Capítulo 5 - Juntar a nós

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Oii lindes e perfeites, eu sei que demorei um pouco pra atualizar, mas aqui estou eu com outro capítulo. Espero que gostem.

Pra quem tinha o pensamento de que as festas do bom lugar eram diferentes das festas da terra, estavam completamente errados. Tinha música alta, bêbados, muita comida e ainda um palco digno das premiações dos VMA's. Camila só não entendia como aquilo tudo cabia na casa de Dinah.

- Eu pedi que a minha casa fosse que nem a bolsa da Hermione de Harry Potter - Camila se assustou com a voz da loira.

- Como?

- Todos me perguntam isso.

- Camila, te achei - A voz de s/n se fez presente.

- Quem diria que Deus odiava os gays quando vissem que todos estamos no bom lugar - Dinah disse de forma divertida ao ver Camila e s/n juntas - Cazuza tamojunto - A mulher bateu no peito e olhava pro céu. s/n gargalhava.

- Você não existe Dinah.

- Na verdade, nós não temos algo - Camila falou e a loira a olhou confusa.

- Nós somos só amigas.

- Então quer dizer que vocês não experimentaram o sexo no paraíso? - Dinah perguntou perplexa - Consegue ser mil vezes melhor do que na terra.

- Por que?

- Você pode ter acesso a qualquer coisa. Se vocês quiserem, podem se juntar a nós, um dia - Dinah tinha a cara maliciosa e s/n riu - Eu e a Normani queríamos a um tempo...

- Nós vamos ter que recusar essa oferta - Camila disse rapidamente puxando s/n pra outro lugar.

- Isso foi rude, Camila.

- Você ouviu o que ela disse? - A latina virou uma taça de champanhe.

- Não só ouvi, como também iria aceitar a oferta - s/n disse com um sorriso malicioso - Imagina a Dinah e a Normani...

- Não vou imaginar nada e você não vai aceitar nada.

- Não vou?

- Não.

- E por quê?

- Porque nós somos almas gêmeas e eu não quero ser fadada de corna.

- Nós nem temos algo, Camila.

- Mas as pessoas não sabem disso - A latina já tinha outra taça de champanhe em mãos.

- Posso saber o por quê que você está bebendo dessa forma?

- Porque eu tô estressada. Você me irrita, s/n.

- Só pare de beber, okay? No bom lugar as pessoas também ficam bêbadas.

- Mas é isso que eu quero, talvez eu esqueça o quão esse lugar é péssimo.

- E eu não quero cuidar de ninguém bêbada - s/n aumentou o tom de voz recebendo a atenção de algumas pessoas.

- Eu não preciso que ninguém cuide de mim - Camila disse virando a taça e olhando de forma desafiadora pra s/n - Eu não preciso de você.

- Se é isso que você quer - A mulher saiu dali deixando Camila pra trás, já a multidão olhava pra latina que parecia irritada.

- Não ouse virar as costas pra mim - A latina gritou perseguindo a mulher.

- Não quero conversar com você, Camila - s/n disse irritada encarando a latina.

- Eu também não quero conversar com você.

- Então por que você veio atrás de mim?

- Porque... - Camila não sabia mais o que falar e aquela palavra ficou no ar.

- Tchau Camila - s/n voltou a dar as costas pra sua alma gêmea e Camila bufou irritada. s/n já tinha sumido do lugar, enquanto a latina virava a terceira taça de champanhe da noite.

- Tudo bem? - A voz de s/n soou assustando a mulher que pensava na possibilidade de ir atrás da alma gêmea.

- Tudo ótimo - Camila disse em tom irônico pegando outra taça de champanhe.

- Você não acha que bebeu demais?

- Você não acha que tá muito nova pra ser a minha mãe?

- Eu tô tentando apaziguar as coisas e você continua sendo a maior grossa comigo. O que eu fiz pra você?

- Você morreu - Camila tentou se afastar, mas s/n a seguia.

- Você não consegue ter uma conversa madura?

- Conversas maduras acontecem entre pessoas maduras e você é a pessoa mais infantil que eu já conheci - s/n se irritou da maneira que Camila a tratava.

- Você é insuportável, Cabello - s/n resmungou também pegando uma taça de champanhe - Não consigo te aturar sóbria.

- O sentimento é mútuo, querida - Camila respondeu também pegando uma taça de champanhe.

A festa seguia em um clima tranquilo e todos pareciam felizes, principalmente quando se tratava de s/n e Camila. Depois de vinte taças de champanhe, a latina estava visivelmente bêbada, diferentemente de s/n que só precisou de quinze taças pra isso.

- Você já chegou a pensar o porquê da gente se odiar? - Camila perguntou olhando fixamente pro rosto da mulher - Eu já disse que você é linda?

- Você está bêbada, Camila - s/n retrucou.

- Eu te odeio? - A latina se aproximava da mulher que parecia entrar em desespero - Eu acho que não te odeio tanto assim - Elas estavam tão próximas que s/n conseguiu sentir o odor do álcool.

- Você está fora de si - s/n se afastou e Camila segurou a sua mão.

- Isso não é verdade - A latina voltou a se aproximar de s/n novamente.

- Vamos pra casa, Camila - s/n falou se afastando e pegando a mão da latina.

- Nada disso, eu quero ficar - A mulher estava se aproximando novamente, mas daquela vez s/n não conseguiu se afastar. Algo em Camila a encantava e ambas se aproximavam cada vez mais. A latina conseguia sentir a respiração descompassada de s/n e iria a beijar naquele momento, se o seu estômago não estivesse revirando no mau sentido. Camila sentia que iria vomitar todas as suas tripas e o pior, em cima do pé da mulher que iria beijá-la a segundos atrás.

s/n queria sentir todo o ódio pela aquela mulher que tinha acabado com o seu sapato, mas o seu coração se negava aquilo. Em toda a sua vida, ela nunca sentiu compaixão por ninguém e aquilo a  fazia se confundir sobre o porquê dela estar segurando o cabelo da latina que tinha bebido demais e que vomitava na sua frente.

Até o próximo capítulo

Soul haters  - Camila/youDonde viven las historias. Descúbrelo ahora