainda agarrada ao pescoço de Maya.

Eu sorri ao fitar as duas daquela maneira. Será que alguém ainda tinha dúvidas de quem era a mãe mais irresponsável dali? Marina beijou o rosto de Maya, e logo em seguida lançou um sorriso para mim. Talvez ninguém pudesse entender o quão maravilhoso era poder ver as duas daquela maneira. Ao contrário do que muitos pensam por aí, Maya era a mãe mais boba e brincalhona de todas. Seu ar imponente e sério usado na Bishop Industry, se desmontava por inteiro quando estávamos em casa ao lado de nossa filha e Andrea. Ela ficava praticamente irreconhecível para quem só a conhecia em horário de trabalho, e admito que ter aquele lado de Maya era a melhor coisa do mundo.

THE STRIPPERWhere stories live. Discover now