3-A Bad man

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Gritos são ouvidos, não dá para ter certeza se são de dor ou desespero, Henry abre os olhos, e oque vê não é nada agradável, seus pés estão submersos até seus joelhos, e difícil se movimentar, o investigador olha para todos os lados mas, a única visão que tem é de um oceano infinito, a água é escura, mas reflete totalmente o brilho das estrelas e da lua, como se o universo estivesse sob os pés de Henry, mais a frente ele enxerga uma fogueira de proporções colossais sobre a água, um farol em meio toda aquela escuridão iluminada, os gritos se intensificam, o investigador se concentra.
- Mas que merda! Pragueja Henry enquanto se sintoniza com os gritos.
O investigador logo percebe que os gritos têm um suave tom,como se fosse de uma pessoa bem jovem, um grito feminino, Henry logo começa a correr com muita dificuldade em direção aos gritos, e os gritos se tornam gemidos, e os gemidos de dor se convertem, em um choro que some para dentro de si mesmo, gradativamente. Quanto mais perto da fogueira mas a imagem vai tomando forma, Henry correndo ao seu esforço máximo percebe de quem os gritos pertenciam, Lizle, ela estava em um altar de pedra sobre a água, e uma figura alta, com chifres grandes que se acemelham a de um alce adulto, a abusava violentamente, de todas as maneiras possíveis.
- Heyy seu monte de merda!!! Grita o investigador.
A figura para, Henry não consegue enxergar seu rosto,mesmo com uma fogueira gigantesca não conseguia esconder a escuridão daquele ser, ele usava um manto amarelado,se coloca de pé, Lizle já não demonstra nenhum sinal de vida, a criatura olha diretamente para os olhos de Henry, os olhos daquele ser brilham em uma chama ardente e intensa, como se dois sois estivessem na frente do investigador, um grunido alarmante é feito, as águas ficam agitadas,e com um relâmpago violento uma figura é mostrada no oceano, Henry não consegue identificar oque é, o som do grito foi sevalgem e alto, bagunçou os seus sentidos , ao mesmo tempo que várias ondas se quebravam em Henry, e a cada vez mais elas dobravam de tamanho, tudo alí conspirando para a aniquilação do investigador, que de imediato é jogado para o fundo do oceano e se depara com a imensidão e escuridão.

-Ugh! Diz Marcos acordando com um espasmo.
- Ei, tá tudo bem, já passou. Um toque suave relaxa Marcos, um carinho típico de sua esposa, o investigador olha para sua companheira com um olhar de alívio, e de gratidão, talvez por ter uma pessoa como sua mulher ao seu lado.
- É só a gente tentar assistir um filme que você dorme. Diz ela com um sorriso meigo em seu rosto enquanto continua acariciando os cabelos de seu marido que está deitado em seu colo.
- Olha amor me desculpe. Diz Marcos que se levanta lentamente com a mão em seu pescoço, que está com uma leve dor devido a posição que dormia.
- Eu juro que vou tentar assistir diário de uma paixão com você de novo. O investigador começa a rir, mas seu riso é abafado pelo travesseiro que é lançado em seu rosto pela sua mulher.
- Menino! Você que chora toda vez que vê esse filme, você definitivamente gosta dele, mas então,quer falar sobre seu pesadelo? Diz ela camalmente.
- Não, não quero incomodar você com essas coisas. Responde Marcos enquanto se toma na posição correta de se sentar em um sofá.
- Eu estou casada com você faz quase 26 anos, te conheço desde o colégio, e a única vez que vi você ter pesadelos, foi quando as meninas estavam prestes a nascer, então eu sei muito bem quando algo está te incomodando, é sei muito bem a que ponto isso tem que chegar para você não conseguir "esconder" as coisas. Ela olha franzino o rosto para o investigador.
- Eu não consigo esconder nada de você né? Os dois começam a rir
- Óbvio que não, sou mais inteligente. O casal ri mais um pouco.
- Mas então, se você não quer comentar sobre o caso em si, vamos falar de outras coisas. Marcos a encara com um olhar doce.
- Tipo??
- Não sei, que tal seu novo parceiro? Marcos bufa em um estante.
- Sabia que você ia dizer isso, não dá pra nós dois termos uma noite de namoro sem falar sobre coisas ruins??
- Perdeu a oportunidade quando dormiu. Os dois se encaram em tom descontraído.
- Eu preciso saber como é a pessoa na qual confio a vida do meu incrível marido, que basicamente passa mais tempo com você do que eu mesma.
- Qualé meu bem, quer que eu diga oque? O senhor carisma é totalmente antipático, e literalmente consegue estragar qualquer coisa só abrindo a boca. Sua esposa o encara novamente.
- Okay exagerei um pouco, mas não deixa de ser verdade amor.
- Eu quero que ele venha jantar conosco. Marcos revira os olhos, e respira fundo.
- tudo bem, a senhora que manda.
- Que bom que você sabe. Ela encara o investigador com os olhos brilhando, como se os dois ainda fossem adolescentes, uma chama que não se apagou com o tempo, o investigador da uma pequena risada.
- Bom não diga que eu não avisei, provavelmente ele vai recusar mas vou chamar. Os dois sentam no sofá e se beijam, as coisas começam a se esquentar
- Como vai ser? Aguenta o tranco? Diz o investigador com um olhar malicioso
- Só se você assistir diário de uma paixão comigo de novo. Marcos se levanta.
- Boa noite pra você
- Meu bem. Diz ela em baixo tom enquanto se levanta e vai atrás de seu marido rindo da situação.

innominatusWhere stories live. Discover now