IV

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Jennie perturbou o taxista como se estivesse cutucando um pedaço de carne em uma grelha. Ele não conseguia dirigir rápido o suficiente, não conseguia explicar como chegar ao hotel de forma concisa o suficiente, não conseguia pegar atalhos suficientes, não importa quantas curvas esboçadas ele enfrentasse ou luzes vermelhas que ele passasse. Jisoo quase sentiu pena dele.

Jennie deu uma gorjeta ruim quando chegaram ao hotel, e Jisoo ficou tentada a ficar para trás enquanto Jennie pegava suas bagagens do porta-malas para se desculpar com o motorista pela falta de impaciência de sua chefe, mas Jennie foi mais rápida pegando as malas do que Jisoo esperava que ela fosse e o momento passou. Jisoo deixou pra lá. Ela realmente não queria estar associada a Jennie na mente daquele cara para sempre. Ela preferia ficar quieta em segundo plano, onde não poderia ser culpada pela fúria de sua chefe.

Quando o motorista do táxi se afastou, os pneus assobiando contra o cimento pavimentado, ele deixou as duas presas no estacionamento, paradas perto das portas e das montanhas de neve que haviam sido empurradas contra a lateral do prédio para manter a passagem livre. Sem parar para distribuir a bagagem, Jennie levou as duas malas sozinha para o saguão. Jisoo a seguiu de perto, não se importando que Jennie tivesse se oferecido para carregar tudo, mas quando Jennie finalmente entregou sua mala a Jisoo, ela entregou sua própria bagagem junto com ela.

"Leve isso para cima. Eu tenho que fazer o check-in."

Jisoo pegou as malas com desaprovação. Não eram tão pesadas. Ela poderia facilmente levar tudo, mas ela simplesmente não queria. "Por que eu tenho que carregá-las para cima? Por que você não pode fazer isso?"

"Porque eu tenho que fazer o check-in," Jennie repetiu, tirando sua carteira do bolso e sua identidade da bolsa de couro. "A menos que você queira fazer isso para poder flertar com o recepcionista e fazer um upgrade do nosso quarto para uma suíte."

Jisoo revirou os olhos e estendeu as alças das sacolas. "Não, obrigada."

"O que está errado?" Jennie perguntou, olhando para o menino de terno e gravata atrás do balcão. "Não gosta de homens?"

"Eu gosto muito de homens, obrigada," Jisoo esclareceu. "Eu só não gosto de adolescentes que têm empregos de meio período trabalhando em mesas de hotel. Além disso, eu sou sua assistente, não uma prostituta. Por favor, não me trate como uma."

"Tudo bem, então por favor me ajude a levar nossas malas para o nosso quarto enquanto eu cuido disso. Estamos no quarto 210."

"Tudo bem."

Jisoo facilmente mudou de ideia sobre a curta viagem por alguns andares do prédio. Quanto mais alto ela subisse, mais longe de Jennie ela estaria, mesmo que durasse apenas os próximos dois minutos. Ela aproveitaria todo o espaço de sua chefe que pudesse conseguir antes que elas fossem amontoadas em uma sala juntas pela próxima semana. Ela rolou a bagagem delas para o elevador rapidamente enquanto esperava que uma das portas se abrisse.

Quando ela entrou, o ar estava mofado, como se uma multidão de velhinhas visitando a cidade para uma convenção de gatos tivesse ficado presa dentro do elevador por várias horas, cerca de vinte minutos antes de Jisoo entrar nele. Ela provavelmente teria saído e pegado um diferente se um jovem casal não estivesse andando em sua direção, o homem correndo na frente de sua namorada para pegar a porta do elevador antes que ela se fechasse como se ele não confiasse em Jisoo para segurá-la para ele. Ela provavelmente teria. Ser agredida pela colônia desse cara, não importa quão forte, abrasiva e clara fosse do balcão de descontos da Sears, era melhor do que cheirar como sua avó e ter uma reação alérgica a toda a poeira flutuando em um espaço mal grande o suficiente para os três ocuparem. Parecia que ela havia sido transportada de volta para o meio da Califórnia na década de 1930. A única coisa pior do que as rajadas de neve lá fora era o Dust Bowl em miniatura no elevador, e com todos os três respirando, até mesmo o calor abafado do ar naquela época estava fadado a ser replicado.

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