ᴅᴇᴛᴇʀᴍɪɴᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴏs ᴅᴇғᴇɴsᴏʀᴇs

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Enquanto estava desacordado, tive um sonho. Eu estava caminhando em um campo aberto, muito diferente do local onde estávamos, o sol nascia no horizonte entre as montanhas, o cheiro de orvalho era hipnotizante e a grama era verde e viva. Avistei uma senhora de costas e fui até ela, quando ela se virou, pude perceber que era Amália.

–O prazo está acabando.

Disse Amália desaparecendo. Quando olhei ao redor, eu já estava no meio de um vale com corpos sem vidas, caídos ao chão, o céu estava cor vermelha no chão não havia mais grama, o ar era quente e seco.
Quando acordei, estava gritando em uma caverna. Um homem veio até onde eu estava, era um rapaz de meia idade, pele cor escura e careca, utilizava roupas de um soldado.

–Calma! Calma! Não quero que saibam que estamos aqui.

Falou o homem, com uma voz calma, na tentativa de me acalmar.

–Quem é você e, como eu cheguei até aqui?

Perguntei, tentando me acalmar perante ao que estava acontecendo.

–Eu me chamo Ricardo, encontramos você, caído na floresta. Você estava sendo perseguido.

Quando ele falou isso, pude me lembrar dos acontecimentos anteriores.

–Por quanto tempo eu dormi?

–Algumas horas, quando o encontramos o sol estava quase se pondo.

Quando fui para a entrada da caverna, já era noite.

–Você disse, encontramos por acaso Beatriz e Ayra estão com você?

Eu ainda estava meio atordoado, mas consegui lembrar delas.

–Não, Beatriz... o nome da minha filha.

O homem falou sentando-se em uma pedra. A caverna não tinha nada de especial, exceto as nossas mochilas que estavam ao chão e o saco de dormir onde eu estava, ao centro da caverna, tinha uma fogueira. Eu não conseguia parar de pensar onde elas estavam.

–Olha só Ricardo, ele acordou, você é o Damian, certo?

Falou uma voz estranha, ao me virar, percebi que era o garoto que estava junto a Vandal horas atrás. Não pensei duas vezes, e fui em direção da cara dele, dando um soco, que foi bloqueado, pelo mesmo, que me empurrou ao chão.

–É essa a determinação dos Defensores da dimensão terrena?

Perguntou ele. Eu me levantei rapidamente e dei um chute no ligamento do seu joelho, fazendo-o se ajoelhar aos meus pés, não pensei duas vezes e chutei na direção do seu rosto, ele segurou o meu pé, puxando-o me derrubando contra o chão.

–Lute com esperança! É o único modo de vence-los!

Disse ele novamente, se levantando e antes que eu pudesse reagir, colocando o seu pé sobre o meu peito.

–Não estou aqui para lutar, eu diria que sou um aliado.

Ele tirou o seu pé do meu peito e estendeu a sua mão na minha direção, eu me apoiei e me levantei.

–luta sensacional! Agora temos trabalho a fazer.

Disse Ricardo aplaudindo, e nos aproximando pouco mais para perto da fogueira.

–Voltei ao local de onde nos encontramos mais cedo, e não há sinal das duas garotas. Devem ter seguido viagem sozinhas.

Falou dereck olhando nos meus olhos. Eu não consegui dizer nenhuma palavra em resposta. Ricardo pegou um mapa, em sua mochila, e o abriu diante de nós, havia várias partes riscadas.

–Algum sinal do templo?

Perguntou a Dereck.

–Nenhum. Na melhor hipótese, pensei que eles soubessem a localização e tentei segui-los, mas acabei levando a minha irmã e o vandal até a tribo do norte causando uma Carnificina.

Ricardo colocou a mão sobre o seu ombro, consolando-o.

–Espera! Esse tempo todo estávamos sendo observados pelo Dereck!?

Ele assentiu em afirmação. Eu fiquei assutado, todo esse tempo sendo observado por ele.

–Ricardo, ele te contou o que exatamente está procurando?

–Um templo, com a alma do imperador.

Eu estava aos poucos me convencendo de que Dereck estava manipulando o homem.

–Ele quer trazer o imperador de volta, e ele destruirá a terra.

–Negativo! Eu quero encontrar a alma do meu pai antes deles, para destruí-la.

Tenho visto as atrocidades feitas, e se ele retornar, as coisas ficarão muito piores para vocês.
Respondeu Dereck, virando se de costas, para sair na caverna, mas não dando passo algum.

–Amanhã é o último dia do prazo de Amália para encontrarmos a caixa.

Eu disse olhando em na direção de Dereck e ele, respirou fundo. Como eu adoraria saber o que passava pela cabeça dele.

–Só há uma coisa a fazermos. Trabalhar juntos. Tem duas companheiras, por ai. Temos que encontrá-las.

Sugeriu Dereck, Ricardo foi para próximo nós.

–Como faríamos isso?

No momento me lembrei que tinham dois rádios comunicadores dentro da mochila. Fui até ela e peguei-os, levando para eles dois e explicando o meu plano.

–Vamos nos separar, mas estaremos nos comunicando entre si por meio desse rádio usaremos a frequência 00016. Eu irei pela parte aberta da floresta, partindo de onde estávamos e indo na direção norte. Ricardo, o seu ponto de partida, será no local onde fui encontrado. Dereck, você atrasará Vandal e Tânia, evitando, um encontro deles com o templo e pior ainda, com elas. É importante encontra-las agora, teremos que fazer tudo, até o fim do dia de amanhã.
Eles assentiram em concordância, Ricardo deu um rádio comunicador a Dereck e saímos para a nossa missão.

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