Meu destino favorito - Livro 1 da série Os Favoritos

Capítulo 22

- Não, Claire. - a última frase dela pode ter mexido um pouco comigo. Quantas vezes aquele sorriso me levou a um sorriso? - Eu já decidi, não quero mais alimentar isso. Não deveria ter deixado ir tão longe a ponto de nós dois sairmos machucados. Com Tom acabei deixando passar dos limites.

O sentimento é uma coisa perigosa. Por isso nas minhas antigas relações eu não permitia que ele se infiltrasse. Você não sente falta do não significa nada para você. 

- Ter deixado passar dos limites, pode significar alguma coisa. Não? - fico sem saber o que responder.

- Significar o que, Claire? - me levanto nervosa.

- Que gosta dele, pode estar deixando agora alguém que realmente gosta ir embora da sua vida. 

Eu ando de um lado pro outro com meus pensamentos me atropelando. Estou tão confusa. Fico pensando em todos os momentos que estivemos juntos. Eu nunca me senti assim, não sei o que fazer. É mais fácil me manter longe de situações como essa.

- Eu não gosto dele. Foi algo passageiro.

Thomas Pollock

Já se passaram seis dias da festa de Valerie. Sinto saudade das poucas semanas que passei com Elise. Já me peguei várias vezes olhando seus posts no Instagram ou pensando em ligar para ela. Não vou fazer isso. 

Se ela não quer ter algo comigo, não posso fazer nada. 

- Thomas, presta atenção! - Valerie joga a bolinha de tênis na minha cabeça.

- Ai, Valerie! - massageio o local que a bola bateu. Ela já está nervosa, e eu estou distraído nos meus pensamentos, enquanto nós dois estamos perdendo de lavada para minha mãe e Luiz.

- Eu acho melhor a gente parar. - diz minha mãe colocando a raquete no banco e bebendo água. Estamos na casa dos meus pais. Aqui tem uma quadra de tênis. Sim, igual na casa de Valerie.

- Eu também. - minha parceira bufa e senta no banco irritada. Ela odeia perder, eu não ajudei muito. Enfim, azar no jogo e no amor.

- Vou indo lá para cima. Tchau, crianças! - Krystal sai e olho para os meus amigos que estão me encarando.

- O que foi? - passo a mão no meu rosto. - Tem alguma coisa na minha cara?

- Estava pensando nela, não é? - Luiz pergunta e assinto. 

- Não fica assim, Tom.  - diz Valerie me abraçando de lado.

- Talvez com o tempo ela mude de ideia.  - Luiz fala e olhamos para ele. - Ouvir um ao outro... - arregalamos os olhos. - O que foi? Eu sei dar conselhos também.

- Que tal sairmos amanhã? - pergunta Val. Ela troca um olhar conspiratório com Luiz, que concorda sorrindo. - Para um Karaokê.

- Não sei não, Valerie. - A ideia de sair não me agrada muito.

- Vai sim! Precisa sair um pouco, não pode ficar para sempre assim. - o ruivo diz e bufo.

- Tá, mas não vou ficar até muito tarde. - eles concordam e vamos até a casa. - E dá onde vocês tiraram essa ideia de karaokê?

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Não demora muito e eles vão embora. Ainda estou aqui, minha mãe está fazendo lasanha para o jantar. Meu pai está na sala assistindo televisão. Vou até a cozinha e sento em uma das cadeiras.

- Você está estranho. O que está acontecendo com meu bebê? - minha mãe vem até mim e senta na mesa.

- É a Elise. - ela abre um sorrisinho. - A gente estava junto.

- Estava namorando e não me contou? - ela fica brava. - Eu vi vocês saindo no jantar da França e percebi o clima entre vocês.

- Não estávamos namorando. E justamente por isso, acabamos com o que tínhamos.

- Como assim? 

- Ela não quer algo sério. Não vê futuro no nosso relacionamento. E eu não me sinto bem em continuar com isso, sendo que quanto mais eu me envolver, mais difícil será deixar ela ir no final.

- Conversou com ela? Tentou entendê-la? - balanço a cabeça negando. - Parece seu pai, dois cabeças duras.

- Eu sei que está relacionado aos pais dela, mas não ela se aprofundou no assunto.

- Filho, conversa com ela. Às vezes podem se resolver. Quem sabe ela muda de ideia? Caso contrário você segue em frente. - ela me abraça e me sinto confortável. Amo conversar com minha mãe. 

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