Antes de descobrir a magia, o mundo oculto e real que existia debaixo dos olhos de cada habitante de Três Luas, tudo era normal. A vida de Mariana era bastante comum na cidade localizada no interior do Rio de Janeiro, mas tudo vira de cabeça para ba...
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Depois de algumas horas conversando sobre o que faríamos em relação à Cassandra, o grupo decidiu ir embora. Samuel acompanhou Eduarda, Luísa e Vitória para casa, mas antes de Pedro sair, o impedi segurando pelo pulso.
— Antes de você ir, eu queria falar com você.
Ele me olha confuso antes de sair pela porta, então volta e para na minha frente, colocando as mãos no bolso do casaco. Eu não fazia ideia por onde começar, então apenas falei o que vinha na minha mente, usando meus próprios sentimentos.
— Eu lembro bem da discussão que tivemos aqui na sala, mas eu não quis dizer nada daquilo. Na verdade foram comentários completamente estúpidos. — Desvio o olhar e continuo falando. — Você disse que aquela não estava sendo eu e você estava certo. Creio que tenha sido a única pessoa que notou que eu estava mudando.
— Bom, se eu soubesse desse papo todo de magia, talvez eu tivesse suposto uma possível manipulação mental... mas relaxa. Eu também disse muita coisa que não deveria. — Ele admite e dá de ombros. — Eu nunca achei que você fosse capaz de deixar seus amigos de lado, principalmente a Luísa, apenas para se tornar uma popularzinha namorada do...
— Crepúsculo de Taubaté? — Olho para ele e sorrio. — Belo apelido.
— Obrigado. — Ele sorri de volta. — Você estava mais insuportável do que é normalmente.
— Me dá um tempo, Pedro! — Cruzo os braços, mesmo sabendo que ele estava brincando.
— É sério. Ficava falando que estávamos com inveja, que sabia o que estava fazendo, que estávamos torcendo para sua infelicidade. — Pedro lembra rindo. — Mas me diz, Mariana. O que você está sentindo agora?
— Ai, nem me lembre. Dá até vergonha alheia. — Rio constrangida por ter feito todo aquele papelão. — Eu estou sentindo alívio por poder ser eu mesma e falar o que eu penso, e também raiva da Cassandra, mal pelo o que eu fiz. É uma mistura de emoções.
— Eu prefiro você assim. Chata por conta própria. — Ele se aproxima. — Você não respondeu a Eduarda. O que te fazia voltar à realidade?
— Você. — Admito, sem muito o que esconder. — Todas as vezes que tentei falar com você e não consegui. Antes de irmos ao restaurante, no restaurante quando Nicolas me pediu em namoro e eu no fundo não queria aceitar sabendo que...
— Que eu estava lá?
— Isso. — De repente lembro que agora Cassandra não estava mais me manipulando, e que tudo o que eu falava era por conta própria, então um imenso nervosismo bate. — Eu aceitei, no fundo não querendo aceitar.
— Eu não entendo como me encaixo nisso. — Pedro diz surpreso.
— Eu acho que entendo. — Caminho até o sofá e me sento. — Amália e Manuel iam se casar.