Capitulo 8 ( Sweet Kiss)

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CAPITULO 8 - SWEET KISS


Após sairmos da clínica, sinto os olhos do Changbin pesarem novamente sobre mim, e dessa vez precisei encara-lo.

- O que foi aquilo?
- Eu preciso te contar uma história, e eu sei que vai parecer absurda no início... Mas promete que vai ouvir antes de questionar? – Eu estava ansiosa e de certa forma aflita, desde o dia em que Minho havia me contado sobre sua vida, aquilo permanecia rodando em minha mente.

Changbin assentiu me conduzindo até um banco de madeira no vasto gramado do local. Quando me sentei, percebi que estava a girar o anel que possuía em meu dedo, faço menção de tirá-lo, mas sou impedida pelo rapaz.

- O que está fazendo?
- Te devolvendo, ele parece caro, não quero perder...
- Não, fica com ele... Eu comprei para você – O maior leva sua mão ao anel, ajeitando-o em meu dedo.

Abro e fecho a boca algumas vezes, cogitando em como eu explicaria que não poderia aceitar algo assim, porém ele intervém.

- Não foi tão caro assim... Mas você tinha algo para me falar, certo? – Certo, inspiro vagorosamente.
- E se... O que aconteceu a Ryunjin não foi algo feito pelo Minho? Digo, ele não queria apresentá-la aos pais porque sabia que ela correria um certo risco, e esse risco estaria disfarçado como o pai dele. – Olho-o de relance para ver sua expressão antes de continuar, mas o rapaz não esboçava grandes emoções, prossegui.
"Ele sabia que o pai poderia tentar seduzi-la de alguma forma, e evitou esse encontro o máximo que pôde, afinal, que namorado não apresenta sua prometida a família? Isso também explicaria o porquê, quando a levaram para denunciar a agressão, ela não conseguiu e teve a crise... Já que o pai dele é delegado"

  Volto a espia-lo pelo canto do olho, mas ele permanecia pensativo, como se julgasse se tudo o que eu tinha dito era verdade ou um devaneio de minha cabeça.

- Por que você está o defendendo?
- Eu não estou, só acho que talvez essa história contenha muitas verdades...
- Mesmo que seja, se não conseguimos nada contra o Minho, acha que vamos conseguir contra o pai dele?
- Se vocês tiverem provas irrefutáveis, é bem possível. - Um sorriso ia abrindo lentamente em meus lábios, isso fez com que ele afastasse seu tronco para me encarar, apontando o indicador em minha direção.
- Você não é detetive, então não tenha ideias.
- Tarde demais.
- Isso pode ser perigoso Hanna, de verdade! Como tem certeza que ele não está te enganando?
- Não tenho, mas eu quero acreditar nele dessa vez.

                                                                            . . .

Durante o caminho de volta, não trocamos muitas palavras sobre o assunto um com o outro, na verdade, quase não conversamos sobre coisa alguma. As portas do elevador deslizam e sigo o rapaz para o corredor de nosso prédio.

- Obrigada por hoje e desculpe se te deixei desconfortável de alguma forma, não foi a intenção.
- Tudo bem, eu só não quero que se envolva em coisas que não possa lidar sozinha Hanna... – Tinha um olhar preocupado e ao mesmo tempo, tinha algo ali que eu não conseguia decifrar.
- Bom, te vejo depois então.

Faço menção de me virar em direção a minha porta, mas sinto seus dedos fechando em torno de meu pulso. Busco sua face e o encaro confusa franzindo meu cenho, mas seu olhar estava voltado para o chão quando se aproxima vagorosamente. Por impulso, fui andando para trás até sentir a parede fria contra minha pele.

- Binnie? O que foi?

Suas orbes foram sendo erguidas aos poucos, e quando nossos olhares se cruzam, me sinto sendo tragada por um oceano negro e profundo. Seu rosto estava tão próximo ao meu que podia sentir sua respiração fazendo cócegas em minha face, junto com a sensação de borboletas dançando dentro de mim. Changbin leva a língua para umedecer seus lábios antes de deposita-los contra os meus de forma suave, sua boca era tão macia e quente que me leva a fechar os olhos para sentir melhor aquele toque.
Ele separa nossos lábios minimamente, levando suas mãos a minha cintura antes de voltar a me beijar, seguindo um ritmo calmo e molhado, nossas bocas se encaixavam ao movimento perfeitamente como se tivessem sido feitas uma para a outra. O carinho que seus dedos deixavam em minha cintura fazia com que eu sentisse um calor percorrer meu corpo através de ondas.
Envolvo meus braços em seu pescoço, enroscando uma de minhas mãos em seus fios, puxando-os de leve para trás afim de separar nossas bocas em busca de fôlego. Mas ele volta a me envolver no deleite de seu beijo, dessa vez, com desejo, urgência, sua língua explorando toda a extensão de meu interior deixando estalos que ecoavam no corredor. Changbin me prensa fortemente contra a parede com seu corpo, quebrando qualquer espaço que tenha ficado entre nós.
Preciso de ar novamente, mas é o moreno quem quebra o beijo, mordiscando a pele do meu queixo, depositando em seguida beijos molhados traçando um caminho até meu pescoço. Quando ele beija um ponto específico próximo a minha orelha sinto todos os pelos de meu corpo eriçando em um arrepio, arfo em um gemido baixo sentindo seu corpo resetar.
O maior espalma uma das mãos na parede ao lado da minha cabeça, deitando sua testa em meu ombro. Eu podia ouvir sua respiração dificultosa enquanto meu peito subia e descia freneticamente enquanto eu tentava controlar a minha.

- Desculpa Hanna, eu não devia... –  Diz descolando seu corpo do meu, sua voz estava rouca e arrastada.
- Está tudo bem eu...
- Desculpa, eu preciso ir.

Tento dizer alguma coisa, mas então vejo algo que me faz compreender sua súbita timidez. Seu membro estava rijo sob a calça, vejo-o puxar a camiseta larga para baixo na tentativa de esconder sua luxúria. Sem me olhar nos olhos, sai em direção a sua porta me deixando sozinha no corredor tentando recuperar o ar e a minha sanidade.

                                                                     . . .

Não conversamos sobre o assunto pela manhã enquanto íamos ao campus juntos. Não sabia se ele ainda estava constrangido pela situação, então iria esperar até que o moreno tocasse primeiro no assunto. Fora isso, tudo parecia normal entre a gente, eu o pegava me olhando de soslaio as vezes, com um sorriso contido nos lábios, apenas esse simples ato fazia com que algo dentro de mim se agitasse, como alguém podia ser tão fofo e tímido e ao mesmo tempo ser tão...Sexy.

Suspiro.

No intervalo de uma das trocas de sala, me aproximo de Dahyun.

- Dah? Você tem falado com o primo do Chris? – Ela enrosca seu braço no meu para caminharmos.
- Já faz uns dias que ele deixou de me responder. – A garota dá um longo suspiro – Na verdade ele me deixou no vácuo, e eu nem sei porque...
- Sobre o que vocês têm costume de conversar?

Ela era a única pessoa que eu poderia perguntar sobre Minho sem ser julgada, além é claro, dele mesmo. O rapaz ainda rondava minha mente vez ou outra, todo aquele assunto me incomodava, principalmente o fato deu não me sentir mais segura em sair na rua sozinha, sabendo que quem deveria me proteger, não estava fazendo sua parte.

- Ah você sabe, isso e aquilo... Eu pensei que – Espia em volta diminuindo o tom – Pelo que ele faz, só falaria sobre sexo e coisas do tipo, mas ele nunca tocou no assunto comigo.
- Sério? – Essa informação realmente me deixou surpresa.
- Uhum, mas ele pergunta bastante de você.
- De mim? Por que? - Ela dá de ombros.

Já havíamos feito todo o trajeto até a sala da próxima aula, então decido me sentar em sua frente para continuar a conversa.

- O que ele perguntou?
- Ah, sobre o que você gosta, se estava bem... Essas coisas – Diz de forma despretensiosa enquanto arruma seu material sobre a mesa – Eu até diria que ele está afim de você, mas alguém não iria gostar disso.
- Quem? Eu? – Indago, e ela me responde apontando com a cabeça para minhas costas.

Quando me viro, vejo Chris se sentando a minha frente, como de costume.

- O que vocês tanto conversam hoje?

- O que vocês tanto conversam hoje?

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