Meu pai nos apresenta adequadamente e quando ela chega mais perto de mim a bebê em seu colo me lança um adorável sorriso e estica sua mão gordinha em minha direção.

-Acho que ela já gostou do irmão mais velho. – Karen diz para mim. –Quer pegá-la?

Não sei se estou pronto para esse passo, mas a bebê já está praticamente se jogando em meus braços e eu acabo por pegá-la.

-Ela é linda. – Niall sorri ao meu lado e segura a mãozinha dela. –Ela tem quantos meses?

-Dez, logo completa onze. – Karen lhe responde.

A bebê continua a sorrir para mim e me vejo sorrindo para ela também, não dá para negar o quanto ela é adorável.

-Ela parece com você quando era um bebê. – Daniel diz para mim chegando mais perto e acariciando os cabelos de nossa irmã.

-Sim, eu sempre achei isso. – nosso pai diz e ouvi-li falando isso me incomoda um pouco, mas tento não transparecer e volto a olhar para minha irmã.

Confesso que eu estava um pouco reticente sobre conhecê-la, mas ela não tem culpa de nada e segurando-a agora em meu colo é impossível não me apaixonar um pouquinho por ela.

-Você se importa de segurá-la um pouco enquanto vou lá dentro pegar alguns pratos? – Karen me pergunta.

-Não, eu fico com ela. – digo e ela sorri antes de entrar na casa.

-Ei, eu queria mesmo agradecer a vocês por terem vindo e por estarem sendo tão bacanas com a Karen e a bebê. – nosso pai nos diz.

-Estamos tentando. – Daniel responde e eu apenas concordo.

-Isso é o suficiente para mim. – ele sorri. –Vamos me dar uma força na churrasqueira, já está quase tudo pronto para nosso almoço.

Daniel o segue para a churrasqueira, mas eu vou até uma mesa que está montada ali no quintal e me sento com a bebê ainda em meu colo e o Niall ao meu lado.

-Ela é tão boazinha. – Niall diz enquanto brinca com a Mary. –E viu como ela praticamente se jogou em você? Foi adorável.

-Não dá para negar que já estou meio apaixonado por ela. – admito e ele ri. –A Karen também parece ser gente boa, na verdade meu problema é só com o meu pai, é com ele que eu não consigo lidar bem ainda.

Olho para onde ele e Daniel estão na churrasqueira e Niall segue o meu olhar.

-Seu irmão parece mais aberto a essa aproximação.

-Sim. – concordo. –Ele tem mais lembranças do nosso pai, lembranças boas também, e acho que sempre esperou por esse momento, já eu nem pensava direito nele mais.

-De qualquer forma eu estou orgulhoso por você estar aqui hoje enfrentando isso.

-Daqui uns vinte dias eu vou visitar a minha mãe. – digo e ele me olha com surpresa.

-Sério? Quando decidiu isso?

-Hoje mais cedo, o Daniel disse que o pessoal da clínica entrou em contato com ele e disseram que ela está um pouco melhor e já pode receber nossa visita. – explico. –Infelizmente lá você não poderá ir comigo porque só pode entrar família.

-E tem certeza de que você está pronto para vê-la? – ele me pergunta com preocupação.

-Sinceramente, não sei. – admito. –Mas está na hora de começar a enfrentar tudo isso de frente, até porque se tudo der certo em alguns meses nós estaremos na faculdade e eu preciso resolver tudo isso até lá.

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