Capítulo 27 - Surpresa

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— O que?

— Precisamos de uma gravação dele chefiando aquilo, ou quando o prendermos, vai dizer que estava investigando e nós o atrapalhamos.

— Não podemos entrar lá.

— Meu filho pode.

— O QUE?

— Com um drone. Ele é bom com aquilo. – Eles se entreolharam. — Qual é, precisamos resolver isso, pelas meninas e sem ajuda de ninguém para variar. Só reunimos o time depois e quebramos todos na pancada. Já descobrimos quem é o ajudante.

— Tem um ajudante?

— Sim, mas eu nem foquei muito nisso quando lembrei do McConaughey. Amanhã cedo vamos com o meu moleque no shopping e compramos um drone pequeno, sem luzes e com bastante tempo de vôo.

Retornamos a nossas casas e fiquei pensando no caso até anoitecer.

×××

Meu filho estava eufórico por nos ajudar em uma missão.

— Bom, pequeno, talvez isso filme algumas coisas pesadas, você consegue controlar isso só comigo te orientando?

— Claro, mãe. – Assenti, ficamos fazendo rondas aqui durante o dia para encontrar um lugar para o Doninho conseguir invadir com o drone. — Só pra entrar e sair não, vou fazer transmissões para os celulares de vocês, me emprestem eles desbloqueados, por favor. – Fizemos e logo nossas telas ficaram pretas. — O comando fica comigo e deixa eu apagar as luzes dele.

Logo o drone voou e ele o colocou sobre o nosso carro. Ficamos aguardando o McConaughey, depois de vinte minutos outro cara de preto chegou.

— Não esquece de gravar, filho.

— Okay.

— Pode ir, Deuso. – Dinah falou e ele começou a voar, fiquei mostrando meu celular para ele conseguir entrar e depois seguimos dando instruções. Só quando chegamos no quarto andar, começou a movimentação.

— Precisamos achar a sala do chefe.

— Tem que ser aí, no dia da invasão, ele falou que daria certo, pois quatro era o número da sorte dele.

— Precisamos entrar na calefação. – Adônis assentiu. — Volte para o outro andar, um dos quartos que entramos tem um buraco na parede.

Ele o fez, deixei ele se guiar sozinho até ele conseguir entrar em um cano. Ai ele começou a percorrer até chegar no quarto andar. Um... dois... três... e no quarto buraco de oxigenação a sala era bem refinada. Ele estacionou o drone ali e ficamos esperando.

McConaughey segurava um charuto e parecia conversar com alguém. Adônis ligou o microfone do drone.

— Não! Precisamos de alguém jovem e bonito!

— Vamos fazer as mesmas coisas que o escorpião?

— Queremos o lucro dele, não? E outra, caso um dia descubram, colocaremos a culpa nele.

— Acho que já temos gente demais por aqui.

— Gente com cheiro de podre. Acha que alguma novinha vai entrar no carro com o Ramires? Não seja imbecil.

— Mas quem? – Meus olhos não conseguiram acreditar quando nosso chefe sentou na mesa com McConaughey.

— Isso não pode estar acontecendo. – DJ falou e Chan estava em estado de choque.

— Um dos meus homens?

— Muito arriscado!

— Eu não iria nos certinhos, todo pastor sabe qual das suas ovelhas é a negra.

— Pensei que ia falar com a sua mimosa Cabello. – Fassbender gargalhou, de um jeito tão debochado que meu estômago revirou. — O que?

— Se ela soubesse que já comi aquela quando cheirava o novo aquela putinha que ela tanto cerca não me admiraria tanto.

— Provavelmente ela mataria você.

— Ela está certa em cercar tanto é uma delícia mesmo.

— Eu sei. – Eles brindaram e eu acertei um soco no vidro do carro fazendo o mesmo trincar. Eu sai do carro, mas Chan me segurou.

— Hey... Use a cabeça. – Ele segurou meu rosto para que eu o encarasse. — Precisamos de ajuda, não temos mais um comandante e não sabemos quem do time está com ele. Vamos falar com o FBI e amanhã você resolve isso. Respira e volta para o carro antes que nos percebam.

Eu estava fervendo... Queria quebrar todos os dentes dele e eu vou!

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