II | 1. Especiarias

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VOLTEI! Aqui estou eu com a parte 2 de Lobos de Doncaster e eu espero que gostem! Antes de mais nada, vamos aos avisos, que postei na nota anterior mas é sempre bom lembrar:

• A parte dois contém apenas 5 capítulos, que estão identificados com "II" antes do nome, para deixar explícita a divisão.

• Atualizações quinzenais

• Essa parte se passa em 1955.

• Louis 51 anos e Harry 43.

• NÃO é death fic.

• Como passou bastante tempo desde que escrevi a primeira parte para essa, o estilo de escrita pode estar um pouco diferente e os momentos mais quentes estão mais sujos e crus.

Boa leitura❤️

💣

O céu nublado e a garoa faziam parte do cotidiano dos habitantes de Doncaster do mesmo modo como a xícara de chá diário e naquela manhã de outono não era diferente. O clima melancólico se arrastava sobre a cidade e demoraria um bom tempo antes de terem um dia ensolarado novamente, mas nada com o que já não estivessem acostumados. O vento frio em suas bochechas era incômodo e o capacete não o protegia das gotículas de água e ele já se sentia enjoado pelas voltas e mais voltas que a motocicleta dava na estrada.

A mansão Tomlinson ficava ao norte da cidade, em uma área rural com muito verde e era conectada ao centro de Doncaster por uma estrada que recentemente recebeu uma nova camada de asfalto, o que a deixava ótima para a circulação de veículos, em meio às árvores altas com flores amareladas pela estação do ano. Harry revirou os olhos e se segurou melhor, pensando porque não saíra de casa com o marido, no conforto de seu caríssimo Rolls Royce ao invés de estar empoleirado na garupa de uma moto que era pilotada por alguém que não era tão prudente quanto deveria.

— Pare de costurar na pista, Agnes! — reclamou com a filha e segurou sua cintura, não gostava de andar de moto, o seu próprio carro estava com um problema e Louis tentava arrumá-lo por si mesmo porque o mecânico da cidade estava envolvido com alguma coisa relacionada a peças roubadas de Londres e, obviamente, o líder dos Doncaster Wolves não gostou nadinha daquilo. E ele tinha que esperar seu marido concluir o conserto para poder finalmente dirigir o veículo.

Eram meados dos anos 50 e ele podia dizer com tranquilidade que estava casado há pouco mais de duas décadas, com três filhos saudáveis e bem criados. Charlie, com seus vinte e um anos, tinha se tornado um rapaz bonito e de coração enorme, estava sempre disposto a ajudar os outros e adorava uma jaqueta de couro. Conseguiu ingressar na faculdade, no curso de Direito – o quão curioso era isso com seu pai sendo o manda-chuva de uma gangue? – e era o melhor aluno da classe, o que enchia seus pais de orgulho.

Agnes, com dezoito anos, era uma moça que herdou a personalidade forte de Louis, não tinha nada no mundo que a fizesse fazer o que não queria e, em sua infância e adolescência, não foi fácil para Harry tentar lidar com as brigas que a menina arranjava com as coleguinhas da escola, praticamente toda semana ele era chamado no colégio de freiras para assinar uma advertência e até Louis entrou na briga certa vez porque, diferentemente de Charlie, que apanhava e usava seus punhos para se defender, Agnes era a primeira a bater. E nem Harry e nem Louis queriam que sua pequena fosse aquele tipo de pessoa, mas Tomlinson não podia reclamar muito porque ele mesmo era daquela forma e ali era um caso clássico de tal pai, tal filha. Apesar de ser impulsiva e gostar de uma boa briga, Agnes também era dona de um coração enorme e amava ajudar os outros, de modo que escolheu sua profissão bem cedo na vida: médica.

Lobos de Doncaster | Larry StylinsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora