A prisioneira de Josh The killer

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-- Por que...?

-- Você não gostou?

-- Claro que gostei! Mas eu não
entendo...

-- Você irá precisar de uma fantasia para hoje. I você não é a única - Ele aponta para si mesmo. Não. Não pode ser o que estou...

-- Espere ai, você está me convidando para ir a festa fantasia da cidade?! - pergunto espantada.

-- Considere uma intimação - Ele responde ironicamente

Sorri maravilhada. Não posso acreditar! Ele está me chamando para uma festa?
De repente estreito os olhos ao constatar que... Ele está me chamando para uma festa.

-- Por que você está fazendo isso? -Pergunto desconfiada.

-- O que, você não quer ir? - Ele responde franzindo os lábios.

-- Se eu não quero? - Repito - Claro que sim... mas eu nunca te pediria isso- Admito.

-- Eu sei. Por isso mesmo.

Fico em silêncio, absorvendo tudo. Olho para o vestido novamente, mordendo os lábios. Ir para a festa da cidade com ele, no último dia do ano? Parecia um sonho. Como se fossemos duas pessoas normais em um relacionamento normal...

-- Não se preocupe, eu irei me comportar - Ele zomba azedamente supondo que o motivo de minha hesitação seja por ele.

-- Não... Não é isso Josh- Asseguro olhando em seus olhos - E só... que eu nunca pensei que - Não completo a frase com um olhar significativo. Eu estava perdida em palavras.

Ele vem até mim e segura minha mão
delicadamente.

-- Eu sei - Ele concorda pacientemente. Nossos olhos se encontram, e eu suspiro por sua beleza profana. Como recusar algo a ele?

-- O que estou fazendo ? - franzo o cenho - Claro que eu irei. - Ri melodiosamente, em êxtase.
Josh também ri

-- Então se troque. Vamos chegar em cima da hora.

Arregalo os olhos concordando.

-- Estarei esperando - Ele diz. Aceno com a cabeça e ele sai. O acompanho com o olhar, assistindo com fascinio secreto seu caminhar dominante.

Ele fecha a porta atrás dele. Balanço a cabeça para afugentar os pensamentos libidinosos. Olho para o vestido na cama com os olhos brilhando de alegria.
Mal posso esperar para colocá-lo.

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Josh:

Espero Any se vestir com ansiedade disfarçada. Espero que a roupa caiba nela.
O vestido e o smoking não foi algo
programado. Eu apenas esperava ir a festa com uma de minhas roupas mais assustadoras.

Hey eu iria me fantasiar de mim
mesmo, quão conveniente isso seria?

Mas como em um desenho animado, uma lâmpada acendeu-se em minha cabeça quando tive a brilhante ideia.

Encontrei aquelas roupas, o vestido e o smoking, a alguns anos atrás pertences dos moradores, o casal de idosos, de seu antigo guarda-roupa.

Estavam guardada carinhosamente em uma caixa branca desgastada. Como uma recordação de sua união, talvez. De sua juventude.

Naquele tempo eu ponderei jogar-los fora como todo o resto das tralhas mas algo me deteve. Os escondi ao invés.

Eles estiveram esquecidos no porão desde então.

E essa não é uma ocasião perfeita?

Hoje, uma parte deles estarão conosco, suas roupas que um dia significaram tanto, serão usadas pela última vez.

Quem poderia imaginar que seria por seu próprio assassino e sua bonita e inocente companheira?

Sorrio perversamente. Este é algum dos pequenos prazeres que me permito cultivar. Pequenas recordações de minhas vítimas, souvenirs se preferir, para de um certo modo eu nunca esquece-las. Considere-me um romântico mas gosto da ideia que eles sempre estarão comigo.
E agora, também o fazem com Any.

Perdido em pensamentos perco a noção do tempo até que escuto a porta se abrir e Any sair do quarto.

Abençoado inferno... Ela parece um fodido sonho. Como uma peça de roupa pode fazer isso? Quando ela sorri timidamente para mim eu descubro a resposta.

Não é a roupa. É ela.

Ela se parece com um maldito anjo, toda de branco, seus compridos cabelos castanhos criaram um contraste encantador.

Aproximo-me dela devagar temendo arder em chamas ao simples toque de sua pele quase etérea.

Mas nada acontece. Nenhum fogo, nenhuma intervenção divina me manteve afastado e caído sobre meus joelhos.

Não.

Apenas nós dois.

Luz e escuridão.

Anjo e demônio.

-- Não esqueça isso - Sussurro lascivamente e pego em meu bolso uma caixa pequena.
Seguro em minhas mãos um par de brincos delicados. Como ela.

Os coloco sem pressa, um de cada vez, parando para morder cada lóbulo de sua orelha. Ela respira fundo e me fita com seus grandes olhos.

-- Perfeita - murmuro intensamente.

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Até amanhã!

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