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A Ilha das Guirlandas começou a ser escrito numa fase da minha vida, e terminou de ser escrito em outra fase.

Eu explico... Bem, se a memória não me falha, o argumento original surgiu em minha mente, no ano de 2017. Na mesma época em que a log-line de Forseti. As duas premissas se misturavam na minha cabeça, na verdade.

Em 2019,  eu só tinha um ponto cutucando a minha imaginação. E esse ponto era o supermercado local. Ou melhor, um deles. Ele atende à comunidade e possui funcionários muito prestativos e interessantes. Em cima do prédio, ficam salas e apartamentos alugados pelos próprios funcionários... Pensei que gostaria de criar algo assim e desenvolver... mas não avançou.

Dei uma esboçada no rascunho e registrei com outros rascunhos dentro de um conjunto que enviei  para registro da Biblioteca Nacional. Em 2020, depois de assistir o maravilhoso filme Green Book, eu comecei a desenvolver personagens e enredo.

Quando me sentia triste e sozinha, durante a pandemia, fui me alegrando ao dar vida a ilha das Guirlandas e seus moradores.

Mas a depressão me pegou de jeito, por uns tempos, e eu não quis ver mais nada. Precisei me sentir melhor para olhar novamente para essa estória. Fato é que não conseguia nem olhar para nenhum dos meus projetos. Retomei só para não deixar inacabado. Depois, fui tendo gosto pela coisa e Yago voltou a me conquistar.

Esse personagem é muito querido ao meu coração.  Ele me cativou desde o início e foi a motivação para construir toda a trama ao seu redor. Acabou se tornando um enredo em camadas. E mesmo assim, direta ou indiretamente,  todas elas giram em torno dele.

Em relação à cachorrinha de Danika, a Cora, ela existe de fato. Ou existiu àquela época. Todas as quartas,  quando eu ia à casa de orações, uma Shitzu muito especial ficava sentadinha atrás da grade do portão, esperando pela minha passagem. Ela era um doce e se derretia toda, querendo atenção. Cora era tratada a pão de ló pelos donos. A tutora tinha um salão de beleza na parte da frente da casa. Construiu-se ao longo dos anos uma relação muito especial entre mim e ela. Mas daí houve a pandemia, e quando voltei a passar por lá,  o salão de beleza foi substituído por um restaurante de comida exótica. E os donos da casa não eram mais os mesmos.

Fiquei triste. Muito triste.

Quando voltei à trama, foi no ano de 2021. A quarentena estava no fim. O pai de Yago surgiu e foi construído para ser uma homenagem a um homem que conheço e admiro. Meu colega de trabalho.

Jandira, Rosalba, Kika e Aline também tiveram sua inspiração para entrar...

Janete, sem dúvida,  teve uma senhora inspiração.

Javier não foi inspirado em ninguém. Mesmo assim, quase roubou o meu coração pela maneira como cuida de Pingo. Desculpem, mas adoro o personagem mais ranzinza do livro.

Observação: Em 2022, a Biblioteca Nacional finalmente entregou os registros dos livros prontos: A Guerra de O-Zaion, Herança de Fenris, Lua de Wesak; e também dos rascunhos.

Em seguida,  registrei o livro pronto da Ilha das Guirlandas.

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"Oh, Sherry", em cima e embaixo, é a música tema de Yago e Danika.

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