Enfeitiçado

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Mais cedo naquele dia...

Eu me sentia um completo idiota enquanto dirigia em direção a casa dos meus pais. Minha mãe abriu a boca poucas vezes e todas as vezes que o fez foi para ofender a S/N... Na hora eu fiquei tão sem reação que não pude nem ao menos defendê-la, eu sabia o quanto ela devia estar decepcionada e isso me dava um aperto no peito. Ela não merecia as coisas que passava por gostar de mim, as vezes eu queria poder voltar no tempo para nunca me aproximar dela, só assim ela poderia viver em paz. Ela quw cedonão merece toda essa merda que tem acontecido. Ela me ofereceu um amor tão puro e tudo que eu faço é magoar ela, além de ter permitido que minha mãe a humilhasse. Eu nunca a vi como uma simples empregada nem nunca me incomodei com as roupas dela, eu só estava insistindo para que ela usasse roupas de marca justamente para que não olhassem ela com desdém, infelizmente no mundo dos negócios e das pessoas poderosas tudo que conta é quanto você vale e eles parecem julgar isso pela forma que você se veste, quanto maior o preço nas etiquetas das roupas mais você vale e para mim ela valia muito. Ela era a pessoa mais doce que eu já havia conhecido e eu odiava a sensação de magoa-la apesar de parecer fazer isso até mesmo quando não tenho a intenção. Sou tirada dos meus pensamentos quando minha mãe chama a minha atenção.

Mãe - Ajeita a postura Jaebeom.

Eu a encaro e vejo seus olhos penetrantes me observando, ela sempre teve o poder de me fazer atender seus pedidos com apenas um olhar. Desde que eu era pequeno eu sabia o que aquele olhar significava.

Jay - A senhora disse que queria conversar comigo, mas até agora não disse nada.

Mãe - Eu não iria discutir seu futuro em um shopping ou dentro de um carro, vamos almoçar em casa e então conversaremos.

Eu sabia que não podia discordar dela sem entrar em uma briga, desde pequeno minha mãe sempre foi muito fria comigo, eu tinha mais carinho das babás que ela contratava para cuidar de mim, mas sempre que eu me apegava demais a elas minha mãe as trocava. Ela sempre foi extremamente rígida comigo e eu sempre fiz todas as suas vontades. Quando chegamos a enorme mansão onde cresci percebi que já havia algum tempo que eu não pisava aqui. As cores das paredes eram tão apáticas e cinzentas quanto era a minha vida quando eu vivia entre elas. Minha mãe já chegou gritando com alguns funcionários como ela sempre fez.

Mãe - Sirvam o almoço na sala de jantar!

Ela estalou os dedos e eles saíram para cumprir suas ordens. Eu estava preocupado com a S/N e estava mandando uma mensagem dizendo que o Jin iria buscá-la, mas ela respondeu imediatamente que voltaria de táxi. Que droga, ela estava magoada e eu me sentia péssimo sempre que isso acontecia. Eu e minha mãe nos sentamos a mesa e vejo os funcionários nos servirem apesar de nada parecer me apetecer.

Jay - Mãe, a Senhora pode me dizer o que quer?... Eu tenho que viajar para a Tailândia amanhã a negócios e ainda tenho alguns detalhes para acertar.

Ela levantou as sobrancelhas e suspirou antes de dizer.

Mãe - Você não parecia estar preocupado com tempo enquanto desfilava com aquela "coisinha".

Eu podia sentir o desdém em sua voz e posso imaginar o quanto a S/N estava arrasada depois de tudo que havia acontecido, provavelmente ela está chorando sozinha em algum lugar e imaginar isso partia meu coração.

Jay - Mãe ela não é...

Antes que eu pudesse continuar ela me interrompeu.

Mãe - Insignificante? Insossa? Diferente demais de você para você ao menos chegar a considerar ter algo com ela?

Jay - Mãe...

Mãe - Essa menina é o seu brinquedo, e é claro deve ser bem divertido afinal ela tem diversos "predicados" que os homens desejam entre quatro paredes, mas não para ser sua esposa, não para ser uma Park.

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