Capítulo Oito

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Quinta-feira, 28 de julho

Mansão Malfoy

Hermione estava parada no meio da biblioteca de Malfoy, sabendo muito bem que ela não deveria estar lá. Era quase meia-noite e ela honestamente não sabia o que estava pensando quando decidiu vir para a Mansão àquela hora. Aparentemente, ela não estava pensando em nada; foi apenas uma decisão impulsiva.

A semana tinha sido horrível. Seu corpo não lhe dava descanso — a semana inteira alternava entre ataques de fome e náuseas. Além disso, Hermione sentia cada odor, cada cheiro ao seu redor. Quem poderia imaginar que a seda e a caxemira, tão na moda hoje em dia, têm aromas diferentes e bastante irritantes? — Perfumes que duram para sempre — a estavam matando.

O humor de Hermione hoje em dia era tão imprevisível quanto a brisa do mar. O pesado fardo da solidão estava lentamente levando a melhor sobre ela. No entanto, ela não queria correr e chorar no ombro de Harry. Ele já estava sobrecarregado de problemas e culpa como estava, com a investigação totalmente congelada, Ginny grávida e todos os seus outros deveres. A possibilidade de preocupar Ginny também estava fora de questão. Ela já estava no meio do segundo trimestre, e Hermione estava convencida de que uma amiga chorando histericamente seria prejudicial para ela.

Assim, Hermione estava sozinha. Ela tentou inutilmente se perder no trabalho e em seu projeto de tradução. Infelizmente, esta semana em particular, simplesmente não foi o suficiente. Na quinta-feira, Hermione estava cansada disso; cansada de chorar, cansada de folhear as fotos de Ron e cansada de solidão. Assim, sem nenhuma razão lógica, ela veio para a Mansão Malfoy.

Quando ela saiu da lareira, a Mansão estava escura e silenciosa. Ela foi direto para a biblioteca, esperando passar despercebida. As portas da biblioteca, porém, já estavam abertas e uma luz fraca estava acesa. Evidentemente, sua chegada não foi perdida pelos elfos. Criaturas vigilantes, ela pensou.

Hermione parou no meio da biblioteca e tentou decidir o que deveria fazer a seguir. Claramente, ela tinha apenas duas opções: correr antes que o Senhor da Mansão aparecesse (e ela tinha certeza de que ele eventualmente apareceria) ou ser corajosa e ficar.

— Sonâmbula, Sra. Weasley? — Um conhecido barítono perturbou o silêncio da noite.

Hermione se encolheu, respirou fundo e então se virou para encará-lo. Obviamente, era tarde demais para correr agora. Lucius estava encostado na porta da biblioteca, sorrindo para ela. Ele estava vestindo calças de veludo macio e uma camisa branca simples. Alguns botões abertos no topo de sua camisa ofereciam a Hermione uma boa visão do peito ainda bem definido de Lucius. Era a primeira vez que ela o via em um traje tão casual e descontraído. Seus ombros largos e músculos firmes eram palpáveis ​​sob a fina batiste branca e Hermione, para seu horror, não conseguia parar de olhar para ele. Era uma causa perdida; ela sabia disso. Ele era uma chama e ela uma mariposa tola, hipnotizada e atordoada.

— Estou lisonjeado por você ter achado minha biblioteca útil, Sra. Weasley, — afirmou Lucius.

Isso arrancou Hermione de seu estupor.

— Boa noite, Sr. Malfoy. Sim, procurei um certo livro, que pensei ter visto aqui. Mas, infelizmente, não consegui encontrá-lo. Provavelmente me enganei. Desculpe incomodá-lo a esta hora e... ah... estou... mm... provavelmente tenho que ir agora, boa noite.

Hermione sabia que ela estava tagarelando. Ela também sabia que estava corando furiosamente. Merda, ela pensou. Mentir não era sua habilidade mais forte. Ela mordeu o lábio inferior e caminhou em direção à porta. Lucius, no entanto, claramente não estava disposto a deixá-la escapar e se moveu para bloquear sua saída.

Neither For Nor Against | LumioneNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ