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Mundos completamente diferentes, definem duas pessoas diferentes, mas com algo em comum... O sentimento de solidão constante em suas vidas.
Celina uma garota candense tentando a vida na grande cidade de Los Ange...
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{2 meses depois}
Dois meses se passaram desde que conheci a Celina. Criamos uma amizade. Pelo menos eu acho. Eu sei que gosto de conversar com ela e sei que ela também gosta de conversar comigo.
Eu vou no Starbucks todos os dias pra conversar com ela. Sim, a gente só conversa lá. Por alguns minutos todos os dias. A chefe dela fica no pé dela e no meu. Celina é muito relutante, eu convidei ela incontáveis vezes pra ir em algum lugar comigo e com os meus amigos, mas ela insiste em me chamar de estranho todas as vezes.
- Bom dia — Digo me escorando no balcão aonde a Celina estava anotando os pedidos
- Bom dia só se for pra você — Celina diz em um tom desanimador, sem nem mesmo olhar pra mim
- Alguém acordou de mau humor hoje, credo — Respondo e ela me olha com um sorriso irônico
- Qual é? Você é o único cliente daqui que eu posso reclamar da minha vida sem ser extremamente invasivo — Celina diz já tirando meu pedido. Ela já decorou
- Amigo... — Falo e ela me olha sem entender — Cliente não, sou seu amigo Celina. Amigo
- Tanto faz — Se ouvisse isso de qualquer outra pessoa ficaria ofendido. Mas, vindo dela, já estou mais do que acostumado — Acredita que mesmo depois de 2 meses hoje mais cedo veio um grupo de meninas fazer um interrogatório comigo sobre você?
- Não acredito... — Não posso deixar de demonstrar a sensação que senti. As vezes eu penso que eu só, trago estresse para a Celina com isso — Eu sinto muito mesmo...
- Ei, estranho... — Ela se debruça por cima do balcão e me dá um soquinho no ombro — Não se desculpe... Elas compraram 5 combos de 20 dólares. Só pra eu responder umas perguntas e eu menti em todas elas — Ela fala sorrindo e vira de costas para pegar o meu pedido
- Eu acho que não cheguei a te dizer que... — Paro de falar assim que tomo um gole do meu café — Acho que você esqueceu do principal... O café
- Não esqueci não, eu tirei — Celina fala e pega um pano para passar no balcão. Já que não tinha mais clientes para atender
- Porque? — Pergunto com um tom carregado de dúvida
- Você é muito novo pra tomar tanta cafeína. Sabia que isso mata? você toma todo santo dia, dois cafés grandes... Não sei como que consegue dormir — Celina fala e eu fico encarando ela sem acreditar no que meus ouvidos estavam escutando — Tá me olhando com essa cara de besta porque?
