The Maid

Abrigo

Eu estava criando coragem para sair do carro e encarar a Jennie, nosso casamento nunca foi o que eu esperei que fosse quando me apaixonei por ela, só que cada dia parecia piorar. Eu não podia acreditar que ela estava me enganando durante todo esse tempo e nem conseguia entender o motivo pelo qual ela fez isso. A S/N me encarava com seus olhos de admiração e eu só conseguia me sentir um canalha por tê-la beijado mesmo sendo casado. A muitos dias eu estava me segurando para não fazer isso, cada vez que ela se aproximava de mim com seus olhos de menina sonhadora eu tinha vontade de beijá-la, abraçá-la e hoje quando eu finalmente fiz isso tive que me controlar muito para não tirar a roupa dela e transar com ela no carro mesmo.

S/N - Acho melhor entrarmos antes que a minha tia veja que chegamos e estamos sozinhos no carro. Ainda não sei o quê vou dizer para ela.

Jay - Não se preocupe, podemos dizer que eu tive uma emergência na empresa e não deu tempo de te trazer e então eu acabei te levando comigo.

S/N - Será que ela vai acreditar?

Jay - Eu espero que sim...Obrigado por hoje!

O sorriso que ela me ofereceu foi tão sincero que me fez sorrir também, as expressões dela sempre entregavam o que ela estava sentindo e estar com ela me trazia paz, ela era o meu abrigo, com ela eu não precisava ficar lendo nas entrelinhas ou decifrando seus pensamentos, na maioria das vezes ela deixava escapar o que pensava e o que ela não dizia eu podia ler em seu rosto. Eu sabia que era perigoso estar tão próximo dela, principalmente após esse beijo, mas depois do que eu descobri hoje não sei se o meu casamento vai sobreviver a essa noite.

S/N - Não precisa agradecer, apesar de tudo que aconteceu, eu adorei fugir um pouco da realidade e passar o dia observando o mar.

Jay - Eu também gosto muito de fazer isso, me acalma...E a sua presença também me acalma. Quando eu estou perto de você eu sinto a mesma sensação que sentia quando era criança na manhã de natal.

Seu sorriso se ilumina e ela pareceu se derreter.

S/N - Os presentes?

Jay - Não, minha mãe fazia umas rabanadas deliciosas e levava na cama quentinhas para mim e esse era o dia mais feliz do ano inteiro, mas quando nós dois estamos sozinhos, todo dia parece manhã de Natal.

Ela corou enquanto seus lindos olhos cor de mel brilhavam para mim, seus olhos se encheram d'água e eu me senti tão em paz que só queria pegar ela e fugir dali.

Jay - Bem, vamos entrar antes que sua tia mande a polícia atrás de nós dois.

Ela sorriu e eu saí do carro. Quando vi que ela estava tentando sair do mesmo sozinha dei a volta rapidamente pegando ela no colo, ela já tinha tendência a se machucar estando bem, imagine estando machucada.

S/N - Não precisa.

Jay - Precisa sim!

Eu insisto e ela coloca sua mão em meu peito e encosta a cabeça no meu corpo me permitindo sentir o cheiro doce e suave de seu perfume. Quando entramos a tia dela correu até nós demonstrando toda a preocupação que eu já imaginava que haveria.

Amélia - Sr Park, S/N! Eu quase morro de preocupação. O que houve?

A S/N corou provavelmente lembrando de tudo que aconteceu hoje nos denunciando imediatamente e sei que a Dona Amélia percebeu pois o olhar que ela lançou para mim foi de crítica.

Jay - A culpa foi minha, depois do médico apareceu um problema na empresa e eu tive que ir resolver correndo, então não tive tempo de trazer a S/N e acabei levando ela comigo.

Amélia - Hum...E porque você não pegou um táxi S/N?

Jay - Eu não deixei. O médico foi bem claro ao dizer que ela tem que repousar e que não pode forçar o pé no chão. Pelos próximos dias ela tem que ficar em repouso absoluto!