Ruin My Life ♠ Yuta Nakamoto

♤ Capítulo 49

Yuta Nakamoto POV

Depois do discurso o meu pai saiu da mesa e foi falar com muita gente, muitas pessoas também acabaram por ir dançar pois todos os discursos acabaram e agora vem a parte de festejar até a última pessoa sair.

1 hora depois a Mariko já devia ter bebido todo o champanhe e vinho da mesa e já tinha passado mais de meia hora a dançar com todos os rapazes, até com o Hayato. Quando vejo a Naomi vir até mim a Mariko aparece à frente e eu tento não me rir porque eu sei que ela mesmo um bocado bêbada estava a observar a Naomi, típica Mariko.

Eu: Está tudo bem? -pergunto levantando-me da cadeira e pondo-me frente a ela e ela olha-me diretamente nos olhos e se ela ainda fosse minha namorada e me desse aquele olhar eu juro que esta noite ia ser muito longa, puta que pariu-

Mariko: Não queres dançar comigo? Não há ninguém mais sincronizado do que nós -diz e olha-me de cima a baixo e eu desaperto a gravata e pouso-a na minha cadeira e pego na mão dela e vamos para a pista de dança-

Eu: Nunca perdemos a sincronização no final de contas -digo-lhe ao ouvido-

Mariko: Isso nunca vai acontecer, ficamos em primeiro lugar dois anos seguidos, estamos mais do que habituados ao estilo um do outro -diz virando-se para mim e aproximando-se muito de mim, a um nível que chega a ser perigoso-

Eu: É interessante que queiras dançar comigo logo quando a Naomi vinha ter comigo -digo e ela aproxima-se mais-

Mariko: Se quiseres ir ter com ela estás à vontade, não sabia que tinha incomodado -diz e começa a ir embora e eu seguro-a pelo pulso e ela vira-se e eu puxo-a e ela fica colada a mim-

Eu: Sabes muito bem que nem há nenhuma escolha aí, anda aqui -digo e mais uma música lenta começa a dar e eu apenas agradeço pelo meu sentido de oportunidade, durante a dança lenta ela encosta a cabeça ao meu peito e continuamos a dançar e eu penso no quão errado isto é para ambos, como é que vai ser amanhã quando tudo voltar ao mesmo?-

Quando acordar sozinho mais um dia? Quando passar mais um dia sem ela nos meus braços? Isto fode com o meu psicológico. E é das poucas vezes em que eu não sei que caralho fazer. 3 anos a melhorar para foder todo o meu psicológico numa noite, aquelas escolhas de vida fantásticas que só eu sei fazer.

Mariko: Preciso de apanhar ar -diz no fim da música e sai a correr para o jardim e eu vou atrás e vejo que algumas pessoas observavam-

Eu: Estás bem? -pergunto e vejo que ela tira os sapatos, ela já está com aquilo há 5 horas, faz sentido-

Mariko: Não sei -diz sentando-se num dos bancos que lá tinha e eu tiro o casaco e ponho-o nas costas dela e ela olha para mim pensativa- Porquê? -pergunta e eu olho confuso para ela-

Eu: Porquê o quê Mariko? -pergunto tentando perceber-

Mariko: Porque é que és tão fodidamente perfeito? Porque é que és tão insubstituível? Porque é que foste tão bom namorado que agora nenhum homem parece ser capaz de concorrer? Porque é que caralho me fizeste isto? -pergunta e eu fico em silêncio-

Eu: Mariko, achas que eu não sinto a mesma coisa? Porque é que achas que em 3 anos não consegui ter nada sem ser casos de uma noite? -pergunto e ela tira o olhar de mim e eu sento-me ao lado dela e olho-a nos olhos- Porque é que és tão única? Porque caralho é que tão difícil encontrar alguém que te tire da minha mente? Porque é que não consigo ter um sentimento minimamente parecido com o que tive contigo? Porque é que és tão perfeita?

Depois disso o silêncio ganhou, ambos parecíamos ter desabafado mais do que suficiente, era demasiado para uma noite. Esta noite não foi nada daquilo que eu esperava, eu pensei que ela me tinha ultrapassado, pensei que era o único preso no que aconteceu há 3 anos atrás e não sou.

Eu: Onde vais? -pergunto quando ela se levanta e levanto-me também-

Mariko: Embora, é uma e tal da manhã, doem-me os pés, bebi mais do que devia e quando estou num estado deprimido gosto de ficar em casa, sozinha, na cama a comer e isto está longe disso -diz e dá-me o casaco- Fica bem Yuta -diz começando a sair mas quando eu falo ela pára de andar mas não se vira-

Eu: Eu ainda te amo, tanto quanto antes, talvez mais. Podes ser a minha pessoa certa no tempo certo? Eu prometo que agora tenho todo o tempo para ti que precisares. Eu sei que sentes o mesmo e sei que não há nada que garanta que desta vez é a altura certa, mas eu tenho a certeza de que se não tentarmos de novo isto vai continuar assim. Foda-se Mariko! Eu não tinha o mínimo contacto contigo em 3 anos e sinto que te amo mais do que nunca. Eu não consigo continuar assim mas deixo o resto em ti. Deixo-te pensar nisso e quando souberes o que queres tens o meu número, dia ou noite, liga.

Depois disso ela voltou a andar e foi embora, eu dei um murro ao banco, e doeu porque aquilo era de pedra, foi uma ideia estúpida e ainda bem que não parti a mão. Quando entrei ela já tinha ido embora, juntamente com os pais, tal como eu esperava. A maior parte das pessoas também o tinham feito e ainda bem. Os rapazes e os meus pais olharam para mim com o resto de esperança que ainda tinham e eu neguei com a cabeça.

Meia hora depois estávamos todos a ir embora, mas claro que eles não me deixaram ir sozinho e fomos todos para minha casa. Bebemos e falamos mais um bocado e depois acabamos por adormecer. Esta noite foi bem mais do que eu esperava que fosse...