Meu Gêmeo (Temp. 1 e 2 & Nova Versão) [Romance Gay]

Capítulo 36

As nuvens se intensificaram a partir da tarde. Quando deu duas horas, estava mais com cara de seis horas da noite, tudo escuro e frio. Não demoraria para chover, naquelas condições. Sorri olhando para o tempo, esperando por Igor na varanda da minha casa. Não teria clima melhor para o que eu pretendia fazer.

Fernando havia saído. Aproveitei para mandar uma mensagem para Igor, depois saí para esperá-lo.

Igor era do tipo cachorrinho obediente, que não teria muita graça depois de uma semana de namoro. Veio correndo após me responder, patético. Alarguei ainda mais o meu sorriso. Agora Fernando já não estava mais namorando Pietro e eu não precisava usar Igor para mais nada.

Meu gêmeo seria só meu, deseja ser apenas dele também.

"And!" Igor terminou de correr até a varanda e sentou no meu colo, abraçando meu corpo e roçando sua bunda no meu pau, de propósito. "Estava com saudades, não pude ir na escola hoje. Fui ao dentista. Mas já te contei isso!".

"Sério que não estava lá? Não consegui notar a sua ausência," disse sorrindo para ele. Igor pareceu confuso de início, depois começou a sorrir comigo, achando que eu estava fazendo piada.

"E você, não vai me dizer que sentiu saudades?" ele me beijou. Eu não retribuí, apenas deixei que aproveitasse da minha boca com sua língua fina, enquanto segurava no meu pescoço. Notando que eu permanecia como uma estátua, Igor interrompeu o beijo, levantou um pouco a bunda e pegou no meu pau, enfiando a mão por dentro da cueca. "Qual o problema? Você já deveria ter ficado duro," ele não largou meu pau.

"O problema é você, Igor," disse docemente, sorrindo para o nada.

"Andrew, aconteceu alguma coisa?" para tentar me convencer a ser legal com ele, Igor começou a acariciar minhas bolas. Antes, eu acharia aquele gesto gostoso ao ponto de ficar duro na hora, agora eu só ria dos seus dedos tocando aqui e ali.

"Como disse na mensagem, tenho algo para te contar: o nosso namoro não é mais necessário," cortei uma unha com o dente, cuspi para longe e fiquei olhando o resultado.

Sem sucesso, Igor estava me masturbando, com dificuldade, colocava meu pau mole entre os dedos e os movia para cima e baixo, sem qualquer reação da minha parte. Quando disse que não queria mais namorá-lo, afastou a mão rapidamente. Por isso, agradeci.

"Eu te amo, você me ama. Faz uma semana que comprou aquela camiseta para mim e me trouxe até sua casa, para me apresentar oficialmente ao seus pais!" em choque com a notícia, Igor ficou de pé, me encarando com uma expressão assassina.

"Nunca amei você, melequento. Você nunca vai conseguir o amor de ninguém, usando de chantagem para fazê-las se interessarem por alguém tão tedioso quanto você," disse calmamente, ainda contemplando a beleza daquele dia nublado. "Por falar naquela camiseta, eu a quero de volta. Custou muito dinheiro. E você poderia, por favor, apagar nossas fotos juntos no Face?"

"Você me usou," já disse que Igor era como uma mulher, como tal, ele usava as mesmas artimanhas das garotinhas de novela. Começou a chorar, com as mãos em volta do rosto, cabisbaixo. Se ele achou que eu sairia do meu lugar de conforto para consolá-lo, perdeu por esperar.

Aquele choro não fazia parte do pacote de dispensar seu namorado fake, considerei como um bônus e admirei as lágrimas caírem violentas por seu rosto. O peito dele descompassado e as fungadas dignas de um Oscar. Até parecia que eu era um soldado que fora convocado para o pior lugar do planeta, e Igor, sendo a doméstica sonhadora, já me considerava morto. Esse pensamento foi demais para mim, comecei a gargalhar.

Meu riso, pelo menos, trouxe Igor de volta a realidade. "Desgraçado!" sim, caro namoradinho, eu já esperava que você fosse, em algum momento, vir para cima de mim. Por isso, quando ele veio, apenas levantei o pé, coloquei em sua barriga e o empurrei para longe. Igor caiu de costas no chão, a cabeça alta demais para ter se machucado. A parte superior do corpo ficou fora do concreto da varanda, deitou-se na grama.