Capítulo 1 - "Problemas"

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“Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença.”

Benjamin Franklin

Frequento constantemente o psicólogo, tentando a chance de conseguir me ouvir; o barulho dentro de mim e tentar tornar um mar sem ondas

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Frequento constantemente o psicólogo, tentando a chance de conseguir me ouvir; o barulho dentro de mim e tentar tornar um mar sem ondas. Sei que não sou uma pessoa normal. Fui diagnosticada com Asperger quando era mais nova. A maioria das pessoas levam a síndrome como loucura cativante a pessoa.

A questão não é essa sobre como eu sempre fui rotulada, só que ultimamente, percebi que as coisas realmente desandaram. Eu percebi tarde demais. O que estava bem a minha frente, o que é estranho. Agora, posso enumerar meus problemas como anotações para não esquecer de algo, como se fosse ir para um supermercado com os ingredientes de uma receita também anotada.

Perdi meu emprego, tanto o de quebra galho especificamente o de modelo, quanto o de design Gráfico de uma mini Editora Independente. Como? Não sei a resposta.

Entrei num relacionamento de 5 anos, não sei se eu conseguir me amar durante todo esses cinco anos, e além disso, ser trocada pela a minha melhor amiga, Alexa me fez perceber que nem todas as amizades são tão válidas quanto achamos que é.

Eu basicamente não fiz nada.

Não sei se eu posso simplesmente ignorar o fato de que a minha mãe está com um câncer e ela precisa de mim. Não estou adaptada, assim como uma bicicleta para ser uma boa filha. Não sei o que fazer com tudo isso nas mãos, como ser e como deixar a minha mãe feliz. É claro que pensar por esse lado, essa metáfora na vida real não é tão fácil, pois andar de bicicleta pode ser difícil. Na minha vida tudo se tornou tão duro e problemático. No entanto, enxergo que os problemas não são meus inimigos. São até amigos.

De maneira estranha, um problema ou outro sempre estiveram na minha vida. Infelizmente me tornei a visão menos adorável do século vinte. Uma visão nada adorável para a juventude, pelo menos na visão dos mais velhos. Morando num apartamento com uma amiga chamada Shell, amigável com álcool. Shell é incalculável. Não sei. Na verdade, sempre me pergunto quando ela está feliz ou triste. Para acrescentar miseravelmente, somos duas pessoas com dívidas.

Shell está na minha frente.

Meus braços estão largados em direções opostas no sofá do nosso apartamento, na minha posição vertical no momento, me dando percepção do relógio de parede do século XVIII.

Ainda são 8h45 da manhã.

— Se fosse você, ligaria para sua mãe... – Marx apareceu na frente do relógio, Shell era energeticamente atrativa, tinha tudo com tanta facilidade. Cabelos ruivos, olhos verdes, tatuagens simples, uma na nuca que era uma palavra japonesa Rakku que a tradução é sorte e sem falar uma que é bem na cintura escrito Meinu que também, sem muito motivo lógico, a tradução é vadia. Não sei como ela pensa nessas tatuagens aleatórias. Acho que talvez nem pense. Raramente eu encontro Marx sóbria. Talvez hoje ela esteja. Porque hoje não a vi com uma garrafa de vodca seca na beirada da cama. Sinto o que se passa na cabeça de Shell.

Ou ao menos, vejo previsivelmente que ainda não se recuperou da morte dos seus pais, o velório foi sexta passada do mês anterior, Shell é a criatura mais curiosamente misteriosamente. Uma semana atrás achava que ela não tinha uma família. Pelo contrário, ela estava apenas brigada com eles por uma situação desde os seus dezesseis. O impressiona no momento, é a atitude que está tomando ou querendo que eu tome, já que, ela pede gentilmente que eu pegue seu celular de sua mão que na tela aparece a foto da minha mãe. Eu sinto saudade dela. Mas não quero que ela me olhe. Sei exatamente o que falaria ao me ver.

— Dei uma chance a si mesma, Yiessa. Eu perdi meus pais antes mesmo de eles se forem. Pode ser que ela não se orgulhe de você não está com uma aparência de uma pessoa saudavelmente emocional. Mas ela lhe ama, hoje ela me ligou perguntando de você. Eu queria tanto que fosse minha mãe pedindo desculpas e me aceitando de volta para casa. Espero que você não estrague suas chances com sua mãe. Ela também não está bem e está precisando de você. – Sorri levemente e trago o telefone para de perto do meu ouvido.

Shell anda em direção a cozinha apenas de calcinha e sutiã. Ela adora fazer biscoitos principalmente os com pingos de chocolate.

— Mãe... – Tomo a coragem de dizer primeiro no telefone.

– Yiessa Young, minha Young. Sinto a sua falta.– Sarah Young, minha mãe diz com a voz fraca. Mas ainda sim, sua voz leve e suave ainda existia.

— Mãe... – Ainda não consigo falar nada do que seja essa palavra. Respiro de dentro para fora.

—  Eu não vou fugir, mãe e nem vou mentir sobre a nossa situação financeira. Estamos em vermelho. Cheias de dívidas. Não estou trabalhando como modelo mais. Não estive nesse verão. Mentir ao telefone e sei que isso não é uma conduta que me ensinou, como filha que eu deveria ser. Mas eu a amo demais e prometo que vai dar tudo certo. Vou arrumar um emprego nessa semana, mesmo que seja para limpar o chão do seu hospital, mas se der para pagar todos os seus tratamentos para você sair daí. Eu vou fazer o que for necessário. Eu te amo, mãe. Não sou a filha perfeita como a senhora imaginou ao longo da vida. Só que não vou deixá-la de lado. - Ouço ela respirar, ela ri, rio ao mesmo tempo.

— Eu nunca quis uma filha perfeita. Eu sempre quis uma uma filha que nunca desistisse de mim, porque também não sou fácil. Sou uma megera como mãe, exigente como professora de inglês, péssima de humor como uma viúva. Porque eu deveria ter humor, como antigamente. Mas ainda sim, quero poder ser tudo para você, e eu tenho um câncer, só não quero que pare de viver sua vida por minha causa. Se eu for... –Ela respira mais uma vez, de um jeito profundo, conheço todos os sinais de que está cansada devido ao tratamento.

— E eu garanto que isso não vai acontecer. – Digo por último, para dar segurança naquele instante.

                  

Lie CoffeeWhere stories live. Discover now