— eu gosto de Lauren, Camila, eu só não consigo ver vocês duas como um casal. Você sempre foi casada com o Chris, nunca teve jeito de quem gostava disso. (N/A: Aham, Senta lá, Cláudia)

talvez a senhora só não me conhecesse de verdade. — escoro minhas mãos na pia sentindo Eliza se mexer dentro da minha barriga.

— você não entende o que é ver um filho tomar um caminho diferente daquele que você sonhou. — ela fala com a voz mais baixa agora. Me viro em sua direção.

— exato mãe, você sonhou! Era um sonho seu, não meu, mas mesmo assim eu o estou realizando.
Você queria me ver casada, com filhos, feliz e eu estou mãe! A única coisa que muda é que é uma mulher ao meu lado e isso não deveria fazer diferença alguma para você!

— não adianta bater nessa tecla com você. — ela suspira.

— não mesmo, eu também sou mãe agora e a única coisa que sei é que sinto um amor tão grande por essa menina que nunca vou deixar nada nesse mundo machuca-la enquanto isso estiver ao meu alcance. Eu não sei como você foi capaz de me machucar daquela forma. Você deveria sentir o mesmo amor por mim. — um nó começa a se embolar em minha garganta mas eu me recuso a chorar.

— eu te amo, filha. Camila, por Deus, você é minha única filha, é claro que eu te amo. — ela se levanta e vem para perto de mim.

— você perdeu um dos momentos mais importantes da minha vida, mãe. — suspiro passando a mão em minha barriga. Eliza estava agitada com toda aquela falação.

— ela está mexendo? — minha mãe muda de assunto e me encara.

— está. Eu estou nervosa, ela também fica. — digo enquanto vejo ela se aproximar ainda mais.

— me desculpe, não era minha intenção. Eu juro que não vim aqui para brigar ou prejudicar você. — ela parece ser sincera em suas palavras e tento abaixar minha guarda por um segundo.

Estico minha mão em direção a dela e a seguro trazendo para perto da minha barriga. Ela me olha curiosa e nada fala, apenas deixa que eu guie seus movimentos e logo repouso sua mão no local onde Eliza da seus chutinhos.
Ela abre um sorriso enorme e vejo lágrimas em seus olhos. Ela coloca ambas as mãos agora sobre meu ventre e acabo sorrindo também.

— você já está quase ganhando, não está? — ela pergunta.

— estou, ela pode nascer a qualquer momento. — respondo.

— me desculpe por isso. Por tudo, por tudo que te falei. Não imagina quantas noites de sono eu perdi, filha. Quantas brigas tive com seu pai... Eu prometo que vou me esforçar. — ela fala e passa os braços sobre meus ombros me dando um abraço.

Suspiro aliviada por um momento, eu só queria que ela pudesse ficar feliz por mim e que tudo ficasse bem. Que ela pudesse acompanhar o crescimento de Eliza e que estivesse presente porque eu sabia o quanto os avós estarem por perto era importante. Tanto eu quanto Lauren sempre fomos criadas com a família reunida, avós, tios, primos, não queria que Eliza fosse privada de nada daquilo por ignorância da minha mãe. Não queria que ela crescesse achando que Sinuhe odiava Lauren.

Quando minha mãe vai embora, me direciono até a sala onde vejo Lauren sentada assistindo alguma coisa. Ela abre os braços para mim e vou em direção a ela.

— conversa com essa menina, por favor, ela está acabando com as minhas costelas. — resmungo sentando ao seu lado e não demora para que ela aproxime o rosto da minha barriga.

— ei, filha, você está com fome? Que tal se a mamãe levar vocês para jantar fora hoje? — Lauren tem um sorriso brincalhão nos lábios enquanto conversa com nossa filha.

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