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Any:

Estou no quarto dele olhando para sua foto amassada. Nela, o garoto sorri pacificamente enquanto acena para quem está fotografando. Sorrio. Ele parece tão feliz.

Em seguida seu rosto transforma-se em uma criatura horrorosa, que sorrir  enquanto que com as unhas rasga seu  próprio maxilar, deixando rastros de sangue e pele retalhada. Jogo fora a fotografia assustada com uma exclamação de terror.
Corro para a saída mas a porta não tem maçaneta. Estou trancada por dentro. De repente sinto um presença em minhas costas.Viro-me lentamente.
E grito. MUITO.

Acordo sobressaltada.
Meu coração bate tão forte que o meu peito dói e não consigo gritar, apenas ficar aqui, respirando rapidamente enquanto tento esquecer as imagens daquele terrível pesadelo.

Olha ao redor. Estou no quarto dele. Em sua cama. Não consigo me lembrar como vim parar aqui, mas me sinto melhor... Olho para o meu pé e vejo que está enfaixado onde deveria estar a picada. Arqueio as sobrancelhas.

Volto a atenção para o quarto.

Josh está dormindo no chão, ele colocou umas colchas e uma almofada em sua cabeça. Observo por um momento. Seu rosto está contraído em seu sono, o que me faz devagar com o que ele está sonhando... Será que é algo tão horrível como o que eu sonhei?

Seu rosto ainda ostentava um sorriso teatral, mas já percebi que são apenas as marcas permanentes de sua brutal mutilação. Ele não vive rindo. Ele aparenta estar.

De repente seus olhos abrem tão rápidos como em um filme em que um vampiro desperta ao fim dos últimos raios do Sol.

Ele olha para mim e faz sinal de que irá se levantar.

---- Não! Não... precisa se levantar. Eu estou bem melhor agora - digo

Ele dá de ombros e se senta no seu ninho de coberta improvisados.

---- Como se sente...? - Sua voz está rouca e baixa. Eu acho sexy como o inferno.

---- Ótima. não sei o que você me deu mas... obrigada - respondo com toda sinceridade em minha voz.

Ele acena sem jeito. Josh não parece gostar de agradecimento.

---- Hmmm... está tão escuro... que horas são?

---- Você devia perguntar que dia é hoje - ele responde,sarcasmo em sua voz.

---- Não entendi.
---- Hoje é segunda feira. Terça na verdade,já está de madrugada -

Arregalo os olhos. Eu estive fora por três dias?

---- Ow... Eu não acredito nisso!

---- Yep. Você garota, teve sorte. Era uma fodida aranha viúva negra. São muito perigosas. Mas você já sobreviveu a perigos maiores não foi? - ele brinca com o fato dele ser mais perigoso e eu ainda estar viva - Sabia que ia se sair bem.

---- Não sem você...

Ele parece ficar pensativo no que  responder.

---- É... não sem mim.

Silêncio.

Nesse momento minha barriga escolhe a hora pra fazer um barulho enorme.

---- Rumf. Você parece estar com fome - ele reflete - Espera aí - e levanta.

Wow. Ele está apenas de samba canção. Quando ele se levanta e se vira em direção à saída, tem a visão completa de suas costas e traseiro. Meu coração bate mais forte pela segunda vez naquela noite. Mas dessa vez por motivos totalmente diferentes.

Olho para mim mesma, imaginando a bagunça que estou. Ajeito rapidamente meu cabelo, limpo os olhos e me coloco em uma melhor posição. Ainda estou em meus shorts básico e uma blusa de alça branca apertada, cortesia do próprio Josh.
Ele me deu várias roupas (infelizmente nenhuma delas na moda ou bonitas) aparentemente iguais no momento que me raptou. Não faço a mínima ideia de onde saíram e na verdade não quero saber. Essa é minha política para tudo com ele. Prefiro não saber ou me meter em suas coisas.

---- Toma. - na minha frente está 2 pães com o que parece ser requeijão e um copo de suco...acho que de laranja.

Aceito na hora, para mim parecia um x-tudo com milk shake de tanta fome que eu estava.

Termino de comer ( devorar ) e iria agradecer... mas me lembro que ele não gosta disso então apenas deixo o prato ao lado da cama.

Tento me levantar, mas quando boto os pés no chão sinto minha cabeça girar e tudo fica preto por uns segundos.

---- Hey, calma ratinha - Josh ri - você está tão fraca quanto um filhote de cachorro - ele oferece sua mão.

Por um momento não acredito em como ele está sendo legal. Cadê o cara que me evitou por uma semana?

Desconfiada aceito sua ajuda. Faço força em seu braço e devagar me levando.

---- Posso... ir no banheiro?

---- Ok. Vou te levar ao meu,o outro está muito longe pra você- responde.

No próximo momento estou em sua pequena suíte.Não há espelhos. Nunca vi um espelho na casa .

---- Na sua casa tem espelhos? - pergunto

---- Não - ele responde, sua voz grave.

Sem espelhos então...

---- Obrigada,
a partir daqui eu me viro.

Ele me solta. Consigo ficar em pé por minha conta, então ele se afasta.

---- Deixa a porta aberta - murmura.

Me sinto alarmada. O quê...?

---- Se eu quisesse entrar uma porta não me deteria. Só não quero que você caia e eu tenha que destruir minha própria porta para salvar você... de novo - ele zomba com as sobrancelhas arqueadas.

---- Oh... tudo bem, claro... - Me sinto uma boba em pensar que ele iria querer me ver...

Primeiro uso o banheiro para minhas necessidades, apenas número um graças a Deus... em seguida procuro algo refrescante pra colocar na boca. Não iria usar a escova dele óbvio. Encontro pasta e coloco uma boa parte e enxaguo. É o melhor por agora. Olho para o chuveiro com um misto de desejo e indecisão. Após um momento a vontade de ficar limpa é mais alta que minha autopreservação.

Tiro aquela roupa suja, ficando completamente nua. Olho novamente para a porta aberta. Nenhum sinal de uma alma viva. Com a ponta dos pés entro no chuveiro quente e me sinto  maravilhosa.

Fecho os olhos para absorver toda aquela sensação. Os pequenos pingos de água desciam por meu couro cabeludo que agora estava ensopado, até meu rosto. Não sei por quanto tempo fiquei ali apenas... me purificando, me sentia totalmente sem dores, uma sensação perfeita.

Mas já dizia o ditado " A felicidade dura pouco" e meu momento de paz foi bruscamente interrompido ao abrir meus olhos e ver josh,seus olhos ardentes como fogo por todo meu corpo, refletia seu desejo e fome. Mas não fome como eu tive há momentos atrás... Não.
Sua fome é diferente e claramente ele acredita que seu alimento sou... eu.

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A prisioneira de Josh The killer  Where stories live. Discover now