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Após meia-hora de caminhada, chegaram ao terreno de uma mansão que parecia abandonada há décadas. O muro de dois metros e meio de altura era velho, rachado, tinha o cimento corroído e as paredes cobertas de musgo. Pelo antigo portão completamente enferrujado, podia se ver o interior do terreno, dominado pelo mato. A gaivota pousou sobre o portão, encarando os três.

-E agora, ela quer que a gente pule esse portão? –perguntou Lucas.

-Não. Senão ela não teria pousado. Teria voado direto para dentro do terreno. –respondeu Fabi, calmamente.

-Então agora o que a gente faz? –insistiu Lucas.

-Agora a gente espera.

Não precisaram esperar muito. Quando perceberam que alguém se aproximava a passos lentos, os três viraram ao mesmo tempo e ficaram cara a cara com sua estranha desconhecida, que vestia o mesmo disfarce da última vez que a viram: o macacão cinza e uma máscara de pano preta que cobria toda a sua cabeça, e sobre a boca, uma máscara de ferro que se assemelhava a uma focinheira.

-E a "baixinha do mal" finalmente se revela. –ironizou Fabi, sem um pingo de medo.

-Esse apelido já tá um pouquinho gasto. –disse a estranha, com a mesma voz metálica de antes. –Podem me chamar pelo meu nome. –levou as duas mãos até a nuca, soltou a focinheira e arrancou a máscara de pano da cabeça, revelando finalmente seu rosto. Com uma voz doce e um simpático sorriso no rosto, disse:

-Prazer! Meu nome é Marcela Mansur.

          -Essa garota tá querendo provocar a gente com esse sorrisinho de porcelana, né? –irritou-se João

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-Essa garota tá querendo provocar a gente com esse sorrisinho de porcelana, né? –irritou-se João.

-Alguém se lembrou de trazer uma algema pra prender essa terrorista? –perguntou Lucas, contorcendo o rosto de raiva.

-Eu não sou terrorista, Lucas. –afirmou Marcela, calmamente. –Não fui eu que explodi aquele avião.

-É muito sínica mesmo. Fabi, conta logo que você já sabe que era ela que estava ontem na Spectron, disfarçada com uma peruca ruiva. Desmascara de uma vez essa pilantra.

-Eu acredito nela, Lucas. –respondeu Fabi, com tranquilidade.

-O quê? Era só o que me faltava! A "gênia" caindo no papo da terrorista. Então me explica pra quê todo esse joguinho de gato e rato se ela não é mesmo a vilã da história?

-Eu já disse antes, você que não entende o que eu falo "paspalhão". Ela estava testando a gente, não é? –perguntou para Marcela.

-Sim. E vocês passaram com louvor.

-Você tá querendo me dizer que eu arrisquei minha vida pendurado em um punhado de balões só para passar num teste bobo? –irritou-se Lucas, boquiaberto.

Os Sentinelas do LeãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora