Capítulo 14: Lolly Vômito

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[Alerta de vergonha alheia: continue lendo com sua conta em risco]

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Samuel e eu ficamos paralisados quando vimos meu pai ali.

Um silêncio absoluto habita o quarto por alguns segundos, até meu pai ter a reação de pegar uma parte do ovo que estava na sua roupa e jogar no Samuel.

— Não deixem sua mãe saber. — Meu pai diz começando outra guerra de ovos, fazendo Samuel e eu rimos enquanto um jogo ovo no outro.

Mais tarde, fomos nos arrumar para irmos ao restaurante. Precisei de bastante tempo no banho para tirar aquele cheiro de ovo podre que estava em mim. Quando terminei, coloquei um vestido tubinho liso, azul claro. Ele batia até o final da minha coxa e tinha duas mangas franzidas e com um pequeno decote nos seios.

Passei um tempo moldando cada cacho do meu cabelo e esperando secar, pois odiava sair com ele molhado. Minha mãe havia voltado para casa para se arrumar, então pedi ajuda com a maquiagem. Por fim, coloquei alguns acessórios e passei perfume. Coloquei uma sandália branca simples, com um pequeno saltinho e esperei o resto da minha família para irmos ao restaurante.

Era por volta de seis da noite, o clima agradável de mais cedo estava mudando lentamente para o céu coberto de nuvens escuras. Talvez fosse chover hoje, mas nada que pudesse causar mais enchentes e destruições.

Vou até a sala e me sento no sofá, mexendo no celular enquanto espero minha mãe ficar pronta. Denis estava passando esses dias resolvendo sobre o golpe que recebeu do Pierre, mas a delegacia brasileira não iria resolver nada. Denis disse que provavelmente terá que voltar para a Itália e dará queixa de Pierre. Eu apoiei, disse que seria o melhor a se fazer.

Ouço a campainha tocar e vejo Samuel ir correndo atender. Segundos depois, Pedro aparece na sala arrumado. Ele vestia uma blusa social branca de manga cumprida, mas estendida até o cotovelo, uma calça jeans escura e um tênis. Estava o básico do básico, mas mesmo assim, bem casual. Reparei que ele usava alguns acessórios, duas correntes no pescoço, tendo uma delas um pingente preto de pena.

— Oi, Mari. — Ele cumprimentou, se sentando no sofá ao meu lado enquanto Samuel voltava a se arrumar.

— Oi.

Estávamos sozinhos na sala com um clima super tenso. Senti o cheiro do seu perfume masculino assim que ele se aproximou, paralisando instantaneamente.

Ele estava estupidamente bonito.

Eu não conseguia parar de pensar no que todos diziam, na discussão que tivemos e no sonho que tive. Foi tão real vê-lo lá, sentir o seu abraço e seu conforto, dizendo que tudo ia ficar bem.

E agora ele está bem aqui do meu lado, em um silêncio absoluto.

— Pedro, eu quero pedir desculpas por aquele... — Quando começo a falar, meus pais aparecem na sala.

O Legado de Hécate - A Magia das Bruxas [CONCLUÍDO]Where stories live. Discover now