ᴜᴍ ɪᴍᴘʀᴇᴠɪsᴛᴏ ᴀᴄᴏɴᴛᴇᴄᴇᴜ

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5:15 da manhã, ainda a caminho da Biblioteca Nacional. Tive que passar com a viatura no meio da cidade, o que seria um problema, as pessoas do local iriam estranhar o fato de uma viatura estar vadiando por aí, e com certeza, já devem haver notícias sobre o ocorrido. Para a minha sorte, só havia uma pessoa no meio da rua, e para o meu azar eu atropelei a mesma, quando ela ia atravessar a rua. Era uma garota, aparentava ter a mesma idade que eu, tinha longos cabelos pretos cacheados e a sua pele era cor café, estava com alguns arranhões no corpo, nada muito grave ela também carregava uma mochila. Eu sai da viatura e fui até ela, estava que atordoada, eu a coloquei dentro do automóvel, ela entrou sem questionar, sem dúvidas pensou que eu fosse policial e não se deu conta de que eu à havia atropelado.

–Não se preocupe, vou leva-lá ao hospital.

–Eu não vou.

Disse a garota, que agora aparentava se dar conta do que estava acontecendo, eu precisava me livrar dela. Foi então que percebi que o zíper da sua mochila estava um pouco aberto, pude ver um envelope semelhante ao meu e, logo percebi para onde ela estava indo.

–Onde quer ir então, Biblioteca Nacional? Pode me dizer qual o seu nome?

A garota me lançou um sorriso, e rapidamente colocou no meio das minhas pernas uma Pistola TH9 C. No mesmo instante eu parei o carro.

–Escuta aqui! Eu pareço idiota? Sei que você não é policial e que me atropelou. Com certeza roubou essa viatura, vamos para a delegacia.

–Eu posso explicar o que aconteceu!

Ela pressionava fortemente o cano da arma contra o meu saco.

–Pouco me importa, o que aconteceu, vamos para a delegacia. Eu não vou ser vista com um cara que roubou uma viatura.

Ainda com a arma entre as minhas pernas, antes que eu desse partida novamente, ouvimos o som de sirenes que chegando.

–Saia do Carro!

Gritavam os policiais, obedecemos o comando deles, mas a garota não guardou a arma, o que assustou os policiais que apontaram para nós as suas armas.

–Coloque a arma no chão!!!!

–Espera, não precisam atirar, eu o capturei para vocês.

A garota tentou argumentar, sem sucesso.

–Vamos contar até 3 e disparar! 1...

–Que se fodam! Eu não vou ser presa.

Ela sussurrou ao meu ouvido me empurrando para dentro da viatura e disparando contra os policiais eu dei partida e a puxei para dentro fechando a porta.
Saímos do local em alta velocidade, e agora estávamos sendo perseguidos pelas viaturas. O tanque já se encontrava na reserva e ainda estávamos a uns 78km da biblioteca nacional.

–Estamos fugindo... de seis viaturas, e-eu atirei na polícia! e agora eu sou uma criminosa.

O nervoso em sua voz era nítido, suas mãos tremiam e a sua voz estava falhando.

–Quem mandou apontar uma arma para o meu saco, e sair da viatura armada?! Se tivesse feito o que eles tinham ordenado, não estaríamos assim! Se vamos morrer, pelo menos me diz o seu nome.

–Cala essa boca!

A garota colocou suas mãos no volante desviando do caminhão que por poucos centimetros, não bateu de frente conosco.

–Meu nome é Beatriz.

–Belo nome! Sou Damian.

–Se não morrermos agora, quando isso terminar eu juro que te mato.

O caminhão também desviou, caindo no meio da pista e bloqueando o caminho para os policiais passarem. Beatriz e eu, olhamos para trás e comemoramos que havíamos despistados eles e saído da cidade, chegaríamos na Biblioteca Nacional que ficava em uma cidade vizinha em nós próximos 53km. Estava ocorrendo tudo bem, quando um imprevisto aconteceu.

–Beatriz, acho que acabou a gasolina. Vamos ter que andar.

–Que droga!!

Beatriz saiu do carro chutando a porta e praguejando.

–Não podemos ficar aqui, Damian. A polícia vai chegar em alguns minutos.

–E pra onde vamos?

Nesse momento, eu lembrei que na saída da cidade, havia da cidade havia um posto de gasolina.

–Pode ser que haja um posto de gasolina, há uns 100 metros ou mais.
Beatriz estava em pé no meio da estrada, com seu revólver em mãos.

–Se formos até um posto de gasolina, seremos vistos. Tentaremos conseguir carona direta até a próxima cidade, onde chegaremos aos nossos destinos.

Eu somente concordei, quando um caminhão estava passando, havia vindo de outra estrada, pois a saída da nossa cidade estava interditada. Beatriz sinalizou para ele, fazendo-o parar.

–Então meu senhor, bom dia, precisamos chegar na cidade mais próxima. E infelizmente, perdemos o ônibus e a bateria do meu celular acabou. Poderia nos dar uma carona?

Ela falou com uma voz doce e convincente, qualquer um que lhe ouvisse, a levaria até a lua.

–Claro que sim minha princesa. Você pode subir, eu sou Carlos, me deixa constrangido me chamar de Senhor.
O homem falava enquanto saia do caminhão e abria a outra porta para ela entrar.

Beatriz assobiou na minha direção e eu entrei junto a ela, por incrível que pareça, o caminhoneiro não á questionou. O senhor Carlos era um homem que aparentava ter aproximadamente 61 anos, era magro e tinha os cabelos totalmente brancos. Olhei no relógio do homem e já eram 14:55, aquela brincadeira toda tinha durado um bom tempo, e ele não fazia ideia de quem éramos.

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