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__ Fanel não pode ficar e lutar com essa barriga, mas ela também não pode correr- constata Heaven__ Temos de aguentar até Klaus chegar, ele já sabe que me machuquei.

__ May, protege a Fanel e tente a tirar daqui. Eu e Heaven vamos tentar os atrasar- diz Blanca e todos concordam.

__ Eu queria muito ficar e ajudar vocês, mas não posso colocar os meus filhos em risco- digo com lágrimas nos olhos e Heaven acarecia meu ventre me encarando decidida depois.

__ Vai Fanel, nós vamos ficar bem- diz e concordo.

May segura minha mão e voltamos pela trilha.

__ A VRYN ESQUECEU ALGO- ouço Blanca gritar antes de ouvir o barulho de um impacto.

__ DOIS DELES ESTÃO VINDO, SE ESCONDAM- ouço o grito de Heaven e encaro May com medo.

__ Não se preocupe Vryn, fica calma. Vamos nos esconder- sussura May.

Nos escondemos de trás de uma rocha perto do lago, seguro um pedaço de madeira velho que estava ali e o parto ao meio para me defender se necessário. Sinto meus bebês agitados, como de soubessem do que está acontecendo.

Se minha segunda forma tivesse ao menos despertado, talvez ela pudesse me ajudar e não me sentiria tão inútil e desprotegida.

__ Vryn precisas avançar, tente chegar na casa da avó de Mouvryn, ela pode te proteger lá- diz May me encarando decidida__ Eu irei atrasar os dois.

__ Não vais conseguir, são dois- digo e ela segura meu rosto me encarando intensamente.

__ Não pense nisso, somos capazes de tudo para proteger você e essas crianças. Ande com cuidado, se esconda entre as árvores e tente o máximo não ser vista- diz e concordo chorando.

__ Tudo está silencioso, o que aconteceu com Heaven e Blanca?- pergunto preocupada e ela me encara triste.

__ Vai Vryn- ordena e sai da gruta, tento segurar seu vestido para a parar mas não consigo.

__ Fiquem calmos, fiquem calmos por favor- peço chorando enquanto acarecio minha barriga, isso parece os deixar mais agitados.

Seguro os dois pedaços de madeiras e olho ao redor tentando ver por onde saio quando sinto um impacto na minha cabeça e caio na terra húmida. Sinto uma dor extrema na minha testa, levo meus dedos até lá e eles voltam ensaguentados.

__ Pelas asas- sussuro assustada olhando ao redor tentando ver o que me atingiu, mas a escuridão já está dificultando as coisas.

Me levanto e sem deixar as madeiras quando sinto alguém puxando meu cabelo. Bato o meu cotovelo contra o estômago do ser e me viro o acertando com a madeira no rosto. Ele revida com um soco em meu rosto, pego a madeira com força e tento enfiar em seu estômago mais ele bloqueia meu ataque, com a outra mão enfio a madeira em seu olho, ele grita enquanto sangue sai em abundância e ele tenta retirar a madeira do seu rosto. Aproveito a distração dele e enfio a outra madeira no seu pescoço com toda a minha força.

O dou as costas e começo a correr da forma que posso, meus bebês estão agitados demais e tenho medo de correr demais e acabar os prejudicando.

Caminho apressadamente, desvio as árvores, os ganhos, tento não tropeçar nas pedras e raízes. Tento ser rápida e cautelosa ao mesmo tempo.

__ Eu vou proteger vocês, fiquem calmos por favor- peço descansando um pouco, acareciando minha barriga.

Toco minha testa novamente e solto um gemido de dor, não parou de sair sangue em nenhum momento, tanto que já sujou até minha roupa.

Volto a caminhar quando ouço um som estranho me deixando em alerta, olho ao redor procurando um lugar para me esconder e não encontro. Resolvo continuar quando sinto algo afiado atravessar minha perna me fazendo gritar instantâneamente, coloco as mãos em frente ao meu corpo para elas sustentarem todo o meu corpo e minha barriga não sofrer o impacto. Felizmente consigo e ao cair minha barriga não sofrer o impacto, mas os meus braços ficam dormentes.

Me viro com cuidado me sentando no chão, observo a flecha que atravessou minha perna e continua ali. Respiro fundo sentindo minhas lágrimas descerem sem controle, olho ao redor com medo e assustada.

Quem está me fazendo isso?

Busco toda a minha coragem e seguro uma parte da flecha pronta para a tirar da minha perna, conto até três e no dois puxo a flecha para fora. Solto um grito doloroso sem conseguir me conter.

Deixo a flecha de lado e rasgo o tecido do meu vestido, faço duas tiras. A primeira amarro ao redor da minha perna, amarro bem forte e a outra ao redor da minha testa. Quando tento me levantar ouço o som novamente, procuro ao redor novamente quando sinto algo fechar minha visão.

Observo a mão feminina a minha frente e a flecha que ela segurou que vinha tingir minha testa. Subo meu olhar pela mão feminina, pelo braço, pescoço, até chegar ao seu rosto e percebo que um capuz esconde seu rosto.

Ainda em choque dou graças as asas por essa mulher aparecer, ela salvou minha vida. Vejo ela retirar sua espada e cortar todas as flechas até são lançadas em nossa direção, ela avança na direção em que vem as flechas entrando na floresta.

Tento me levantar para fugir, mas não sinto minha perna, pego a flecha ensaguentada e me arrasto com cuidado com o auxílio das minhas mãos.

Vou recuando com cuidado quando uma cabeça sai da floresta rodando até parar nos meus pés, a mulher preta com uns símbolos estranhos em dourado vem até mim e se ajoelha de frente para mim e tenta mexer meu machucado quando chuto sua mão com o meu pé.

__ O que estás fazendo?- pergunto desconfiada.

__ Preciso aplicar algo para que não percas sua perna, as flechas estão envenenadas.

__ Como sabes que as flechas estão envenenadas?- pergunto ainda mais desconfiada.

__ Eu acabei de salvar sua vida menina- diz irritada tentando tocar meu ferimentos novamente, mas chuto sua mão.

__ E por isso devo confiar minha vida a ti?- pergunto irritada__ Me mostre seu rosto então.







Ela mostra o rosto ou não?

Quem será a salvadora não tão misteriosa?





Mouvryn MortWhere stories live. Discover now