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Mundos completamente diferentes, definem duas pessoas diferentes, mas com algo em comum... O sentimento de solidão constante em suas vidas.
Celina uma garota candense tentando a vida na grande cidade de Los Ange...
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Eu sabia, eu sabia que viajar com o Vincent não iria dar certo. Como se já não bastasse todos os problemas de antes, agora a carroça do estranho resolve estragar no MEIO DO NADA.
- Dá pra andar mais devagar? — Vinnie me diz enquanto eu caminhava em passos rápidos a frente
- Não — Digo de forma seca
Conforme íamos andando estávamos nos aproximando de uma lanchonete, que parecia que tinha parado no tempo. Era aquelas típicas lanchonetes dos anos 90, aonde as garçonetes precisavam atender as pessoas de patins e letreiro luminoso em frente.
Entramos na lanchonete e um sininho tocou na porta. Haviam poucas pessoas, pessoas bem estranhas, as mesmas que encarou a gente assim que pisamos no local.
- Estamos molhando todo o chão Celina — Vinnie sussurra pra mim
- Eu to vendo, não sou cega — Respondo de forma ríspida
- Estúpida, grossa — Vinnie diz com um tom de raiva
- Com licença... — Chego no balcão e me sento em uma das banquetas. Chamo atenção de uma mulher de mais idade que estava com um bule de café em mãos — Sabe dizer aonde estamos?
- Uai, vocês estão na melhor cidadezinha da rota 5 sô — A mulher diz com um sotaque caipira — Estão no distrito de Galesville
- O nosso carro estragou e... — Vinnie começa falando e eu o interrompo
- Nosso? Nosso nada... Prefiro andar apé que ter um carro desse, na verdade, nem chamado de carro merece ser chamado — Falo com raiva e cruzo os braços
- ESCUTA AQUI... — Vinnie fala apontando o dedo na minha cara
- Ei, ei... Sem brigas aqui na minha lanchonete, querem brigar, briguem lá fora, uai — Um senhor aparece na janela que dava visão pra cozinha
- A senhora sabe dizer se tem algum guincho que possa rebocar ele até uma oficina mais próxima? — Vinnie pergunta pra mulher que faz a volta no balcão
- Oh meu pedacinho de gente, ta com sorte... — Ela chega ao lado de um homem barbado que estava sentado a alguns metros de nós — o Jefrey aqui, tem um guincho
- Mas a oficina só abre amanhã pela manhã — Jefrey diz de boca cheia
