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A maturidade me fez perceber que as incertezas e as dúvidas só nós atrasam, até que realmente você queria mudar e sair do lugar, e assim as coisas iram fluir da melhor maneira possível, acredite.
Uma das coisas que aprendi com a minha mãe foi não ter medo dos fins e acredita que de alguma forma momentos difíceis não são eternos e recomeços no meio do caminho são necessários.
Com quase dois aninhos meu pretinho ainda mama, não tentei tirar o tete e não é uma vontade minha, simplesmente não me incomoda o fato de amamenta lo até agora, mais isso pode variar e muitas mães pensam de outra maneira.
Ele tinha acabado de sair do meu colo e eu iria começar a arrumar algumas coisas que estão fora do lugar.
Thiago guardava os brinquedinhos dele na caixa, e é o que ele faz todos os dias quando não quer mais brincar ele mesmo os guarda, não preciso falar nada ele mesmo guarda todos os brinquedos que ele não está brincando.
Thiago é bem independente e isso facilitou para que eu me dedicasse a algo que sempre foi meu sonho.
Pedi meu pai um pequeno espaço no galpão longe de onde ele trata sobre as coisas dele e abri um local de ajuda para as meninas e as mulheres do morro, lá ofereço acesso sobre higiene corporal, relacionamentos, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis.
Ainda não está perto de ser oque elas realmente merecem, mas consigo oferecer um pouco do que todas nós precisamos.
Catarina: Eu vou pegar o seu pai Thiago, não aguento mais ver ele deixando essas roupas jogadas. -Falo olhando pras roupas jogadas no chão do banheiro, não sei o porquê de jogar dentro de cesto de roupa suja, ele consegue jogar do lado.
Ele entrou cantando um pagode e chegou cheio de alegria, parei na porta do quarto olhando pra ele de braços cruzados e vi o brilho desaparecer.
Catarina: Vai logo pegar aquelas roupas do chão Philipe. -Falo e aponto pro banheiro.
Ele passa por mim e vai direto pro quarto.
Filé: Me ajuda aqui cara, qual foi. -Ele fala com o Thiago que parou do lado dele.
Thiago: Tem que apende a guada as coisas papai. -Ele balançava os dedinhos falando não pro pai dele.
Fui pra cozinha e me encostei na bancada tomando meu cafezinho.
Ele colocou Thiago na sala e ligou o desenho, fiquei quietinha olhando aquele corpinho suado se aproximando de mim.
Filé: Foi mal amor. -Ele fala abraçando minha cintura.
Continuei quietinha enquanto ele beijava meu pescoço.
Catarina: Minha mãe disse que está com saudades da gente. -Falo me virando pra ele.
Dona Nina foi com Maya e Vinícius para a praia e deixou meu pai sozinho aqui, já que o mesmo disse que iria ficar pra resolver problemas do morro e tá tudo bem.
Filé: Hoje falei com o vacilão do seu pai o cara tá na maior tristeza e disse que amanhã tá indo pra lá. -Ele fala dando risada.
Catarina: As vezes sinto que meu pai vai largar toda essa vida e eles vão sair do morro. -Falo olhando pra ele.
Filé: E com isso você sabe quem vai ficar no lugar dele né? -Ele fala me prendendo nos braços dele.
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Como vocês estão? 💖
Tinha esse capítulo guardado no meu rascunho, más está longe de ser o melhor há oferecer para vocês, peço desculpas...
Me incomoda proporcionar algo "mais ou menos" para vocês...
