Capítulo 3

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– Wuxian, coma um pouco. – O Lan insistia enquanto observava o ômega tentar se alimentar.

      Este estava com frio, fraco e mal conseguia segurar a colher sem tremer, ainda que estivesse embrulhado e sentado na cama.

– Frio.

– Eu sei ômega, aqui, eu te ajudo. – Wangji disse apanhando a tigela.

     Mergulhou a colher naquela sopa e voltou com ela levando até a boca do menor, as vezes soprava para que não queimasse a boca de Wei. Pouco a pouco o conteúdo foi diminuindo até acabar.

– Quer mais? – Perguntou satisfeito ao ver que o ferido havia conseguido colocar algo no estômago.

      Wuxian negou e logo se acomodou na cama. Já o Lan foi até o armário pegando mais alguns cobertores colocando sobre o garoto, retornou até a sala e observou os dois lobos deitados dormindo um sobre o outro. Apagou todas velas e voltou para seu quarto, sentou em um banco e ficou analisando o ômega que não parava de tremer, preocupado Wangji foi até a cama e viu o garoto acordado.

– Ômega? O que você está sentindo? – Perguntou se abaixando até estar de joelhos e podendo ver cada traço do cacheado.

– Alfa, frio.

      Wangji cautelosamente ergueu a mão e tocou a pele de Wei com cuidado verificando que estava fria, afastadamente e sem toca-lo deitou na beira da cama.

– Seu corpo está muito ferido e não está tendo energia para te aquecer o suficiente. Não vou fazer nada com você, só vou tentar te aquecer um pouco. Tudo bem?

     Wei acenou positivamente com a cabeça e logo os braços do alfa o rodearam, o cheiro dele era maravilhoso e o calor que seu corpo emanava o aquecia, não demorou muito para que o ômega parasse de tremer tanto e dormisse colado ao peito do outro.

    O Lan não queria dar razão, mas sabia que aquele garoto em seus braços era seu ômega destinado, eles se completavam, até seus olhares. O cheiro do mais novo era tentador e mexia com algo dentro do alfa que estava adormecido por muito tempo, cada uma das suas células gritava "MEU", não como uma posse, pois Wei não era um objeto, mas sim um sinal de pertencimento, meu companheiro, meu lugar e meu lar.

– Não deixarei mais ninguém te fazer mal meu ômega, vou cuidar de você e quem sabe algum dia você saberá que este também é o lar que sempre esperou por você.

     No dia seguinte Wei acordou bem-disposto e com uma sensação de esmagamento. Então abriu os olhos de vez e notou que o alfa estava o abraçando firme, seu rosto estava esmagado no peito dele e por todas divindades, o homem era tão cheiroso e quente que o ômega ficou com medo de entrar no cio naquele momento. O Lan mexeu um pouco e apertou mais os braços em torno do outro.

– Wangji...Wangji. – Wuxian chamava, o aperto do alfa era bom, porém estava excessivo e até dolorido sobre seus músculos um tanto quanto castigados.

     Contudo o alfa tinha um sono pesado. O ômega tentou se arrastar empurrando o alfa e quando conseguiu acabou acordando o outro que rosnou imaginando que alguém invadiu o lugar e tentou pegar Wei. O que viu, entretanto, foi um ômega assustado nos pés da cama.

– Wei? Desculpe, achei que alguém estava tentando te tirar daqui. Eu fiz algo contra sua vontade? – O anfitrião indagou desesperado.

     Wuxian apenas moveu a cabeça em negação.

– Por que se afastou? – O alfa questionou espreguiçando-se

– Machucando A-Ying. – O ômega falou tímido, com medo do Lan ter ficado com raiva e o expulsar.

On My Own (WangXian)Onde histórias criam vida. Descubra agora