Capítulo 10

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Eu devo gostar muito de sofrer, a pequena bruxinha só disse algo como "vou ficar sozinha hoje de novo", eu grande idiota que sou ofereci minha cama outra vez. O pai de Layla faria uma cirurgia amanhã de manhã mas, já estava no hospital para fazer a preparação.

Ela parou o carro e nós descemos, eu muito arrependido por ter tido a brilhante ideia de dormir ao lado dela outra vez.

_ Posso... Tomar um banho? - ela pergunta corando um pouco.

_Não tem sais banho princesa, só sabonete barato e chuveiro frio. - eu queria ter sido grosso para quem sabe ela ir embora e não me torturar com aquele corpo colado no meu, o problema é que tinha humor na minha voz.

Eu mesmo estava rindo da minha própria desgraça. Não é irônico? Não... É trágico!

_Eu não me importo Ric, se você não se importar, claro.

_Não importo. - respondo.

Dez minutos, Layla demorou dez minutos, os dez minutos mais longos da minha vida. Ela saiu do banheiro ainda molhada vestindo uma blusa sem mangas minha, a noite estava quente e meu apartamento parecia ainda mais quente.

Tomei banho com muito custo, sem coragem de sair e ver aquela mulher na minha cama. Eu com certeza tinha sérios problemas de masoquismo! Vencido pela preocupação com a conta de água, o mundo, a natureza e, porque talvez eu vire um mutante por ficar aqui tanto tempo, resolvo sair.

A princesa dormia tranquila, o ventilador girava de lado para outro mostrando as pernas pálidas dela. É eu precisava tentar dormir!

...

Acordo às cinco da matina pensando se meu relógio teve algum problema, porque sinto que dormi cinco minutos. É quinta feira ainda. Tenho que acordar Layla e sair para o trabalho logo antes que me atrase.

_Hora de acordar princesa. - balanço ela um pouco.

A loirinha acorda meio confusa, pego minha toalha e saio do quarto para tomar um banho, quando volto ela está vestida, minha cama arrumada, me visto ao ver ela sair para se sentar na sala.

_Foi mal acordar você tão cedo mas, meu ônibus sai daqui cinco minutos.

_Eu levo você Rick, não vou te deixar ir de ônibus quando posso te levar! É mínimo que posso fazer para agradecer. - ela não precisava de tanto papo para me convencer. Aceno concordando com ela que me sorri. - Obrigado!

Chego no trabalho meia hora mais cedo mesmo tendo parado para comer.

_Pode dormir na minha casa todos os dias princesa, se isso significar que você vai me trazer para o trabalho. - digo me abaixando na janela do motorista.

Ela sorri e agradece outra vez.

As sete horas quando entro pela portaria do prédio da faculdade vejo Layla com um saquinho de papel pardo nas mãos e sorriso nervoso.

_ Comprei pra você. - ela diz.

_Porque está me dando comida? - pergunto com humor olhando para dentro do saquinho.

_Meu pai fez uma cirurgia, ponte de safena, correu tudo bem. A questão é que...

_Quer dormir lá em casa!? - ela não me pediria uma coisa dessas!

_Eu não quero ficar sozinha... - ela faz uma carinha de cachorro que foi esquecido na mudança.

Tenho vontade de me bater. Quando foi que eu meti nessa roubada? Me lembrei, quando aceitei dinheiro para fazer ela sofrer, o problema é que quem está sofrendo sou eu!

_Layla... - Eu preciso de sexo e não de comida, para ser exato eu preciso de sexo com você!

_Eu te levo todos dias até o trabalho, pago por tudo que eu gastar! Prometo. Eu... Só não quero estar sozinha se algo acontecer... - vejo os olhos dela se encherem de lágrimas.

_Não vai acontecer nada. - digo segurando ela pelos ombros. - Olha, tudo bem, pode dormir lá até ele voltar para casa.

_Obrigado! - a garota me abraça me pegando totalmente de surpresa, me lembrou uma criança, ela é quase uma criança, inocente e meiga.

Durante as aulas ela se quer olhou na minha direção, como se houvesse algum acordo silencioso para isso.

_ Você está olhando para ela como se quisesse mata-la. - Dimitri abre um grande sorriso maldoso. - Você me deve... Mas pelo jeito que olha para ela as coisas não andam bem.

_Não tá rolando... Outra já teria pulado na minha cama faz tempo!

_Ela é quase virgem tem que pressionar para ela liberar pra você e depois você já sabe.
- olho para Dimitri com assombro. Não pressionaria uma garota para transar de jeito nenhum!

_Cara se eu tiver que forçar uma garota... Vou devolver sua grana, esse negócio não vai dar certo. - reclamo incomodado.

_ Você quem sabe. - ele dá de ombros fazendo pouco caso.

_Certo. Te devolvo então.

Como devolveria o dinheiro é que era o problema.

HopeWhere stories live. Discover now