Capítulo Dezessete

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Terça-feira, 27 de setembro, noite.

Cemitério.

O pôr do sol vermelho brilhante encheu o cemitério com sombras cor de rosa enquanto o sol afundava lentamente no horizonte. A silhueta solitária de uma mulher jazia no túmulo de Ron Weasley. Seus cachos castanhos espalhados pela pedra de granito, brilhando nos cansados ​​raios do pôr do sol. Seu pequeno corpo tremia enquanto ela chorava, e a grossa pedra de granito avidamente engolia seus soluços e lamúrias abafadas.

Hermione veio aqui logo após seu encontro apaixonado com Lucius. Ele estava determinado a levá-la para a Mansão imediatamente, mas Hermione conseguiu convencê-lo de que ainda tinha trabalho a fazer. Depois de uma longa discussão, Lucius saiu, determinado a buscá-la no final da tarde. No momento em que ele deixou seu escritório, ela fugiu para o cemitério. Ela sentiu que precisava estar lá.

Foi um desejo de perdão, uma necessidade de aprovação ou algum tipo de bênção que a trouxe ao cemitério hoje? Hermione não sabia, mas independentemente do que procurasse, tudo o que encontrou foi a mesma sepultura cruelmente silenciosa e uma pedra fria e indiferente. E assim, ela se perdeu na dor mais uma vez. Ela chorou até sua garganta doer de tanto chorar, até seus olhos serem incapazes de produzir mais lágrimas, até que ela estivesse completamente exausta. Então ela apenas ficou lá. A noção do tempo a abandonou. Seus membros ficaram rígidos e dormentes pelo contato prolongado com a pedra fria.

— Chega —, um barítono familiar soou de algum lugar acima e, ao mesmo tempo, dois braços fortes levantaram Hermione do túmulo.

— Lucius, — ela sussurrou e se agarrou a ele. Aqui estava ele - quente, real, vivo. A presença dele deu a ela tudo o que ela precisava, tudo o que ela estava procurando. Naquele momento, pressionada confortavelmente contra o peito dele, Hermione encontrou o conforto e a paz que tanto desejava. Não havia sentido em negar ou lutar contra ele por mais tempo. Por fim, Hermione sentiu-se satisfeita. Descansando na segurança de seus braços e inalando seu perfume de especiarias, ela finalmente deixou seu coração se acalmar.

De repente, ela ouviu outra voz familiar.

— Solte-a, Malfoy. — Com isso, os braços de Lucius a abraçaram ainda mais forte.

— Harry, o que você está fazendo aqui? — Hermione se virou e olhou para o amigo. Seus furiosos olhos verdes estavam fixos nela.

— Eu procurei por você em todos os lugares. — Harry deu a ela um olhar penetrante cheio de acusações. — Eu pensei que talvez você precisasse de um amigo depois do julgamento, mas posso ver que você já encontrou um. E você ainda disse que tinha acabado? — A voz de Harry ficou mais alta conforme sua decepção crescia.

— Eu sei o que eu disse, Harry, — sussurrou Hermione. Ela tentou desesperadamente encontrar as palavras para explicar, as palavras que ajudariam Harry a entendê-la.

— Harry, eu...

Uma voz calma a interrompeu. — Eu acho que é óbvio que suas preocupações são equivocadas e sua presença é totalmente desnecessária, Potter. Você pode ir em frente e se retirar agora. Como você pode ver, a Sra. Weasley já está sendo cuidada.

Harry cerrou os punhos e pronunciou, com desaprovação escorrendo de cada palavra, — O que você está fazendo, Hermione? Você está louca?

Hermione lentamente balançou a cabeça e sussurrou: — Sinto muito, Harry. Conversaremos mais tarde. Estou muito cansada agora —, e novamente pressionou o rosto no peito de Lucius. No instante seguinte, ela sentiu a atração da Aparição Lateral.

Quarta-feira, 28 de setembro, de manhã cedo.

Mansão Malfoy.

Na manhã seguinte, Lucius abriu os olhos e foi saudado por uma deliciosa juba de cachos cor de chocolate. Um corpo macio e curvilíneo descansava pacificamente em seus braços. Hermione ainda estava dormindo.

Neither For Nor Against | LumioneOnde histórias criam vida. Descubra agora