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Isabella acordou um pouco atordoada, percebendo que ainda não havia amanhecido completamente e, por pouco, não se assustou com o pequeno aperto que sentia em sua cintura, junto a respiração colada em suas costas. Agradeceu por ter acordado antes, por poder sentir o que estava sentindo naquele momento.

Ela se sentia uma boba, mas estava sorrindo e se aconchegando mais perto dele, aproveitando o tempo que ainda tinha deitada ali.

— Acordada? — ela ouviu a voz rouca atrás de si e os braços se ajeitando em seu corpo, ele se aproximou, colando completamente os corpos e levantando a cabeça para a observar

— Sim... — virou o rosto, percebendo estar bem próxima dele — Bom dia — se virou e o abraçou

— Bom dia — ele sorriu — nós não vamos nos xingar nem nada agora, né? — sussurrou, fechando os olhos novamente

— Ainda não — suspirou e riu levemente, abrindo os olhos e observando a face serena que ele continha ali, até pensou que tivesse dormido novamente se não fosse sua mão fazendo carinho na cintura dela.

Sem perceber, acabou por começar um leve carinho na bochecha do homem, indo ao cabelo dele em seguida. Ouvia os pequenos barulhinhos que ele fazia de aprovação e quase se assustou quando ele chegou mais perto.

— Não sabia que era romântica — apertou a cintura para colar os corpos

— Olha quem fala — sorriu ironicamente — implorou pra eu dormir aqui — eles encostaram os narizes

— Você nem tentou recusar direito

— Tem razão... — puxou os cabelos dele levemente, fazendo-o soltar um suspiro — Você gosta dessas coisas, Takashi? Hm, que perverti- — calou a boca ao receber um chuto por debaixo das cobertas, de novo

— Esquece tudo que eu falei sobre você ser romântica — rosnou, se virando para o lado e pegando o celular — porra, tá cedo pra caralho ainda

— Você sempre fala muito palavrão quando acorda? — sentou na cama e se espreguiçou, apenas com as pernas cobertas ainda

— Se você não gostar eu paro — sentiu a cama afundar um pouco ao lado e os braços dele passando por trás de si, ele estava com o queixo apoiado em seu ombro

— Por mim? Que fofo — tentou provoca-lo, mas dessa vez ele apenas concordou e suspirou, afundando a cabeça em seu pescoço — o que isso quer dizer? Que vou dormir aqui mais vezes é? Que rápido você é, sabia?

— Só se vive uma vez — respondeu — quer baixar a guarda um pouco e dizer que também quer vir dormir comigo? — retrucou

— Hm, não — cruzou os braços, ouvindo ele bufar — quero que vá dormir comigo também. Tenho meus afazeres, sabia? — ela riu ao perceber os braços apertarem sua cintura, mas os dois se descontentaram com o som do despertador tocando. Aquilo queria dizer que iriam se arrumar para se despedir. Quer dizer, não era grande coisa, mas, por algum motivo, os dois pareciam estar fazendo algum tipo de sacrifício.

— Vai logo

— Para de me apressar, idiota — Isabella correu para dentro de casa para pegar uma roupa e ir trabalhar. Se assustou quando viu uma caixa, que não deveria estar lá, em cima do balcão, depois que ela saiu do quarto.

Se aproximou, suspeita, mas seus olhos relaxaram ao olhar para dentro.

"Oi Isa, desculpe vir aqui sem avisar. Sei que a casa é sua, mas foi o único dia que pude vir sem meu irmão saber. Você não estava, então tive que sair pela janela para deixar a chave aqui dentro, por favor, tranque depois que ver isso.

WORK IT, Mitsuya TakashiWhere stories live. Discover now