CAPÍTULO 16

598 10 0
                                    

Na noite passada, a festa tinha sido ótima para alguns, e muito ruim para outros. Para Camila e Mônica, a festa tinha sido maravilhosa. Camila e Mônica estavam felizes que conseguiram fazer o Lucas se sentir péssimo, mas ainda isso não era o suficiente para elas. Além de ainda quererem se vingar mais, elas ainda gostavam dele, um sentimento difícil de ser retirado.

— Meu Deus do céu, minha cabeça vai explodir. Eu acho que bebi toda a fábrica de bebidas. Nossa, eu não me lembro de ter bebido tanto como ontem. Ou eu bebi tanto que nem lembro mesmo. — Mônica dizia, descendo do quarto.

— Pelo visto a festa te fez muito bem, né? Até amizade com a Camila já fez. Milagres realmente acontece. — Cecília dizia, colocando a mesa.

— Como assim, amizade com a Camila? Oque eu aprontei ontem? Ah meu Deus, tenho até medo de saber. Vovó, por favor, me diz oque aconteceu. — Mônica olhava para ela, preocupada.

— Nada, não aconteceu nada tão grave. É que você bebeu muito, aí ela te trouxe, e trouxe também o Ross e a Sabrina. Ela disse que estava muito tarde, e vocês estavam bem alterados, então ela pagou um táxi e trouxe vocês. — Cecília sentava na mesa.

— Que gesto legal dela, depois do trabalho eu passo lá para agradecer. Eu não me lembro de nada que fiz ontem a noite. Isso é bom e ruim. Mas eu prefiro deixar essa noite apenas no passado mesmo.

— Mônica, eu esqueci de falar, o Ross está sentando lá fora desde que ele acordou. Ele e a Sabrina dormiram aqui, ela foi embora, mas ele, acho que quer falar com você, ou só está passando mal mesmo. — Cecília dizia, e ria

— Eu vou lá falar com ele, eu até já sei oque é. Espero que essa história se resolva hoje também. — Mônica se levantava, abria a porta.

Mônica via ele sentando na calçada. Ela amava muito ele, e sabia oque ele estava passando, e sabia que não era culpa dele. Ela ia até ele, e sentava ao lado dele. Ela não deixaria que aquela amizade acabasse por conta de sentimentos. Durante muitos anos, o Ross era a única figura masculina que Mônica aceitava ter por perto. Ela gostava dele, exatamente por ele não ser como os outros meninos. Ele era o amigo que toda garota gostaria de ter.

— Nossa, você acordou até que cedo. Eu esperava que você fosse acordar depois do meio-dia. Você também está passando mal? Eu não estou aguentando de tanta dor de cabeça. — Ross olhava para ela.

— É, eu estou um pouquinho mal, mas depois isso passa. Ok, vamos lá. Ross, eu sei que você gosta de mim, mas como eu já te disse, você é meu melhor amigo, que criou um laço forte comigo. Antes eu só confiava em dois meninos, Lucas e você, e parabéns, você agora é único. — Mônica dizia, e ria.

— Gostar de você era muito bom, mas eu acho que o maior sentimento que eu tenho por favor, a amizade, ela conseguiu superar qualquer paixão. Você é uma garota linda, que todo garoto sonha em ter. Eu sonhei também, e aceito que isso vai ficar apenas no meu sonho.

— Ross, eu também te amo! Você é a melhor pessoa que alguém poderia ter na vida. Mesmo você me amando, você me respeitou quando eu estava com o Lucas. Você é tão incrível, garoto, e eu me sinto tão culpada por não te amar de volta, nesse sentido romântico.

— Olha, Mônica, está tudo bem, eu não quero que fique um clima estranho entre nós, ok? Eu posso ter desistido da escola, mas tenho inteligência suficiente para querer que nada mude entre a gente. Mas eai, topa amizade colorida? — Ross ria, olhando para ela.

— Ah meu Deus, nem nas horas sérias você não para com essas palhaçadas? Mas ok, só um beijinho você merece ganhar, mas nem vem que eu não vou fazer amizade colorida. — Mônica dava segurava o rosto dele, e dava um beijo nele.

Amor em dobroWhere stories live. Discover now