Last Monday.

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Amanheceu rapidamente como Chuuya almejava no inicio de sua semana, mas, atualmente, ele rejeitava o calor da manhã e o céu dourado mesclado com rosa para ficar deslizando e acariciando os cabelos morenos do rapaz que adormecia por cima de seu corpo. 

Dazai é adorável calado, mais belo do que podia imaginar enquanto dormia. Seu corpo leve era coberto de machucados em cicatrização e cicatrizes enroladas por ataduras manchadas de poeira e sangue.

Por sorte ele não babou em si. Suas mãos que agarravam a cintura de Chuuya como um travesseiro eram ásperas, porém ao mesmo tempo macias como algodão. Ele não fedia, não dessa vez. Para ter a possibilidade de dormir com Chuuya e fazer dele seu travesseiro novamente, foi exigido um banho, e assim fez, mesmo caindo aos pedaços.

Nakahara teria que se levantar e começar a juntar suas coisas e guarda-las em suas malas. Durante a madrugada, Dazai o perguntou o porquê de ele ter que ir embora logo quando finalmente se encontraram. Chuuya respondeu o mais ignorante possível para o afastar de alguma maneira, porém Dazai simplesmente riu como se fosse a melhor piada contada a ele.

Chuuya se calou por longos segundos depois da "piada". Por vergonha da resposta inesperada, seu rosto recebeu um tom mais avermelhado ou rosado. Provocações vindas do moreno de olhos castanhos, Chuuya queria enfiar o rosto no travesseiro e dormir de uma vez, ele foi impedido de fazer tal ação e seu pescoço foi tomado por um formigamento que o fez cair no riso.

Foi uma noite agradável comparada com as que ele ficava acordado em boates dormindo com pessoas desconhecidas, gastando seu dinheiro atoa para pessoas desesperadas por seus objetivos.

Já Dazai, se sentiu livre de todo o peso que sentia. Livre de Verônica o perturbando em seus sonhos e através dos espelhos que refletiam sua imagem como a besta de Gévaudan. Suas feridas e cicatrizes pararam de culpa-lo.

Se sentiu tão livre que se comparava a uma pena, tal comparação fazia Chuuya gargalhar a ponto de doer sua barriga. Bebidas e sentimentos desconhecidos aceitando o termo da liberdade. Verônica deve estar feliz por ver seu antigo marido se divertindo após um longo tempo se culpando.

Chuuya finalmente se levantaria para arrumar suas malas, ele afastou as pontas do cabelo de Osamu e beijou sua testa. Uma rotina árdua o esperava hoje, cada segundo perdido pode ser desperdício. 

[...]

Chuuya arrumava as últimas coisas que sobravam fora com dificuldade. Quando Dazai acordou e percebeu o ruivo guardando tudo de forma organizada, esperou o rapaz fazer uma pausa para beber água e bagunçou tudo novamente.

Ele recebeu mais que 1 tapa por cada vez que ele usava desculpas para fugir da mão, nem tão pesada, de Chuuya.

Enrolado no coberto próprio de Nakahara, Osamu impedia e causava uma birra enorme no quarto, o que acabou chamando atenção da vovó e sua neta que invadiram a casa de Chuuya, mais uma vez.

— O que você está fazendo com meu netinho? — A mulher chegou no quarto empurrando a porta com força causada pelo desespero. A neta da mulher puxava seu pulso para trás com toda a sua força, tentava mesmo que fosse quase impossível.

Ela os encarou ao ve-los em uma pose comprometedora, mais uma vez.

Ela gritou e se jogou no chão. A neta da senhora correu até a cozinha e buscou um copo de água, mesmo que a mulher ignorante tenha derrubado de propósito e molhado o chão que Chuuya havia varrido esta manhã.

— O que houve? — A senhora dos bolos exclamou, junto dela todos os outros vizinhos fofoqueiros, alguns ainda vestidos de pijama.

"verônica, open the door!"Where stories live. Discover now