18. Lutas.

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Seguro a mão de Layla firme, toda vez que chegamos juntos na faculdade ela se afasta. Não dessa vez, não mais, não é difícil aparecer concorrência aqui também e não estou com menor vontade de ver algum marmanjo dar cima da minha mulher.

Ela me olha confusa, sorri tímida, a mão presa a minha. Não permito que ela se afaste mesmo quando entramos na sala de aula, lanchamos juntos porque eu quero estar com ela e foda-se todo o resto.

_ Tenho uma luta nesse sábado. Você disse que queria ir...

_É!? - eu esperava que fosse ficar feliz, mas parece confusa. - Você está diferente... - ela solta depois de um tempo em silêncio, estamos indo para o meu apartamento.

_Um diferente bom ou ruim?

_Bom. Muito bom! - Layla responde com um sorriso. - Não posso ficar hoje, prometi ao meu pai que iria para casa.

_Certo. - respondo contrariado, eu queria que ela ficasse.

...

_Eu não quero saber, é bom me devolver a porra da grana se quer continuar comendo a Layla. Porque eu não te paguei para ficar foder com ela, te paguei para acabar com ela. Eu quero ver ela humilhada! - Dimitri continua gritando - Se eu soubesse que você ficaria como uma marica apaixonada eu não teria investido toda aquela grana!

_Não estou apaixonado por ela. Só acho que a Layla é maneira... - dou de ombros pouco me importando com o ataque de pelanca que ele dá. - tenho uma luta amanhã, vou te dar parte da grana na segunda. - termino de dizer com outro dar de ombros.

_É bom você me pagar, centavo por centavo, Negão. Se não...

_Se não o que otário! - parto para cima dele mostrando que não estou com medo.

_Qual é!? - ele levanta as mãos e m rendição.

_Meninos!? - Layla aparece no estacionamento, ela olha de mim para o Dimitri e depois de volta para meu rosto - Está tudo bem aí?

_Seu namorado que estressadinho. - Dimitri solta cheio de sarcasmo, ele me olha dos pés a cabeça e sorri cheio de maldade. - Acho que meu amigo só está precisando desestressar. - ele diz indo na direção oposta a nossa.

_O que aconteceu entre vocês? - minha mulher pergunta indicando a direção em que Dimitri se foi.

_Eu estou devendo uma grana para esse babaca... - respondo e entro no carro dela.

_Quanto!? - os olhos claros estão presos nos meus. Pra quê ela quer saber? - Eu posso te ajudar...

_Nunca! Não vai me dar dinheiro Layla, eu posso resolver minhas questões sozinho. Posso me virar.

_Posso te emprestar então. - Essa garota só pode brincando.

_Não Layla, você não pode, eu não quero que faça isso mesmo sabendo que você tem a grana.

_Ok... - ela diz.

_Ok. - eu respondo. - Vai ou não comigo a luta.

_Você quer que eu vá?

_Eu não estaria se quer perguntando se não quisesse que fosse. - respondo de mal humor.

_Eu vou. - ela responde parando na minha porta.

_Otimo! Te ligo depois.

Saio do carro, atravesso a rua e entro no prédio, dormir fica muito complicado porque Dimitri me manda mensagem ameaçando contar a Layla o porquê de me aproximar dela.

Mando uma mensagem com o endereço da luta e instruções para ela entrae, não falo com ela até o momento em que ela chega no lugar, conversamos rápido. A minha primeira luta é uma das primeiras, venço. A segunda luta é mais difícil, mas consigo vencer. A terceira e última luta eu apanho muito, demoro a conseguir reagir, quase não consigo me manter em pé quando finalmente a puta termina com a minha vitória.

Consigo garantir um terço do valor que devo a Dimitri.

_Você está muito machucado... - os dedos finos da Layla tocam meu rosto machucado. - Está sangrando Ric. - ela continua acariciando meu rosto.

_Meu amor, eu já apanhei muito mais, já saí muito mais arrebentado que isso, não precisa se preocupar. - mostro um sorriso simples a ela.

_Posso te fazer uma massagem, te comprar algum relaxante muscular?

_Eu adoraria ter você como enfermeira.

Não esperava que Layla levasse tão a sério ser minha enfermeira. Ela comprou remédios para dor, me fez a melhor massagem que eu recebi na vida. Comprou um banquete para meu da manhã, caprichou no meu almoço.

Ela é a melhor parte da vida. Não sei desde quando, mas isso é o que ela é.

Estamos nos beijando enquanto filme qualquer passa na tele do notebook, eu estou cheio tesão mesmo estando todo dolorido. Tiro a roupa dela vagar e a minha, vamos nos acariciando, me sinto descobrindo o corpo dela outra vez.

_Não tem camisinha. - sorrio me sentindo  um grande tapado por ter visto isso antes. Sem camisinha, sem sexo esse sempre foi o meu lema, não quero um filho deixado por aí.

Mas toda a certeza que tinha vai embora quando Layla sobe no meu corpo. Se fazer sexo com ela era gostoso com camisinha sem é o paraíso. Eu não deveria ter deixado acontecer principalmente porque ela não toma anticoncepcional, só não resisti.

HopeWhere stories live. Discover now