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Helena Scott.

- Oi, filha. Como você tá?- a maldita mulher perguntou.

- Caralho.- eu revirei os olhos.- O que você tá fazendo aqui?

- Essa casa também é minha.

- Era.- corrigi.- A Isis, minha mãe, te expulsou.

- A Isis não é a sua mãe, mas eu não vou discutir sobre isso com você agora.

- Ah, não quer discutir?- perguntei irônica e ela negou.- Então por que você veio aqui?

- Abaixa essa faca por favor.

- Tô muito bem com ela, obrigada.

- Que seja, eu vim aqui pra conversar com você.

- É, mas eu não quero. Então vai embora por favor.- eu apontei pra porta.

- Me escuta, por favor. Eu tô indo embora da Califórnia hoje.

- Já era pra ter ido embora há muito tempo, né? Mas fala, antes que eu desista.

- Eu queria dizer que você tem razão, eu sou uma péssima pessoa e você não merecia ter tido eu como mãe. Eu acho que eu tive a minha chance com a Lauren.

- Que bom, né? Que você não foi assim com a Lauren, ela é uma pessoa tão especial que não merecia nem saber da existência desse seu passado.

- Pois é, mas eu quero que você não duvide do meu amor por você. Eu queria te trazer pra cá para construir uma nova família, mas você tem os seus traumas.

- Traumas que você causou, você não queria me trazer pra cá porque você me ama. Era só pra alimentar o seu ego, de você chegar na frente do espelho e falar que você conseguiu.

- Talvez tenha sido isso, mas eu te amo demais e você não merecia ter passado por aquilo. Talvez em outra vida eu tenha mais maturidade pra ser a mãe que você merece.- senti algumas lágrimas se formarem nos meus olhos, mas eu prendi o choro.

- É, tomara que você esteja mais preparada pra isso.

- Me perdoa... Eu posso?- ela abriu os braços.

- Vai logo.- ela me abraçou.

Escutei buzinas e logo a mulher me soltou.

- Eu tenho que ir agora.- ela beijou a minha testa e colocou a chave de casa na minha mão.- Eu te amo e adeus.- ela limpou as lágrimas dela e saiu de casa.

Eu demorei um tempo pra raciocinar tudo e quando me dei conta, sentei no sofá e comecei a chorar.

Ai não.

Eu não posso ter outra crise.

Mais do que nunca eu precisava contar isso pra alguém.

Eu poderia contar pra Isis, mas ela não tá em casa.

E também não poderia contar pra Lauren.

Pro Felipe, porém já é um pouco tarde.

Ou pro Lucca, mas eu não sei onde ele mora e também não sei onde a Wanda mora.

No fim das contas, a única opção era o Felipe.

Coloquei a faca na cozinha novamente e arrumei meus cabelos.

Eu saí de casa e enquanto eu tava andando, me acalmei um pouco.

Eu tava me sentindo mal.

Era impressionante como aquela mulher me deixava assim.

E hoje ela iria embora, como se não tivesse deixado nenhum buraco em mim.

Eu sempre tive esse vazio e ele aumentou quando eu vi ela de novo.

Talvez fosse o buraco do amor que ela devia ter me dado.

Eu não tô falando que ela era obrigada a me amar, mas ela era a minha mãe.

E eu fui sentindo falta desse buraco quando eu me aproximei mais do Felipe.

Eu apertei a campainha da casa do dele e esperei alguém atender.

Nada.

Ninguém atendeu.

Nem a Nala tá em casa agora?

Puta que pariu, hein?

A casa assombrada?

Ou abandonada?

Que merda.

Quando eu desisti de falar com o Felipe, ele atendeu a porta.

- Oi.- ele falou e o cheiro do seu perfume invadiu o meu espaço.

Ele tinha acabado de sair do banho e agora eu estava me sentindo culpada.

Já que esse menino só toma banho uma vez por mês e eu interrompi.

Ele estava apenas com uma calça de pijama e sem nenhuma blusa.

- Amor, o que aconteceu?- ele veio até mim e abraçou a minha cintura.

Borboletas novamente estavam na minha barriga.

- Calma, Helena.- o Felipe fechou a porta, ainda abraçado comigo e me levou até a sala.

- Minha mãe, ela apareceu lá em casa e...- eu voltei a chorar e ele me deu um beijo na testa.

- Calma, eu tô aqui agora.- ele fez carinho nas minhas costas.- Eu só quero que você se acalme primeiro e depois me fala o que aconteceu.- ele foi até a cozinha e eu sentei no sofá.

Voltou de lá rápido e me entregou um copo de água.

- Obrigada.- eu disse quando terminei de beber a água.

- Você quer ir pra montanha e me contar mais calma sobre o que tá acontecendo?

- Quero, eu acho que vou ficar mais calma lá e eu posso me distrair também.- ele assentiu e pegou uma blusa branca que estava jogada no sofá pra colocar.

Foi até uma mesinha e colocou a chave do casa no bolso e continuou com a do carro na mão.

- Vamos.- eu levantei e ele colocou a mão nas minhas costas me guiando até a porta.

Assim que ele abriu a porta, a figura da Ashley se materializou ali e eu dei um passo pra trás pelo susto.

- O que você tá fazendo aqui?- o Felipe perguntou irritado.

- Eu já ia bater na porta e eu vim conversar com você.- ela foi até a sala e o Felipe revirou os olhos.

- Quem te deixou entrar aqui?- ele perguntou.

- Sério que você tá com ela?- ela fez outra pergunta.

- Sério que você saiu do hospital?- eu perguntei irônica.

- Eu fui pro hospital porque falei da sua mãe, né?

- Olha aqui garota.- eu fui pra cima dela, mas o Felipe me puxou pela cintura.

- Vai embora, demônio ruim.- o Felipe falou e eu segurei uma risada.

- Já que você tá me tratando assim, vamos lembrar de quem falou da mãe da Helena pra mim?

- Cala a boca, Ashley...- ela interrompeu.

- Eu acho que você se esqueceu, mas foi você meu querido Felipe, que me contou sobre a mãe dela.- a Ashley disse com um sorrisinho cínico.

continua...

Se bater 110 comentários eu posto o próximo capítulo.

Eu tô brincando, sei que não vai bater mesmo, mas vocês que sabem.

Querem capítulo hoje ou só amanhã?

A chantagem emocional da gata.

Beijos e até amanhã ou até mais tarde.

Não sei, tudo vai depender de vocês.

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