40° Capítulo - O início do Fim!

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Tempo depois...

Roger está acomodado no sofá confortável e enquanto espera Victória se arrumar, decide olhar as notícias em seu smartphone.

"Mais uma pessoa vira pó misteriosamente, um homem de aproximadamente 40 anos, que dizia ter vivido na Segunda Grande Guerra, acaba tendo um surto dentro do Dot Baires, um dos maiores shopping de Buenos Aires. O surto ocorreu misteriosamente, as pessoas próximas disseram que ele estava fazendo compras com a família, quando de repente, iniciou uma série de ataques, o homem conhecido por Frank avançou para cima de sua esposa e filho, os seguranças do shopping tentaram contê-lo, mas foi em vão. O homem que voltou do tempo, acabou matando e devorando milhares de pessoas. O estabelecimento vendo a gravidade da situação, acionou o Exército, porém de um minuto para outro, Frank acabou desmaiando e virando pó em frente a muitas pessoas. — O gerente continua sua leitura mental e ao descer a página da web, encontra um vídeo, mas decide não abri-lo. — Como alguém consegue acreditar nessas Fakes News?"

— Estou pronta e vamos logo antes que eu mude de ideia!

Os olhos negros se elevam e avistam a bela ruiva, que trajava um vestido preto justo e salto agulha, seus cabelos ondulados caiam perfeitamente sobre os ombros e a maquiagem pesada a deixava mais atraente.

— Uau...você está linda, mas acho melhor você pegar um casaco, a temperatura caiu demais nesses últimos dias!

— Meu sangue está fervendo o suficiente para não passar frio!

— Precisa relaxar mais Borges. — Afirma se aproximando. — Muito estresse causa problemas de saúde.

— Por um acaso você é médico ou gerente? Vamos antes que eu mude de ideia? — Nesse momento os olhos verdes descem e avistam o volume. — Acho que quem deveria relaxar? Seria você, já que está de pau duro!

Roger rapidamente cobre a intimidade e acaba ficando com vergonha, já que não desejaria que ela percebesse sem antes ter um clima. Os olhos negros avistam a bela mulher se afastando e admiram o grande traseiro.

"Como consegue ser tão gostosa? — Pensa enquanto seus olhos não desgrudam do corpo formoso de Vick. — Até tento me manter calmo, mas é praticamente impossível!"

Nesse momento seu pensamento safado é interrompido, ao ver a bela ruiva sendo acometida por uma dor de cabeça intensa.

— Borges... — Exclama enquanto tenta ajuda-la. — Está tudo bem? Vamos, eu te levo ao hospital!

— Não... — Afirma ao se lembrança do Havaí. — Temos que sair imediatamente da cidade.

— Mas porquê?

— Ocorrerá um terremoto de proporções absurdas!

— O quê? Como assim?

— NÃO DA PARA EXPLICAR, VAMOS AGORA!

Mesmo confuso o gerente a leva para sua 4x4 e sai cantando pneu, Roger ultrapassa todos os sinais vermelhos e pede passagem para muitos motoristas que autorizam, já Victória aperta a própria cabeça com as mãos, seu intuito é aliviar a dor.

— Como pode ter tanta certeza? — Questiona o gerente enquanto pega uma das rodovias. — Será que não é apenas uma enxaqueca? — Nesse momento o centro da rodovia se abre ao meio, Roger freia e por pouco seu veículo não é arremessado para dentro da cratera, já os outros automóveis não tiveram a mesma sorte. — Isso não pode estar acontecendo! — Afirma para si mesmo, enquanto volta em contra mão, com dificuldade consegue desviar dos veículos que vinha em sua frente, com um movimento brusco, a 4x4 corta a rodovia e cai na faixa certa.

"Bom...Redmond tem várias saídas, tentarei a próxima. — Pensa enquanto sua atenção se volta para a estrada, nesse momento o terremoto inicia, o asfalto começa a quebrar devido a força do mesmo, a caminhonete pula e treme bastante, já Roger segura firme o volante. Os olhos negros avistam ao longe, a cidade ser engolida pela escuridão, apenas a luz do luar permitia ver os prédios desmoronando e os fios de eletricidade explodindo. O belo gerente engole em seco e pisa no acelerador, ao olhar pelo retrovisor externo, vê a rodovia sendo engolida pela cratera. — Mas que merda, tomara que de tempo."

A frente, Roger avista um viaduto e quando pensa em passar por debaixo, a bela ruiva o proíbe.

— Não vá pelo caminho que está pensando. — O gerente confuso olha para ela e a vê de olhos fechados. — Vá para outro lugar, ali é perigoso!

— Está dizendo isso, porque não viu o tamanho da cratera que está atrás de nós!

— NÃO ME QUESTIONE, APENAS OBEDEÇA!

Mesmo contrariado, decide obedecer, sem qualquer aviso, a 4x4 corta a frente dos outros veículos que tentavam se salvar, todos buzinam, mas Roger os ignoram e assim que sai da rodovia, os olhos negros avistam o exato momento que o viaduto cai esmagando milhares de automóveis que estavam embaixo.

Aquela cena o deixa mais nervoso e preocupado, a caminhonete corta a cidade, enquanto a mesma entra em ruina, os veículos estacionados são engolidos e com agilidade, Roger desvia das pequenas crateras que se formam em sua frente.

As pessoas fogem para se salvar e muitas aproveitam o caos, para saquear as lojas, supermercados e bancos. Ao passar em alta velocidade, Roger acaba atropelando muitos pedestre, não desejaria isso, mas infelizmente se parasse, não conseguiria salvar ninguém.

As residências se partem ao meio e muitos jatinhos particulares que sobrevoam, acabam tendo falhas técnicas e caem com tudo dentro da cidade.

"Isso só pode ser um pesadelo! — Pensa enquanto aperta o volante. — Como pode ser real!"

Nesse momento os olhos negros avistam outra saída e com dificuldade a 4X4 consegue fugir de Redmond. O terremoto se ampliou, então até certo ponto a caminhonete tremia, o gerente desviada das rachaduras do asfalto e dos veículos abandonados.

Tempo depois...

Após rodarem bastante, a caminhonete se encontrava no meio do nada, tudo está calmo e tranquilo, Roger vendo que o perigo tinha passado, afrouxa a gravata e pensa aonde eles poderiam passar a noite, os olhos negros se voltam para Victória e nota que a mesma não sentia mais dor.

— Borges, mas que merda foi aquela? Como sabia que tudo aquilo iria acontecer?

— Roger, eu não posso falar.

— O QUÊ? A GENTE QUASE MORREU E VOCÊ ME DIZ QUE NÃO PODE FALAR? — A caminhonete freia em frente a uma loja de conveniência. — ISSO SÓ PODE SER UMA PIADA, IREI SAIR, PRECISO TOMAR UM AR. — Victória vendo que Roger saiu alterado, decide ir atrás dele e ao dar a volta na caminhonete, o encontra atordoado. — Milhares de pessoas morreram, inclusive todos que conhecemos. — Afirma enquanto volta a olhar para a ruiva. — E você tem a audácia de me falar que não pode contar?

— Roger, você não entenderia!

— EU NÃO ESTOU ENTENDENDO AGORA. — Vendo que se alterou, o gerente respira fundo. — Por qual motivo não pode me contar? E como sabe o exato momento que uma catástrofe ocorrerá?

— Roger, me escuta, eu não posso te falar muita coisa, a única coisa que posso dizer, é...isso é apenas o início do Fim!

— Lá vem você com suas teorias!

— Acha que aquele terremoto era apenas uma teoria? — Vick olha fixamente para o gerente e o mesmo se convence. — Devemos nos preparar.

— Espera, deixa ver se eu entendi, quer dizer que o mundo está acabando? E você sabe disso? Como?

— Eu não posso falar!

— E porque não? Como posso saber se é verdade o que diz? E preciso passar por quantas desgraças, para entender o que realmente está ocorrendo?

Já frustrada com a situação, Victória olha para o céu parcialmente ocultado pela rede tecnológica, respira fundo e nesse momento toma uma decisão.

— Quer saber? Foda-se, irei te contar! Roger, eu sou uma canídea de Sirius, meu pai é um alienígena que está aqui para me levar embora, cada linhagem veio a terra com o intuito de buscar os seus e essa hora chegou, nossa dimensão está chegando ao fim e quem estiver pronto, voltará para casa.

Continua...

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