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Josh

Saio de casa com um suspiro.
Mais um dia desgraçado em minha vida fudida.
Finalmente chegou o fim de semana, o único dia que dou corda solta ao demônio dentro de mim.

Eu costumava matar todo dia nos primeiros anos. Eu não tinha nenhum controle e fazia qualquer coisa para preencher o vazio dentro de mim.

Massacrei famílias inocentes, torturei e sadomizei centenas de pessoas.Tudo para calar a voz dentro de mim que me chamava de aberração, que clamava por morte e defloração. Eu saia a ruas escuras e esperaria uma alma viva que sentisse medo de meu rosto ou repulsa.

Após cometerem o erro de me julgarem por minha aparência, eu os mostrava o verdadeiro sentido de medo. Minha aparência não é nada comparado a feiúra de meu interior.

Hoje não estou me sentindo totalmente um predador. Estou lendo e desatento. Deixei duas prováveis vítimas seguirem seu caminho sem ao menos segui-las.
Uma delas tinha a pele clara e os cabelos escuros como o carvão.

Any.

No momento que seu nome vem em minha mente eu me repreendo. Que foda estou fazendo pensando naquela maldita?
Toda a semana eu a evitei depois de mostrá-la minha face e ver que ela é como todo os outros com medo de minha aparência, para que...? Me sinto como um tigre enjaulado,estou impaciente pra karalho por toda a semana. Só uma caça com direito a assassinato e quem sabe torturas leves,poderia melhorar meu humor agora. Ou não?

Finalmente desisto de tentar hoje, estou pensativo demais e sei que isso não é um bom começo. Minha mente tem que estar totalmente focada ou posso cometer algum deslize, e isso é o que eu não posso permitir. Nunca me descobriram até hoje, e quero continuar no anonimato.

De volta a floresta, vou em direção ao lago não muito longe de minha casa para fumar. Esse foi um dos maiores motivos de eu escolher esta área para morar. A quietude da floresta, e suas enormes árvores, que para algumas pessoas fracas diriam ser feias ou assustadoras.
Na minha visão distorcida esse é um belo lugar.
Perfeito para eu jogar os corpos de vítimas ou apenas para pensar.

Vejo meu reflexo refletido nas águas esverdeadas.
Como sempre estou com um grande sorriso esculpido em meu rosto mesmo sem eu ter motivo algum para sorrir.

Vá falar com ela, você precisa falar com ela.
Mas surpreso do que já estive, escuto a voz que fala dentro de mim mandar eu falar com a garota.
Eu a quero. Ela é minha para machucar, minha para a ter...
Arregalo os olhos. A voz nunca quis alguém antes. Sempre me mandou matar, multilar, torturar... mas falar com uma mulher insignificante? Estou estupefado.

Ao mesmo tempo, sinto um calor em minhas veias, uma euforia, como sempre sinto antes de uma caçada.

Sem ter escolhas, volto para casa com uma nova respectiva em mente esperando encontrar a ratinha fazendo suas muitas tarefas que coincidentemente encontrei para ela.
E pela primeira vez hoje eu sorrio com vontade.

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Entro em casa e pela primeira vez noto um silêncio mortal. Se essa garota fugiu de mim... rosno

Ando rapidamente pelos cômodos da casa, minha fúria aumentando cada vez mas que eu não a encontro.

Ouço um leve barulho, quase imperceptível vindo do banheiro.

Caminho lentamente naquela direção com minha faca em mãos. O que vejo me faz apressar o passo.

Any está caída no chão, seus olhos fechados e com aspecto doentio.
O fedor de vômito está por todo lado e posso ver que ela estava vomitando na privada e provavelmente perdeu as forças.

---- Mas que porra... - exclamo

Toco seu rosto e está pálido e febril.

---- Merda, Any?! Any que porra aconteceu aqui? - a sacudo sem respostas - Vamos lá garota não seja tão molenga - reclamo.

Seus olhos continuam fechados e sua pele está tendo calafrios. Dou um tapa em sua cara pra ver si assim ela acorda e obtenho sucesso. Seus olhos abrem um pouco mas estão vagos e não focados.

---- Josh... - sua voz é fraca.

---- O que aconteceu aqui? Você comeu alguma merda que não caiu bem? - pergunto sem entender, seu rosto ainda está muito pálido e ela se vira pra vomitar.

Ew.

---- U-ma aranha. Ela... me picou... dói tanto! - ela chora
---- Uma aranha? Como ela era?!

Seus olhos fecham novamente.

---- Porra any! Acorda! - a sacudo - COMO ERA A FUDIDA ARANHA?? -

---- Preta... Eu acho... e... grande... picou meu... meu pé.

Procuro a marca em seu pé e encontro o ponto onde a picada foi dada. Um grande círculo vermelho se formou e estava claramente inchado.

---- Caralho!

Nesse momento ela pega meus ombros e se aproxima fracamente.

---- Eu estou com... medo Josh... meu... coração está doendo.

FODA! nesse momento eu sinto um calafrio. Não sei o que fazer! Eu sou bom em matar pessoas, não em ajudá-las, merda!

---- Any... Escuta eu vou te... ajudar, ok? Só.. calma aí você vai ficar normal novamente

A levanto em meus braços sem esforço, ela não pesa nada e sua cabeça está pendendo ao meu lado.

Corro em direção ao meu quarto sem pensar. A coloco na cama e procuro como um louco em meus remédios se tem algo pra ela.

Anti depressivos,Remédios pra dormi, Boa noite Cinderela... PORRA ACHO QUE ELA NÃO PRECISA DE NADA DISSO!

Volto para a cama. Ela está tremendo e respirando rapidamente.

---- Trarei um cobertor - Falo mais pra mim mesmo do que pra ela.

Depois de cobrir seu corpo com um de meus cobertores, me sinto um inútil por não saber o que fazer pra ajudá-la
Ela vai morrer,mordida de uma aranha sem cuidados pode levar a morte.
Quando penso nisso, percebo que não quero que isso aconteça. É a primeira vez que moro com alguém depois...
deles, e essa garota pode ser uma idiota sensível,mas eu me acostumei a ela, diria até que mais do que apenas me acostumar, mas não posso pensar ISSO agora. Ela vai acabar tendo um maldito ataque e eu ficarei sozinho de novo.

---- Any... ANY - chamo sua atenção, ela olha pra mim com os olhos marejados - Eu irei sair.. - NAAO - ela protesta - Escuta! Eu irei rápido, tenho que te trazer algum remédio eu não sei... mas não posso ficar aqui, se eu ficar você vai morrer entendeu?! - respondo firmemente.

---- Tudo bem... - ela sente uma nova dor e faz uma careta - Espere!

Paro no caminho e a olho.

---- Eu... eu não tenho medo de você Josh - E desmaia novamente.

Fico parado e pisco várias vezes por um momento, e pela primeira vez sinto algo que pensei que nunca sentiria novamente...

Meu coração.

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A prisioneira de Josh The killer  Where stories live. Discover now